sexta-feira, 18 de outubro de 2019

7 perfis no Instagram para se apaixonar por novos livros


Biblioteca Strahov, em Praga (Foto: Divulgação)
De HQs a livros de terror, contas na rede social reúnem indicação para todos os gostos
Jéssica Ferreira, na Galileu
Uma pesquisa da organização We Are Social sobre tendências globais do mundo digital, divulgada no início de 2019, revelou que as pessoas ficam mais de duas horas por dia fuçando as redes sociais. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil de 2016, feita pelo Instituto Pró-Livro, por sua vez, mostrou que 30% dos brasileiros nunca compraram um livro e que a média de obras lidas é de 2,43 por ano. Para tentar reverter o cenário e unir redes sociais à leitura, selecionamos sete perfis no Instagram que vão te dar vontade de largar o celular e correr para a livraria:
(Foto: Divulgação)
O projeto #readwomen, criado em 2014 pela escritora britânica Joanna Walsh, procura incentivar a leitura de mais autoras mulheres. A ideia foi reproduzida no Brasil sob o nome Leia Mulheres, que conta com clubes espalhados em várias cidades do país. No site do projeto é possível consultar em quais cidades brasileiras ele está presente. O Instagram do Leia Mulheres, com mais de 55 mil seguidores, traz dicas de escritoras do mundo todo e divulga os encontros presenciais.
A leitora assídua e professora de literatura Mell Ferraz é dona do canal de YouTube Literature-se, com mais de 117 mil inscritos. No Instagram, seus 46 mil seguidores conferem as sugestões literárias de Ferraz e as dicas de bibliotecas e sebos para conhecer. As recomendações de livros vão de clássicos brasileiros a HQs e bestsellers.
Criado pela também booktuber Isabella Lubrano, o Ler antes de Morrer tem clube do livro, canal no YouTube e perfil no Instagram, este com quase 60 mil seguidores. A meta de Lubrano é ler e resenhar 1001 livros, incentivando o público a ler junto, sejam livros de terror e fantasia estrangeiros ou livros-reportagens brasileiros.
4. Livros e Pessoas (Olha nós aqui!!😀😎)
Nesta conta de 41 mil seguidores, não só são as capas de livros que ganham visibilidade. Ela tem de tudo um pouco, incluindo dicas de adaptações de livros para filmes, feiras e festas literárias, passeios turísticos e lugares imperdíveis para os leitores.
Criado pela atriz norte-americana Emma Roberts, fã assumida de literatura, o Belletrist é um clube de leitura com mais de 213 mil seguidores. A cada mês, ele seleciona um livro para o público ler e opinar. Nem sempre as sugestões têm tradução no Brasil (já que muitas são lançamentos), mas é possível encontrar alguns dos escolhidos mais antigos em português, como Os Imortalistas, de Chloe Benjamin, que abriu as leituras de 2018.
Além de compartilhar as impressões das leituras, o Objeto Livro, de 14 mil seguidores, traz uma proposta diferente: o livro é fotografado junto a um objeto que remeta à história lida. As pouco mais de 80 postagens da conta trazem diversas sugestões leituras brasileiras, assim como clássicos de Sylvia Plath e Valter Hugo Mãe.
A criadora do LiteraTamy entende a leitura como um ato solitário. Foi na internet que ela achou seu espaço para dividir impressões de leituras e trocar ideias. Hoje são mais de 17 mil seguidores que também compartilham essas experiências literárias, que vão dos quadrinhos argentinos de Liniers à tetralogia de Elena Ferrante.
Por Cristina Danuta/livrosepessoas.com

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Aplicativo do Enem traz informações sobre o exame

Para facilitar o acesso às principais informações sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) colocou à disposição dos estudantes o aplicativo “Enem”. Gratuito, o app pode ser encontrado tanto na App Store (iOS) quanto na Play Store (Android).
Com o aplicativo, o usuário tem acesso ao cronograma do Enem, mural de avisos, edital, vídeo do edital em Libras, notícias, bem como o programa Hora do Enem, da TV Escola, entre outras informações. O participante poderá também acessar uma lista das perguntas mais frequentes que ajudam a esclarecer as principais dúvidas sobre o exame.
Por meio do app, é possível conferir as informações pessoais, entrando com o CPF e a senha já cadastrados no momento da inscrição. Nessa seção, estão os dados pessoais do candidato, como nome, número de CPF, o número de inscrição e o Cartão de Confirmação da Inscrição, que será divulgado na quarta-feira, 16 de outubro. Nele, estarão disponíveis:
  • local de prova, com endereço e número da sala;
  • datas e horários do exame;
  • opção de língua estrangeira escolhida;
  • atendimentos específicos e/ou especializados, e recursos de acessibilidade, caso tenham sido aprovados.
Resultado – Após o exame, o participante poderá consultar no aplicativo o gabarito e o resultado final, conforme cronograma de divulgação.
A ferramenta já foi utilizada nas últimas três edições do Enem. “O Inep quer, cada vez mais, ampliar o acesso à informação. Seja ela por meio do portal ou pelo aplicativo”, afirmou o diretor de Tecnologia da Informação e Disseminação de Informações Educacionais do Inep, Camilo Mussi.
Enem – Segundo o Inep, é importante que os participantes levem o Cartão de Confirmação da Inscrição nos dois dias de aplicação do exame e acessem o documento na véspera. O cartão estará disponível nesta quarta-feira, 16 de outubro, na Página do Participante. Além disso, é recomendável chegar ao local de prova com antecedência. Os portões abrirão ao meio-dia, horário oficial de Brasília, e serão fechados às 13h.
Neste ano, será eliminado o participante que deixar seu aparelho eletrônico emitir qualquer tipo de som durante a prova, mesmo que o equipamento esteja no envelope lacrado. Ou seja, os alarmes devem estar desativados e os telefones desligados. Para realizar o exame, é necessário levar caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, a única permitida.
Por Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Dicas valiosas para melhorar seu desempenho no processo seletivo

Dicas valiosas para melhorar seu desempenho no processo seletivo
Muitos profissionais de tecnologia da informação têm buscado processos de coaching para apoiá-los em uma melhor comunicação e posicionamento com o mercado. Para ajudar a melhorar o desempenho durante um processo seletivo, Janaina Lima, cofundadora da Icon Talent - empresa especializada em recrutamento e seleção para área de tecnologia - e coach profissional apresenta dicas valiosas de como fazer com que a qualidade técnica do candidato se sobressaia em um mercado altamente competitivo.
Comece pelo Linkedin
O Linkedin é uma ferramenta poderosa e muito utilizada pelos recrutadores para a caça de talentos. Mantê-lo atualizado com as suas formações, cursos, conhecimento técnico, projetos em que participou (incluindo ações voluntárias se for o caso) é o primeiro passo.
Além disso, a descrição das atividades realizadas nas empresas em que passou é fundamental: devem estar listadas de forma clara e objetiva, trazendo os principais destaques(tecnologias, processos, metodologias utilizadas) e principais entregas como projetos realizados, ganho trazido para empresa (preferencialmente em percentuais e resultados tangíveis).O seu briefing deve abordar as áreas de atuação onde você, como profissional, é mais forte, por exemplo:“Desenvolvedor Frontend”, “Analista de Negócios”, “Gestão de TI | Projetos |Sustentação de Sistemas”, “Desenvolvedor Ruby”, etc.
O briefing deve trazer também um breve resumo do seu histórico profissional e algumas características pessoais que fortaleçam o perfil(espírito de equipe, engajamento, determinação, etc) – tem de ser algo que represente de fato quem está por trás daquele perfil, quem é o profissional.
Importante:deixe seus contatos disponíveis (e-mail e telefone) para que o recrutador possa ter fácil acesso a você. Se estiver realmente procurando uma nova posição no mercado você quer ser encontrado, certo? Evite fotos que exponham sua vida pessoal. Este é seu perfil profissional. Lembre-se que estas fotos devem proporcionar a visão de quem vai chegar na empresa no momento da entrevista. Ao escolher a foto para seu perfil tenha sempre em mente qual é imagem que você quer passar para o entrevistador.
Como ser assertivo na hora de se candidatar a uma vaga
Não dispare seu currículo para todas as vagas do mercado. Isto demonstra desespero e falta de foco.
Antes de responder à uma vaga de trabalho pare e faça uma análise se:
1. Você cumpre a maioria dos requisitos da vaga (pelo menos 75%, 80% deles)?
2. Você se identifica com a empresa?
3. É uma oportunidade que atende seus objetivos de carreira?
4. caso tenha acesso à oferta salarial e benefícios, estes atendem às suas necessidades básicas?
Se as respostas à estas perguntas forem sim, então envie seu currículo. Agora, se você não preenche nem metade dos requisitos não perca seu tempo nem o da empresa.
Uma dica adicional é escolher as empresas que gostaria de trabalhar antes de começar à prospecção por uma vaga.Estar atraído profissionalmente por uma empresa que tenha valores parecidos com os seus aumenta muito a chance de uma relação profissional sólida e duradoura. Se aplicar para qualquer vaga e de repente ser contratado pode parecer sorte, mas não é. Afinal,logo a frustração de estar no lugar errado pode bater forte e fazer você querer mudar de emprego.
Chegou a hora da entrevista, e agora?
Antes da entrevista, procure entender um pouco mais sobre a empresa recrutadora, para demonstrar interesse sobre ela. Use roupas adequadas, sem exageros e procure ser transparente durante todo o tempo em que estiver frente à frente com o entrevistador. O que mais incomoda um recrutador é receber uma pessoa que finge ser o que não é.
Leve a entrevista como uma conversa,uma bate-papo. Haja naturalmente, explore seus pontos fortes, seja honesto e objetivo. Ninguém quer ouvir a história da sua vida, mas é preciso que você contribua trazendo as informações mais relevantes sobre as suas competências,experiências profissionais e o que realizou nas empresas por onde passou. Prepare-se tecnicamente de acordo com o que é solicitado pela vaga para responder aos gestores de tecnologia que possivelmente participarão do processo. Seja firme e conciso nas respostas,pois ao deixar qualquer dúvida sobre a profundidade de seu conhecimento técnico suas chances de ir além no processo seletivo diminuem consideravelmente.
Deixe o ego em casa
Cuidado para não parecer arrogante demais. Afirmações como “eu fiz”, “eu resolvi”, “eu me garanto” podem ser uma cilada. Embarcar em uma egotrip na hora da entrevista pode ser fatal para o candidato, mesmo que ele tenha um currículo impecável. Por isso, seja honesto e tenha autocrítica. Por outro lado, ficar mudo e só responder de forma monossilábica também não vai ajudar.
Então, busque o equilíbrio entre o que,como e quando falar durante a entrevista. Não esqueça, a entrevista é o momento em que a empresa vai explorar o seu perfil comportamental, como se relaciona, como reage a pressão e como se comunica. Muitos profissionais ultra capacitados tecnicamente acabam sendo desclassificados dos processos seletivos não por falta de competência técnica, mas sim por falta de competência comportamental.
Autoconhecimento ainda é o melhor aliado
Observar esses pontos fundamentais na hora de construir a sua candidatura à vaga de trabalho dos sonhos pode também garantir um melhor posicionamento no mercado. Ter um perfil no LinkedIn ativo,organizado, atualizado e com informações consistentes sobre sua trajetória profissional, ter certeza da aderência do seu perfil ao que a empresa recrutadora solicita antes de se candidatar e aprender a se comportar durante à entrevista são atitudes que deixam claro quem é o profissional que está por trás do currículo. Investir em seu autoconhecimento e na análise constante de sua empregabilidade certamente vai mudar o jogo ao seu favor.
Por Janaina Lima/ www.segs.com.br

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

CAPES recebe primeiras propostas de mestrado EaD

A CAPES recebeu os primeiros pedidos para a criação de cursos de pós-graduação a distância. Das 665 demandas entregues para a Avaliação de Propostas de Cursos Novos (APCN), 17 são para mestrados a distância.
A modalidade foi instituída pelo Decreto nº 9.057 de 2017 e normatizada pela Resolução nº 7 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CES/CNE). Desde então a CAPES aprofundou os estudos sobre educação a distância (EaD) e publicou a Portaria nº 90 de 2019 que regulamenta o tema. Um dos focos principais do grupo de trabalho criado para debater o tema foi a manutenção da qualidade.
Com a criação de mestrados EaD será possível facilitar a interiorização da pós-graduação no Brasil, diminuindo a necessidade de deslocamento e permanência dos estudantes nos grandes centros. Sônia Báo, diretora de Avaliação, espera que as instituições se associem para oferecer cursos de qualidade. “Acredito que as instituições tenham que fazer associações para o processo ser mais tranquilo. Espero que trabalhem em conjunto possibilitando de fato a interiorização”.
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Outro ponto a ser impulsionado com os mestrados a distância é a formação continuada de professores, melhorando a qualidade do ensino básico no país. O ensino EaD é uma demanda da comunidade acadêmica. Das 17 propostas apresentadas, duas foram na área de Ciências da Vida, nove em Humanas, uma proposta na Exatas e cinco propostas na área Multidisciplinar.
Os mestrados a distância deverão fazer de forma presencial estágios obrigatórios, seminários integrativos, práticas profissionais, avaliações presenciais, pesquisas de campo e atividades de laboratórios. Cada programa deverá ter um regulamento com estratégias para evitar fraudes nas avaliações, critérios para manutenção da qualidade do programa, estrutura curricular, entre ouros pontos.
Em 2019 foram aceitas apenas propostas para a criação de cursos de mestrado a distância. Propostas de doutorado EaD serão aceitas apenas após o primeiro ciclo de avaliação dos mestrados. O processo de apresentação de APCN se encerrou em 9 de agosto.
Para ser aprovada, cada proposta vai passar pela análise do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior, assim como os cursos presenciais. As propostas recomendadas são encaminhadas para aprovação do Conselho Nacional de Educação.
 Por Redação CCS/CAPES)

sábado, 12 de outubro de 2019

Música ajuda a curar dor de crianças refugiadas em Pacaraima

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O poder curativo da música é a aposta da maestrina Miriam Blos para transformar a dura vida de 113 crianças venezuelanas, de 4 a 16 anos, no projeto Canarinhos da Amazônia. Em uma casa em Pacaraima (RR), cidade brasileira que faz fronteira com a Venezuela, os meninos e meninas recebem refeições diárias, participam de atividades complementares à escola e formam o coral Canarinhos da Amazônia. No repertório, canções em português e espanhol.
“Eles chegam bem destruídos, sem esperança, como se ‘e agora?’. Para a criança é mais fácil fingir, mas quando começa a fome, bate o desespero na mãe, e ela não sabe o que fazer. Havia muitas crianças na rua e isso nos levou a abrir a Casa da Música”, conta Miriam. Ela já desenvolvia o projeto desde a década de 90, em Boa Vista. Mas quando teve início a crise migratória dedicou-se a atender apenas crianças venezuelanas. Todos os dias cerca de 500 pessoas, em média, atravessam a fronteira para o Brasil.
“A gente está muito preocupado com o futuro das crianças porque é a geração futura. É muito importante essa integração Brasil-Venezuela porque nós sempre fomos irmãos”, diz Miriam. No coral há ainda crianças indígenas venezuelanas de três etnias diferentes.
O projeto conta com o apoio do Exército e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Os trabalhos na Casa da Música começam às 5h quando os alunos chegam para tomar café-da-manhã e vão para a escola. No período da tarde, retornam para as atividades extras. E, antes de ir embora, comem o jantar.  Miriam diz que não recebe mais alunos por falta de espaço, mas na hora do almoço sempre há crianças do lado de fora, aguardando por um pouco de comida.
As músicas são escolhidas a dedo: mensagens positivas e melodias que acalmam são pré-requisito. “A criança começa a mudar os pensamentos. A fome já não é mais a mesma, eu já tenho o amor, alguém me acolheu. A  música é esse instrumento lindo, esse instrumento de harmonia que conduz esse processo. Agora você vê o resultado de crianças que estão estudando, bem alimentadas e que já podem voltar a sonhar com um futuro para o nosso planeta”, relata Miriam.
Por Amanda Cieglinski – Repórter da TV Brasil/Edição: Liliane Farias/Agência Brasil

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O viés da negatividade segundo a ciência



Nós, seres humanos, desenvolvemos uma tendência a nos sentirmos mais afetados por uma crítica do que por um elogio. As más notícias nos afetam mais do que as boas, e qualquer acontecimento negativo fica gravado mais profundamente na memória do que um positivo. Por que isso acontece?
Os seres humanos têm uma certa tendência a pensar naquilo que não deu tão certo em vez de refletir sobre os aspectos que funcionaram. Por isso, nossas lembranças agradáveis e positivas podem ficar manchadas por simples encontros desagradáveis. É a isso que se refere o viés da negatividade. Mais especificamente, ao valor que damos ao negativo.
Esse é, além disso, o viés que explica as razões pelas quais os acontecimentos traumáticos e as experiências negativas permanecem por mais tempo em nossa memória e parecem nos afetar mais do que as positivas.
Parece que essas experiências mais ou menos desagradáveis tendem a ficar mais intensas em nossos pensamentos. Vamos nos aprofundar um pouco mais nesse assunto.
Mulher pensativa

Bases evolutivas do viés da negatividade

Em muitas ocasiões, uma notícia ruim provoca muito mais impacto do que outra boa. Além disso, pode ser que as críticas nos afetem muito mais do que os elogios.
No livro O Cérebro de Buda, o neurocientista Rick Hanson se aventura a dar uma explicação, que recebeu apoio de muitos outros pesquisadores, sobre a origem do caráter evolutivo do viés da negatividade.
Segundo Hanson, o viés da negatividade é uma consequência da evolução com a qual nossos antepassados aprenderam a tomar decisões inteligentes em situações de alto risco.
Esses tipos de decisões permitiram que eles sobrevivessem tempo suficiente para garantir a geração seguinte. Afinal, eram questões de vida ou morte.
Assim, os indivíduos que viviam em sintonia com os possíveis acontecimentos perigosos tinham mais chances de sobreviver. Com o tempo, a estrutura cerebral se adaptou de forma muito lenta para prestar mais atenção à informação negativa do que à positiva.
As diferentes pesquisas parecem estar de acordo com a ideia de que esse viés da negatividade se desenvolve na primeira infância. Por volta do primeiro ano de vida, a atenção dos bebês que inicialmente se focava nas expressões faciais passa a se direcionar aos estímulos negativos.

Bases biológicas

Nos estudos realizados pelo psicólogo John Cacioppo sobre o processamento neuronal do viés da negatividade, foi possível comprovar que a resposta do cérebro a estímulos sensoriais, cognitivos e motores negativos provoca uma ativação muito maior que os acontecimentos positivos. Isso ocorre especialmente no córtex cerebral.
Como resultado do anterior, hoje em dia esse viés da negatividade favorece e influencia o fato de nos focarmos no negativo ao nosso redor, inclusive quando se trata de tomar uma decisão.
Também parece influenciar muito a motivação com a qual se completa uma tarefa. É curioso que uma tarefa que exija evitar uma experiência negativa nos motive muito mais do que quando a realização de uma tarefa pode nos recompensar com um incentivo positivo.
Por sua vez, a abordagem evolucionista sugere que esta é apenas uma tendência que possuímos direcionada a evitar o prejuízo provocado por situações negativas. Trata-se, simplesmente, de uma forma por meio da qual nosso cérebro tenta nos manter seguros e protegidos.

Quais são os efeitos do viés da negatividade em nossas vidas?

Embora pareça que esse viés da negatividade tenha nos ajudado a sobreviver como espécie, a verdade é que ele provoca alguns efeitos bastante indesejáveis no nosso dia a dia que devemos, pelo menos, conhecer.
Além de afetar a nossa tomada de decisões e o entendimento dos riscos que estamos dispostos a assumir, esse viés parece ter um grande impacto na forma como percebemos as outras pessoas. Nas relações mais próximas, pode nos levar a pensar e esperar o pior dos outros.
As engrenagens da mente

Acreditamos antes em notícias falsas se elas forem negativas

O viés da negatividade tem consequências tão díspares quanto as que nos deixam mais propensos a dar mais credibilidade às notícias negativas do que às positivas.
Esse tipo de notícia não apenas chama muito mais a nossa atenção, mas também recebem mais credibilidade, mesmo que possam ser falsas.
Este viés também afeta nossos valores e nossas ideologias, e parece estar muito relacionado com a tendência a se apegar às tradições e à segurança diante de estímulos ambíguos e mudanças que podem ser consideradas ameaçadoras.
Como se pode ver, é melhor refletir sobre qual é a nossa tendência na maioria das situações e levar em consideração a presença do viés da negatividade. Devemos fazer isso principalmente se desejamos que as nossas decisões sejam as mais adequadas possíveis.
Por amenteemaravilhosa.com.br

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Outubro Rosa: Que tal conhecer a origem desse movimento internacional?

O Outubro Rosa é um movimento internacional que visa ao estímulo à luta contra o câncer de mama. Essa ação iniciou-se em 1997, nos Estados Unidos, e foi ganhando o mundo como uma forma de conscientização acerca da importância de um diagnóstico precoce e de alerta para a grande quantidade de mortes relacionadas com essa doença.
O símbolo da campanha é um laço rosa, que foi feito, inicialmente, pela Fundação Susan G. Komen e distribuído na primeira corrida pela cura do câncer de mama em 1990. Esses laços rosas popularizaram-se e foram usados posteriormente para enfeitar locais públicos e outros eventos que lutavam por essa causa.
Além do laço rosa, muitas cidades passaram a iluminar os seus monumentos públicos com luz rosa para dar maior destaque ao mês de luta contra a doença. No Brasil, o primeiro sinal de simpatia pelo movimento aconteceu em outubro de 2002, quando o monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista, também chamado de Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado de rosa. Em outubro de 2008, o movimento ganhou força e várias cidades brasileiras foram iluminadas como uma forma de chamar a atenção para a saúde da mulher.

A iluminação rosa simboliza o apoio à luta das mulheres contra o câncer de mama*

O Câncer de Mama

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres em todo o mundo, sendo raro em homens. Normalmente a doença é diagnosticada em exames de rotina quando se percebe um nódulo na região dos seios. Entretanto, muitas vezes, os nódulos não podem ser sentidos, sendo, portanto, fundamental a realização de exames de imagem. O exame mamográfico é o principal exame realizado para diagnóstico e deve ser feito por mulheres entre 40 e 69 anos de idade.
O autoexame das mamas era bastante recomendado como forma de detecção da doença, entretanto, em virtude da dificuldade de algumas mulheres de entenderem a anatomia do órgão, falsos resultados eram obtidos. Nódulos pequenos podem não ser sentidos, o que pode causar a falsa impressão de que a mulher está saudável e retardar a consulta ao médico. Todavia, é importante ressaltar que o autoexame, junto a exames periódicos, pode salvar vidas.
O câncer de mama possui significativos índices de cura, que giram em torno dos 95% quando descoberto precocemente. O tratamento normalmente consiste em uma cirurgia para a retirada do tumor e a complementação com técnicas de radioterapia e quimioterapia.
Apesar de muitas vezes o câncer de mama não possuir causa específica, algumas medidas podem ser tomadas como prevenção. A principal forma de prevenir-se é ter uma alimentação saudável, balanceada e rica em alimentos de origem vegetal. É importante também evitar embutidos e o consumo excessivo de carne vermelha. Atividades físicas e hábitos saudáveis de vida, como não fumar nem ingerir bebida alcoólica, também ajudam a evitar a doença.
AtençãoO diagnóstico precoce é essencial para a cura dessa doença, sendo assim, é fundamental procurar regularmente o médico.
*Crédito da imagem: Matthi | Shutterstock

Por Ma. Vanessa dos Santos/Brasil Escola
O laço rosa é um símbolo da luta contra o câncer de mama
O laço rosa é um símbolo da luta contra o câncer de mama

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Outubro Rosa"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/outubro-rosa.htm. Acesso em 08 de outubro de 2019.

Turma da Mônica vai às escolas públicas ensinar sobre educação financeira


O projeto Em Busca do Tesouro foi lançado nesta quinta-feira (3) pelo Tesouro Nacional, irá levar a Turma da Mônica às escolas públicas do país para ensinar educação financeira à crianças de 9 a 11 anos para formar cidadãos e consumidores conscientes desde cedo. 
As crianças irão aprender, por meio de revistinhas da Turma da Mônica, a cuidar do próprio dinheiro e também do dinheiro público. As revistinhas ensinam os conceitos de equilíbrio, resultado e transparência. 
O líder do programa, Antônio Barros, informa que o projeto-piloto irá passar por uma avaliação e a intenção é que até 2 milhões de crianças tenham acesso ao conteúdo em todo o país. “Estamos ensinando as crianças – e que depois isso atinja também o entorno dela, a família, o pai, mãe, o responsável – que elas precisam desde cedo entender como devem cuidar do seu dinheiro. Quanto mais ela cuida do seu dinheiro, mais ela fica autônoma e pode ser senhora da sua própria vida”, disse. 
Por O Brasilianista