sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Orientação vocacional: Você ainda não sabe o que estudar?

A Orientação vocacional geralmente é realizada por psicólogos, que através da pesquisa e análise de provas de interesses, aptidões e personalidade, apoia ao aluno no percurso acadêmico e profissional indicado, além de sugerir estratégias de autoconhecimento.
Mas qual é nossa vocação profissional? Este é um dos interrogantes que surge quando estamos por finalizar o ensino médio ou quando não começamos ainda uma formação de educação superior. Se não conhecemos nossa vocação, fica difícil saber qual caminho profissional devemos seguir.
Sem dúvida, encontrar áreas de estudo relacionadas aos nossos interesses, habilidades e aptidões não é tarefa fácil, especialmente se não foram exploradas 100% e algumas ainda não foram descobertas. Por isso é muito importante identificar os pontos que nos ajudam a tomar a decisão certa.


O que eu gosto de fazer?

Este primeiro ponto é primordial. Não devemos confundir nossos hobbies com nossas habilidades e destrezas. Muitos de nós gostamos de ver televisão, mas apesar disso, esta ação não está internamente relacionada com a nossa vocação, a não ser que alguns programas concretos sobre: animais, arte, esportes, moda, etc, nos agrade muito. Neste caso, podemos considerar isto como uma inclinação sobre o que nos chama a atenção para estudar, sem ser um fator determinante.
Devemos estabelecer em quais áreas nos destacamos e quais nos apaixonam. Por exemplo, se gostamos de matemática e consideramos que temos habilidades nas carreiras que as contêm, então será um ponto de partida para escolher uma formação relacionada com a mesma.


Que opções de estudo existem?

Atualmente a oferta educativa é tão ampla e variada. Podemos fazer infinitas pesquisas pela internet para desta maneira encontrar o que queremos estudar, desde uma carreira técnica ou tecnológica até uma carreira profissional. Quando estabelecemos a área de interesse, podemos nos enfocar em encontrar uma formação que se adapte ao que queremos fazer por muitos anos.
No mundo todo, diversas instituições educativas oferecem cursos que se adaptam as nossas necessidades e preferências, dando-nos um abanico de possibilidades nas quais teremos mais espaço para optar por um tipo de estudo de acordo às habilidades que possuímos. Alternativas como: flexibilidade horária, metodologia de estudo, modalidade, formas de pagamento e financiamento contribuem para reduzir o filtro e alcançar as respostas para nossas inquietudes.
Níveis de estudo na Educação Superior: 
  • Carreira de nível Técnico: É um estudo caracterizado por ser mais curto que uma carreira profissional (1 a 2 anos), de menor custo, conciso e de maior especificidade ao se aprofundar em áreas concretas, com um alto nível de prática. Se o estudo for realizado numa instituição reconhecida pelo Ministério de Educação, independentemente do país, se obtêm um título de Técnica/o.
    https://www.educaedu-brasil.com/curso-tecnico
  • Carreira Tecnológica: É similar à carreira técnica; duração intermedia de formação (2 a 3 anos). Diferencia-se da anterior por sua metodologia e processo de investigação; está pensada para sistematizar a experiência. O título recebido é o de Tecnóloga/o, sempre e quando se trate de uma instituição respaldada pelo Ministério de Educação do Brasil.
  • Carreira Profissional (Licenciatura ou Bacharelado): O tempo de duração é mais prolongado (4 a 5 anos, ou mais); o conhecimento é vasto, dá igual importância à parte teórica e prática. Abarca matérias intrínsecas à área de estudo e outras humanísticas, sem que estejam diretamente vinculadas com a temática da carreira. Os títulos recebidos em sua grande maioria dão a possibilidade ao aluno de seguir seus estudos em cursos de pós-graduação. https://www.educaedu-brasil.com/graduacao

 


Indagar, investigar, explorar.

É importante investigar muito além do nome do curso que queremos estudar. Como diz o ditado “a embalagem pode nos atrair mais que o conteúdo”. Ao escolher uma carreira, devemos considerar estes pontos:
  • Matérias
  • Duração
  • Campos de ação
  • Trajetória da instituição
  • Se a instituição e o curso são reconhecidos pelas autoridades de educação pertinentes
  • Convênios com outras instituições
  • Corpo docente
  • Comentários de alunos e graduados
  • Atividades extracurriculares

Buscar assessoria:

Ao concluir o ensino médio, não devemos nos precipitar em determinar o que vamos fazer a nível universitário sem antes pesquisar muito. Com o passar dos anos, uma decisão apressurada pode traduzir-se em frustração.
Por sorte existem diversas instituições que oferecem testes vocacionais aos seus alunos em potencial, geralmente são espaços acadêmicos, nos quais se busca reconhecer os talentos de cada pessoa, em áreas pontuais. Poderíamos pesquisar diretamente nas universidades onde gostaríamos de estudar, muitas delas oferecem este tipo de assessoria. Podemos também realizar oficinas ou programas curtos que estimulem nossa capacidade cognitiva na execução dos conteúdos que queremos abordar.
Não devemos deixar de lado os testes online gratuitos oferecidos na internet tanto por instituições de ensino quanto por páginas web independentes, tais como: guiadacarreira.com.br/teste-vocacional/, testevocacional.org, testevocacionalonline.com.br.
É aconselhável buscar orientações profissionais aprovadas por instituições de renome.


Quanto tempo quero dedicar a minha formação profissional?

Com certeza o tempo que queremos destinar a nossa preparação acadêmica vai ser um componente essencial na decisão que tomarmos. Como mencionávamos, o tempo de duração varia conforme os tipos de formação existentes: carreiras técnicas, carreiras tecnológicas, licenciaturas e bacharelados.
Devemos definir se estamos inclinados a gastar menos tempo estudando porque queremos nos enfocar principalmente em trabalhar ou em ter mais tempo livre ou se pelo contrário, buscamos um estudo que contenha muitas horas de dedicação porque nos apaixona a aprendizagem que será adquirida durante esse período.
Nenhuma das duas escolhas está errada, ambas vão favorecer nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Pessoal já que estaremos fazendo o que nos faz sentir bem de acordo com a nossa vontade. Profissional porque no futuro, o entorno laboral no qual vamos nos desempenhar, como vamos avançar nele e a autorrealização que vamos atingir, será o reflexo da nossa decisão e de como vamos afrontá-la no transcurso da vida.


Gostaria de me formar no que meus pais, familiares ou amigos estudaram.

Em algumas ocasiões, as profissões dos nossos pais, irmãos, núcleo familiar e amigos, influi no que pensamos que é nossa verdadeira vocação. Apesar disso, não é sempre assim.
Se partirmos do principio de que temos que seguir os passos dos demais por sua vida profissional exitosa, porque parecem pessoas apaixonadas pelo que fazem e satisfeitas com o trabalho que desempenham; deixando de lado nosso conhecimento, interesses, gostos, talentos, habilidades e aptidões, não estamos indo pelo caminho correto. Outro erro comum é optar por áreas que estão na moda, só porque são estudadas por famosos e porque são divulgadas em diversos meios de comunicação e redes sociais.
Apesar da assessoria brindada por pessoas do nosso entorno e próximas a ele sobre suas próprias experiências acadêmicas, ao longo de suas trajetórias profissionais, desde o que estudaram ou estudam até sua ocupação atual, ser um enorme marco de referência e guia para nós, esmo assim devemos investigar se o que para estas pessoas parece apaixonante ou as experiências negativas que tiveram são o espelho do que aconteceria com a gente se escolhêssemos a mesma profissão.
Investigar, indagar, averiguar, explorar é nossa maior tarefa.



O aspecto econômico me interessa mais que minha vocação
.

Se este é o caso, então estamos indo pelo caminho incorreto. É verdade, o aspecto econômico é uma variável que deve ser considerada, mas não é a mais importante. Se optarmos por uma profissão que por seu campo de ação traga altos ingressos, mas seu conteúdo não é interessante, e não se adapta aos nossos interesses, não estaremos tomando uma decisão acertada.
Existem profissões com menor saída laboral que outras, apesar disso e se consideramos nossas habilidades, é mais provável que no futuro conseguiremos tirar um grande da nossa escolha; estaremos agrupando o que somos, o que queremos ser e onde queremos chegar. Com a ampla oferta acadêmica atual, encontraremos carreiras com temáticas que se ajustam aos nossos desejos profissionais.
O Dr. Rick Sommer, diretor executivo dos programas acadêmicos da universidade de Stanford University dos Estados Unidos, manifestou que os estudantes que realmente buscam um desafio, conseguem desenvolver seus talentos ao máximo. Assim são as coisas, se nos desafiamos e encontramos uma formação da qual gostamos, conseguiremos alcançar mais facilmente nossas metas e objetivos.
Vale lembrar! A área e o nível de estudo que escolhermos vão refletir no crescimento e progresso que atingiremos ao longo da nossa trajetória profissional. A motivação para triunfar será o que nos apaixone, nos mobilize e impulse a ser melhores a cada dia,  e nos permita demonstrar em qualquer espaço, nossa capacidade de adaptação e compromisso em qualquer ocupação na qual nos dediquemos.

Keli Campos

Responsable de Contenidos en Educaedu 
Por Educaedu

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Por que especialistas em saúde defendem aulas só às 8h30

Para eles, aulas de crianças e os adolescentes deveriam começar bem mais tarde - por causa do relógio biológico especial dessa fase da vida.

 

 

Durante o Congresso Brasileiro de Sono, ocorrido em Joinville (SC) neste mês, foi distribuído um manifesto que propõe mudar o horário que a molecada vai para a escola. No documento, criado por pesquisadores da área e endossado pela Associação Brasileira do Sono, a sugestão é que estudantes do sétimo ao nono ano do Ensino Fundamental e dos três anos do Ensino Médio (ou seja, adolescentes de 13 a 17 anos) tenham aulas a partir das 8h30.
“O objetivo é garantir um mínimo de quantidade e qualidade de sono e, assim, um bom processo de aprendizagem”, conta o neurocientista John Fontenele Araújo, professor do Laboratório de Neurobiologia e Ritmicidade Biológica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
No documento, é reforçado que, além de estar associada a diversos problemas de saúde, a restrição de sono interfere pra valer no desempenho acadêmico. Ora, quem não dorme direito enfrenta dificuldades na hora de prestar atenção. E, depois da aprendizagem, há prejuízos para consolidar as informações recebidas.
Adolescente é um bicho diferente
Daí você pode pensar: “Mas basta o adolescente dormir mais cedo”. Só que a história não é tão simples assim.
Os pesquisadores informam que, nos últimos tempos, foi possível compreender melhor as alterações que ocorrem no organismo durante os ciclos de sono e vigília. E a entrada na puberdade estaria associada a um atraso natural na hora de dormir e despertar – ou seja, é até natural que os jovens passem a fechar os olhos um pouco mais tarde do que antes.
Sem contar, claro, as diferenças individuais em relação às necessidades de sono. Dependendo dos genes herdados, um adolescente pode naturalmente adormecer mais tarde ou precisar de mais horas de sono para acordar com energia.
De acordo com o manifesto, a ideia é gerar uma discussão com a comunidade, já que iniciar as aulas às 8h30 também mexeria com a rotina de familiares, professores e por aí vai. “Todavia, não podemos negar que esse problema existe. E, como uma sociedade científica, a Associação Brasileira de Sono está trazendo o alerta e colocando à disposição seu corpo de associados altamente qualificado, particularmente os pesquisadores da área, para dar o suporte necessário a essas ações”, escrevem os cientistas.
Este conteúdo foi publicado originalmente em Saúde
 Por Thaís Manarini, de Saúde/Superinteressante