segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

“523 livros em um ano: deficiente visual é a maior leitora da Biblioteca Pública em 2018”


Foto: “Albari Rosa/Gazeta do Povo”
“Se o brasileiro lê, em média, 2,43* livros por ano, Cristiane de Fátima Costa está um bom tanto acima da média. Só da Biblioteca Pública do Paraná, Cristiane, 53 anos, emprestou e leu 523 livros em 2018, o que fez dela a maior leitora entre os usuários do local. Boa parte deles era em braille, já que ela é deficiente visual.”
““A leitura sempre significou muito para mim. Eu gravo áudiolivros, então trabalho com leitura e literatura. Eu fiz faculdade de Letras e ensinei uma época”, conta. Para chegar a esse número de empréstimos, Cristiane visitou a biblioteca a cada dois ou três dias e leu, em média, 1,43 livros por dia – isso sem considerar aqueles obtidos de outra forma. “Eu recebo alguns livros em casa e empresto de outras bibliotecas de Curitiba, São José dos Pinhais”, diz a narradora de áudiolivros.
Cristiane conta que a leitura sempre fez parte de sua vida, devido à sua curiosidade. Mas o amor pelos livros talvez não se desenvolvesse da mesma forma se, inicialmente, não fosse o empenho de sua mãe, dona Ângela. A narradora nasceu prematura, de apenas seis meses, e teve um descolamento de retina devido à prematuridade (retinopatia da prematuridade), o qual a deixou cega.
“Eu fui alfabetizada em braille aos 6 anos. Mas primeiro eu recebi o que chamamos de estimulação precoce – para desenvolvimento do tato. Minha mãe aprendeu a fazer isso e foi, para mim, uma reabilitadora. Tudo o que eu sei e que eu consegui desenvolver, foi devido a ela”, conta. Cristiane explica que a falta de estimulação precoce é um dos motivos pelos quais muitas pessoas com deficiência visual têm dificuldade aprender a ler – e, consequentemente, a escrever – em braille. O desafio acaba sendo ainda maior para quem perde a visão durante a vida.”
“Albari Rosa/Gazeta do Povo “
“Por volta dos 13 anos, Cristiane já lia com desenvoltura e já buscava nos livros conhecimentos que sua limitação física não a permitiria obter. “Sempre busquei algo além do que eu podia obter. Era desinquieta”, diz. À época, ela estudava na Escola Boa Vista (hoje Centro de Atendimento Especializado Boa Vista), uma escola regular que acolhia estudantes com deficiência, promovendo um ensino integrado, e já tinha suas primeiras experiências como professora, trabalhando como auxiliar.
Antes da graduação em Letras e da especialização em literatura brasileira e portuguesa, que a levaram oficialmente para as salas de aula, Cristiane fez ensino médio em escola particular. Como o material didático não era oferecido em braille, a família dela contratou uma pessoa que a ajudava lendo os materiais. “Hoje o acesso é melhor. Antes era bem mais difícil, principalmente para pesquisa”, conta Cristiane.
Hábitos
O acervo de livros em braille da Biblioteca Pública do Paraná também era mais restrito quando Cristiane começou a frequentar o local, por volta dos 14 anos. “Aumentou bastante, tanto em quantidade quanto em qualidade”, diz. Atualmente, ele é composto por aproximadamente 1.500 títulos – e, como a impressão em braille “ocupa mais espaço” do que a no alfabeto latino, cada um deles é composto por vários volumes, rendendo “sacoladas” de livros.”
“Além deles, Cristiane e outros deficientes visuais podem emprestar áudiolivros, como os que ela grava há oito anos. Desses, a Biblioteca Pública do Paraná conta com mais de 4 mil títulos. Entre os 523 livros emprestados por ela em 2018, há títulos em áudio, mas a preferência dela é pelos livros de papel. “Eu “leio” áudio quando não posso ler em braille. “O braille eu controlo e, com o áudio, você tem que ouvir a gravação e é um pouco mais lento, por melhor que a pessoa leia. Se eu puder optar, opto pelo braille”, revela.
Já no que diz respeito aos gêneros literários, ela é bem mais flexível. “Eu gosto literatura brasileira e portuguesa, mas de alguma coisa americana também, de filosofia. Gosto muito de Kafka, Saramago, Augustina Bessa-Luís. Gosto de livros que levem à reflexão. Só não gosto de autoajuda, acho que não funciona”, diz.
Independentemente do livro, Cristiane acredita que há formas de incentivar o hábito de leitura, como a realização de oficinas, rodas de conversa, workshops com escritores, etc. Porém, para ela, nem tudo deve vir de fora. “Minha mãe me estimulou a procurar algo além da minha limitação física, a não esmorecer. Mas, claro, você desenvolve isso, porque você pode ser estimulado e se acomodar”, destaca.
* Dado de 2016 obtido pela pesquisa Retrados da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro”
Por  Vivian faria, na Gazeta do Povo/ www.livrosepessoas.com

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Dois brasileiros estão entre os finalistas do prêmio Global Teacher

Os professores brasileiros, Jayse Ferreira, de Pernambuco, e Débora Garofalo, de São Paulo, estão entre os 50 finalistas do prêmio internacional Global Teacher, que analisa o trabalho de profissionais de 171 países focalizando métodos inovadores e criativos para lecionar. Houve mais de 30 mil inscrições. A entrega do prêmio será em março, em Dubai, nos Emirados Árabes.
Jayse Ferreira_Débora Garofalo_ Global Teacher
Em Itambé, Pernambuco, Jayse Ferreira decidiu incentivar, na Escola de Referência de Ensino Médio Frei Orlando, o amor à arte. Por meio do cinema, de filmagens feitas pelos estudantes, eles passaram a relatar o cotidiano de violência e pobreza, assim como de discriminação.
Com apoio de empresas locais, o projeto cresceu. Houve doações de equipamentos, roupas e fantasias. Os alunos executaram todo o processo de filmagem: desde a atuação até a edição. O vídeo resultante foi visto mais de 20 mil vezes no Youtube em menos de uma semana.
Daí para a frente os estudantes ampliaram o projeto e produziram um vídeo, mostrando os riscos do consumo de álcool por motoristas. Paralelamente às filmagens, os alunos de Ferreira se envolvem em debates sobre os assuntos que abordam, entre os quais identidades raciais e religiosas diante de experiências de preconceito.
O resultado veio com o aumento do número de inscrições em universidades, redução da evasão e reconhecimento local e nacional do projeto.

Reciclagem

Débora Garofalo teve uma infância difícil, superou obstáculos e decidiu transformar a Escola Municipál de Ensino Fundamental Almirante Ary Palmeiras, em São Paulo, em modelo e passou a dar treinamento para outros professores. Com base no mapeamento que os alunos fizeram sobre os problemas do bairro, como pobreza e violência, ela desenvolveu projetos de tecnologia.
A partir de aulas abertas sobre gestão de resíduos para a comunidade local, Débora Garofalo usa a cultura “criadora” para incentivar os alunos a transformar esse desperdício em protótipos de coisas que imaginaram, projetaram e construíram.
Mais de 2 mil alunos participaram do programa e criaram protótipos de tudo, desde robôs e carrinhos até barcos e aviões, usando cerca de 700 quilos de lixo transformados. Os estudantes, segundo levantamento, desenvolveram suas habilidades de trabalho colaborativo e interdisciplinar e aprofundaram sua compreensão de eletrônica e física.
Os resultados das provas mostram que os alunos que participam dos projetos elevam suas notas, em média, de 4,2 para 5,2, enquanto pelo menos 28 alunos permaneceram na escola quando estavam em risco de abandono.
O Prêmio Global Teacher é concedido pela Fundação Varkey, sob o patrocínio do sheik Mohammed bin Rashid Al Maktoum, vice-presidente e primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos e governante de Dubai.
*Com informações do Prêmio Global Teacher
Edição: Nádia Franco/Agência Brasil

Cientistas da UFRJ provam que hormônio do exercício protege contra o Alzheimer

Nosso corpo produz a irisina durante atividades físicas - e uma nova pesquisa aponta que ela previne doenças neurodegenerativas e é boa para a memória

(Freepik/Freepik)
Exercitar-se regularmente proporciona uma série de benefícios ao nosso organismo, e disso todo mundo sabe. O que uma nova pesquisa publicada nesta segunda-feira (7) na revista Nature Medicine acaba de revelar é uma associação menos intuitiva. Praticar exercícios físicos mostrou-se um promissor aliado para evitar o agravamento da doença de Alzheimer. E também melhora o desempenho da memória.
São as duas principais conclusões do estudo liderado pelo bioquímico Sergio Ferreira e pela neurocientista Fernanda de Felice, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em uma investigação minuciosa, que se estendeu pelos últimos sete anos e envolveu pesquisadores de diversos países, os cientistas coletaram evidências convincentes dos efeitos benéficos ao cérebro desencadeados pelo hormônio irisina.
Essa substância é secretada pelo tecido muscular enquanto nos exercitamos fisicamente. Descoberta em 2012 por Bruce Spiegelman, biólogo da Universidade de Harvard, a irisina funciona como uma espécie de transmissora das mensagens químicas da atividade física pelo corpo. Seu nome é uma homenagem à Íris, a deusa mensageira da mitologia grega.
Especialistas nas alterações celulares e bioquímicas causadas pelo Alzheimer, De Felice e Ferreira resolveram investigar se a irisina desempenha algum papel no sistema nervoso central. A primeira etapa da pesquisa foi comparar o nível de irisina no sangue e no fluido cerebrospinal de quatro grupos: pessoas sadias, com perda moderada de memória, com Alzheimer e com outro tipo de demência.
A concentração no sangue manteve-se semelhante entre todos, mas no fluido ela caía pela metade nos pacientes com Alzheimer e demência, mostrando que a alteração ocorria só no sistema nervoso central, e não no restante do organismo. Foi a deixa que sugeriu que o hormônio do exercício teria algum tipo de influência no funcionamento dos neurônios.
Para entender melhor essa relação, a equipe conduziu uma série de experimentos em camundongos. Quando os roedores eram induzidos a produzir menos irisina (o que era feito injetando no cérebro deles um vírus que prejudica a fabricação desse hormônio), as sinapses, regiões que transmitem os impulsos nervosos entre um neurônio e outro, ficavam comprometidas. E é justamente a sinapse que está diretamente ligada à formação e ao desempenho da memória. O efeito oposto também foi verificado: os animais que produziam mais hormônio do exercício apresentavam ganho no armazenamento de recordações.
A proteção contra doenças neurodegenerativas como o Alzheimer está relacionada a um fortalecimento dos neurônios, impedindo que neurotoxinas se conectem às células nervosas e destruam as sinapses. O próximo passo para os pesquisadores é entender mais a fundo os mecanismos através dos quais a irisina atua nos neurônios. Se novos estudos comprovarem sua eficácia, o hormônio poderá ser incluído no tratamento do Alzheimer e da demência. Mais um motivo para fazer dos exercícios físicos uma rotina.
Por A.J. Oliveira/Superinteressante

Dicas para alavancar a carreira em 2019


Planejamento, foco e muito aperfeiçoamento são fundamentais para quem pretende ter uma carreira profissional bem sucedida em 2019. A primeira dica para esse começo de ano é pensar em quais áreas você deseja avançar. O próximo passo é traçar metas definindo prazo para realizar os objetivos. O período pode ser curto (um mês ou dois), médio (três a cinco meses) ou longo (10 meses). O importante é definir metas mensuráveis e alcançáveis.
Metas traçadas, entenda o caminho necessário para alcançá-las. Um exemplo hipotético: quero aprender a andar de bicicleta. Além da força de vontade é preciso ter? Uma bicicleta. Logo, você vai ter que se planejar para comprar um bicicleta. Vai precisar pedir emprestado ou juntar uma grana para comprar?
Se o seu desejo é alcançar um cargo no local em que trabalha, verifique se há a necessidade de ter uma especialização na área. Para fazer uma pós-graduação, vai ser necessário evitar novas dívidas para não desestruturar a vida financeira. Ter disponibilidade é outra questão importante para pensar. Por isso, antes de iniciar um curso de pós é válido verificar a sua carga horária no trabalho, escolher instituições reconhecidas no mercado, procurar programas de incentivo estudantil e bolsas de estudo com desconto nas mensalidades. Confira algumas dicas para ter mais sucesso no trabalho em 2019.

Invista em qualificação 

Por mais que esteja desenvolvendo um bom trabalho, é sempre importante evoluir e, no mundo profissional, a qualificação é uma exigência básica. Se o seu interesse em 2019 é ampliar os seus conhecimentos e a sua atuação, coloque em suas metas os cursos de capacitação.
Para aqueles profissionais que têm dúvidas quanto ao qual rumo de qualificação profissional deve tomar, já existem áreas de atuação como o Coaching de Estudos que auxiliam na tomada de decisões.

Com o coaching, para cada perfil de pessoa há a possibilidade de criar um roteiro de estudos que melhor se adeque aos objetivos traçados.  “A maior importância do coaching de estudos é qualificar seu processo de aprendizagem.  Primeiro, são identificadas os desejos e sonhos do coachee (quem recebe o treinamento), quais suas necessidades específicas para alcançar o “desejo e sonho”. Em seguida, traçamos um “plano de vida”, onde destacamos todas as suas prioridades”, explica a coach e educadora Karla Andrade.

Há muitos caminhos de qualificações no mercado. Desde a cursos mais básicos e de curta duração ou uma pós-graduação, por exemplo. Veja algumas opções:

Cursos livres: são caracterizados por não possuírem legislação específica e não necessitarem de credenciamento do MEC. Não há um padrão sobre os cursos livres, portanto, podem ser realizados em diferentes formatos e cargas horárias.


 Pós-graduação:
 podem ser do tipo stricto sensu, voltado para a área acadêmica de pesquisa, ou lato sensu, focado em áreas do conhecimento mais específicas, tendo uma abordagem mais prática. O título de pós-graduação garante ao profissional mais competitividade no currículo e a possibilidade de melhorar a sua remuneração. Por serem cursos com um período de duração maior, com exigência mínima de 360 horas, o seu custo pode ser mais elevado. Como alternativa, conte com as bolsas de estudo de pós-graduação. A inscrição é gratuita e pode ser realizada no site do Educa Mais Brasil, o maior programa de incentivo educacional do país.
Cursos de idiomas: o domínio de outro idioma é outro fator que diferencia o profissional no mercado de trabalho. Já é comum as vagas exigirem ao menos o conhecimento do inglês, considerada a língua universal. Para incluir essa qualificação no currículo, você também pode contar com as bolsas de estudo para cursos de idiomas do Educa Mais Brasil.
Por Agência Educa Mais Brasil

COMO DIAGNOSTICAR O AUTISMO NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA?


O primeiro ano da vida de uma criança é repleto de novidade e é uma fase marcada pelo desenvolvimento infantil. Geralmente, nesse período, ocorrem os sorrisos, as palavras, os primeiros passos e diversas habilidades novas. Mas e se o bebê não tiver esses comportamentos? Não quer dizer que ele tenha o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), mas é importante se atentar aos sinais e buscar ajuda de um especialista, caso a dúvida permaneça.
O TEA costuma ser identificado pelos especialistas quando a criança tem entre 1 ano e meio e 3 anos. Porém, especialistas destacam que os próprios pais são capazes de detectar os primeiros sinais do autismo a partir dos 8 meses.
Um estudo canadense publicado no International Journal of Developmental Neuroscience, com mais de 200 participantes, foi o primeiro a identificar comportamentos específicos em bebês de até 12 meses, e que puderam prever, se uma criança desenvolverá autismo. O diagnóstico precoce pode realmente fazer a diferença na melhora de habilidades das pessoas com TEA.
Cabe aos pais, monitorar o desenvolvimento dos filhos. Embora atrasos no desenvolvimento não apontem automaticamente para o autismo, eles podem indicar um risco maior para o TEA.
É importante ressaltar que algumas crianças com autismo podem se desenvolver normalmente na primeira infância. Mas é comum que percam as habilidades de forma progressiva. Com a lei n. 13.438/2007, foi estabelecido no Brasil que os pediatras usem protocolos padronizados, como a Escala M-chat, que é um questionário que ajuda a rastrear precocemente os sinais de autismo entre crianças de 18 a 24 meses.
Abaixo, listamos alguns sinais que os pais devem se atentar e podem indicar autismo em crianças pequenas.
– Não sorriem: seu filho sorri para você? Com seis meses, é comum que o bebê consiga retribuir um sorriso ou mostrar que está feliz.
– Não reage quando é chamado: os bebês tendem a atender quando são chamados pelos nomes e olham para a pessoa que o chamou.
– Falta de contato visual: crianças com TEA não costumam ter esse comportamento. Geralmente, fazem contato visual limitado e não seguem os objetos com os olhos.  A falta grave de contato visual enquanto o bebê cresce pode ser um indicador precoce de autismo, pois essa é uma forma de comunicação e compreensão da criança. Um estudo publicado na revista Nature descobriu que os bebês que desenvolveram o Transtorno do Espectro do Autismo apresentaram reduções ​​no contato visual entre 2 e 6 meses de idade.
– Não imita o comportamento de outros: os bebês com autismo geralmente não imitam os movimentos de outros. Por isso, não retribuem os sorrisos, batem palmas ou dão “tchauzinho”.
– Não interagem: os bebês geralmente respondem ao que olham e aos sons que estão à sua volta. A falta de resposta de um bebê ao mundo que o rodeia pode indicar autismo.
– Não busca atenção: o desinteresse em procurar a atenção ou em criar vínculo com um ente querido é um sinal de que o bebê pode ter dificuldade em se relacionar com os outros.
– Comportamentos repetitivos: é importante se atentar se a criança tem comportamentos repetitivos, exibe movimentos corporais incomuns, como girar as mãos, se fica sentado ou tem posturas incomuns. Eles podem ser obsessivos com esses comportamentos.
– Não balbuciam: antes de os bebês começarem a falar, eles começam a balbuciar, experimentando sons parecidos com vogais por volta dos 6 meses de idade. Quem tem autismo não costuma mostram sinais de balbuciar até os 9 meses ou mais.
– Fixação em objetos incomuns: a criança com TEA pode desenvolver fixações em objetos incomuns como ventiladores, partes de brinquedos (mas não o brinquedo), pisos ou teto.
– Eles não apontam nem gesticulam: quando as crianças são pequenas, elas tendem a apontar para objetos ou fazer outros gestos com as mãos para indicar interesse em algo. Uma criança com TEA geralmente não aponta para os objetos que chama sua atenção ou não demonstra interesse em objetos que os pais mostram.
– Aceitam o colo de qualquer pessoa: os bebês costumam estranhar quem não faz parte da rotina familiar e choram com pessoas estranhas. Quem tem autismo não demonstra esse desconforto.
 Por NeuroConecta

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Hipnose: Dos Mitos à Realidade

A hipnose médica (ou hipnoterapia) continua sendo um dos métodos terapêuticos mais controvertidos em Psiquiatria. Ela foi recebida com reservas, depois que recebeu críticas indevidas de Sigmund Freud, o pai da psicanálise. Mas, voltou com força redobrada após a Segunda Guerra Mundial, tendo sido apoiada como um método válido pelas principais entidades médicas internacionais.

No Brasil, a hipnose passou também por um processo de séria descrença, por ter sido muitas vezes utilizada em palco, por pessoas não qualificadas medicamente, e tendo até mesmo causado prejuízos para as "cobaias" humanas assim utilizadas. Felizmente, seu uso fora do ambiente médico foi proibido por um decreto presidencial na década de 60.
Atualmente, a hipnose é reconhecida como um tipo de tratamento adequado para certos quadros psiquiatricos, e até mesmo como um método de valor para aumentar a resistência imunológica de pacientes, aumentando o nível de células brancas (leucócitos) responsáveis pela defesa do nosso organismo contra as doenças. Por esse motivo, tem sido muito utilizada na terapia da AIDS, pois parece ser o método que mais rapidamente altera a psicoimunologia dos pacientes (alteração do sistema imune através da psique).
A hipnose geralmente não é um tratamento em si. Os diferentes métodos terapêuticos usados pela psiquiatria podem ser realizados melhor e mais rapidamente com a sua ajuda. Uma de suas vantagens é reduzir o tempo de tratamento de um distúrbio mental.
É um dos tratamentos utilizados para:
tirar alguns sintomas de certas doenças mentais, como ansiedade;
reduzir o estresse; tratar traumas psicológicos quando sua causa é pouco relevante;
tratar medos (fobias), como medo do escuro; auxiliar o tratamento de alívio de dores crônicas, como na artrite, na dor provocada por tumores, etc.
A hipnose também é muito utilizada no tratamento de doenças psicossomáticas (por exemplo, úlceras de fundo nervoso), sendo um dos métodos que obtem resultados mais breves e eficientes.
Uma grande vantagem na hipnose é que, ao contrário do que a ficção muitas vezes retrata, ela não tem poder para alterar os valores éticos e morais do paciente. É um dos tratamentos mais sérios em Psiquiatria, e o seu código de ética internacional é um dos mais rigorosos da Medicina. É isenta de perigo, sendo totalmente segura quando controlada pelo médico.

O que é a hipnose ?

A hipnose utiliza a técnica de indução do transe, que é um estado de relaxamento semi-consciente, mas com manutenção do contato sensorial do paciente com o ambiente.
O transe é induzido de modo gradual e por etapas, através da fadiga sensorial, que geralmente é provocada pelo terapeuta usando a voz, de forma calma, monótona, rítmica e persistente. Quando o transe se instala, a sugestibilidade do paciente é aumentada; o que requer um elevado nível ético do médico. A hipnose leva então à várias alterações da percepção sensorial, das funções intelectuais superiores, exacerbação da memória (hiperamnésia), da atenção e das funções motoras. Estabelece-se um estado de alteração de estado da consciência, um tipo de estado que simula o sono, mas não o é (a pessoa não "dorme" na hipnose): o eletroencefalograma (EEG) do paciente sob hipnose é de vigília, e não de sono.
Não se conhece ainda completamente como a hipnose altera as funções cerebrais. Uma das teorias atuais é que ela afetaria os mecanismos da atenção, em uma parte do cérebro chamada substância reticular ascendente (SRA), localizada na sua parte mais basal (tronco cerebral). Essa área, que também tem muitas funções relacionadas ao sono, ao estado de alerta, e à percepcão sensorial, "bombardeia" o cérebro continuamente com estímulos provenientes dos órgãos dos sentidos, provocando excitação geral. A inibição da SRA leva aos estados de sonolência e "desligamento" sensorial.
E a sensibilidade à hipnose, é geral ? Sim. Cerca de 90% das pessoas é hipnotizável pelo menos a nível das necessidades de terapêutica médica; alguns podem não sê-lo para etapas mais profundas, como de pesquisa pura. Esses 90% têm graus diferentes de sensibilidade: todos eles podem ser colocados sob hipnose, mas isso depende do médico, que tem que realizar um esforço maior ou menor em seu trabalho. E os outros 10% ? Bem, como a hipnose depende do estímulo da palavra (débil, rítmica, monótona e persistente), só não entrarão na hipnose os surdos e os totalmente inaptos a compreender a essência mínima do que lhes esteja sendo dito.

Hipnose na Psiquiatria

Entidades como Associação Médica Britânica, Associação Médica Americana, Associação Médica Canadense e Associação Americana de Psiquiatria reconheceram a força da hipnose como modo de diagnóstico e tratamento de problemas específicos em Psiquiatria. Assim, pesquisadores e serviços universitários organizaram-se no estudo mais profundo de seus fenômenos e na utilidade a ser dada às suas técnicas peculiares de diagnóstico e de terapêutica. Fundou-se uma sociedade internacional, que edita até hoje uma revista de elevado padrão científico visando à difusão de conhecimentos. Nos diferentes países, surgiram entidades nacionais, filiando-se à Sociedade Internacional. Para o estudioso da hipnose, a cada dia e a cada descoberta, ela é um mundo novo que se abre, no sentido de somar novos elementos à neurociência, da pesquisa ao diagnóstico e ao tratamento.
No entanto, ainda assim não ganhou a total credibilidade dos médicos, uma vez que é pouco disseminado o embasamento neurocientífico da hipnose.

Indicações da Hipnose

A hipnose tem muitas indicações específicas em Psicologia, Psiquiatria e em Medicina Geral.
Tirar a dor é uma das suas indicações básicas. Na verdade, como não se pode mentir ao paciente sob hipnose, a sugestão não é a de que a dor deixou de existir, mas que ela se vai transformando progressivamente numa sensação tolerável de formigamento ou de calor.
Outra área de aplicação da hipnose médica, com bons resultados, ocorre no controle das doenças psicossomáticas, tais como a asma, o colon irritável, e os problemas psicodermatológicos (como eczemas).
O controle dos impulsos é outra excelente área de atuação para a hipnoterapia. Ela se revelou de grande valor para o tratamento de distúrbios das condutas dependentes do controle de impulsos, tais como:
as alterações de comportamento alimentar (obesidade, anorexia e bulimia);
os impulsos inibidos ou exacerbados da sexualidade e a correção de suas disfunções em todas as faixas etárias;
o controle do impulso do jogo;
as diferentes dependências químicas, do alcool ao "crack", passando pelo fumo.
A hipnose também tem valor quando usada para complementar outras formas de psicoterapia, tais como no tratamento dos medos fóbicos, no domínio sobre os instantes de desencadeamento da doença do pânico, no controle da ansiedade e dos componentes emocionais da depressão, no controle do impulso suicida e reativação dos valores da vida, etc. Em muitos desses casos, ela é acompanhada também do uso de medicamentos apropriados (como antidepressivos).
Hipnose e Pseudo-Ciência
A aproximação da "New Age" e a incrível capacidade do paciente apresentar fenômenos de hipermnésia (exacerbação da memória) levou a uma maior exploração das técnicas de regressão às fases infantis e de adolescência, para instigar terapeutas pouco conscientes a buscar regressões fantásticas a outras dimensões, vida fetal e até...outras vidas, jogando esta séria técnica médica ao limbo do esoterismo. Pessoas até vivem e "revivem" outras vidas. Esqueceram-se os pseudo-terapeutas, que, entre as incríveis propriedades desta técnica, existe a deliriogênica, capaz de transformar fantasias latentes do paciente e bem-elaborados delírios de autoreferência.

O único perigo da hipnose, de fato, é o seu mau uso: querer "navegar" por outras vidas, formar delírios e neles acreditar. Tornar a difícil vida de hoje em um inferno pior ou, no mínimo, ingenuamente mergulhar numa fantasia irreal, sem chance de retorno. Abrir para si mesmo, com a ajuda de um profissional aético, as portas da percepção de uma psicose de difícil controle.
Por Vladimir Bernik, MD/Revista Cérebro e Mente

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Os 20 livros de ficção mais vendidos de 2018. Quantos você leu?


Lista traz o último título do autor de ‘O Código Da Vinci’, romances que ganharam adaptações para o cinema e lançamentos de instapoetas
A lista de livros de ficção mais vendidos em 2018 conta com a presença de velhos conhecidos dos leitores, como Dan Brown e Augusto Cury, e também de alguns fenômenos recentes, como os poetas que ganharam notoriedade publicando seu trabalho primeiro no Instagram antes de partir para as livrarias.
Quantos dos best-sellers do ano você leu?
Faça o teste arrastando as capas (dos livros que você já leu para a direita e dos que você não leu para a esquerda) ou usando os botões.
1. Textos Cruéis Demais para Serem Lidos Rapidamente (Globo Alt)
Representante brasileiro mais bem-sucedido em número de vendas do trabalho dos instapoetas – escritores que ganharam notoriedade ao publicar poesia nas redes sociais –, o livro chegou às livrarias em novembro de 2017 e teve 101.100 unidades comercializadas. Apesar de assinada pelo coletivo TCD, responsável pelas páginas no Facebook e no Instagram que tornaram o grupo conhecido, a coletânea foi escrita somente pelo paulista Igor Pires da Silva, 23 anos, e trata de temas como autoestima, saúde mental e amor. O jovem, junto com as amigas, prepara agora um segundo livro.
2. Origem (Arqueiro)
O romance, lançado em outubro de 2017, é mais uma prova do sucesso do americano Dan Brown no mercado editorial. Origem, que vendeu 98.292 exemplares durante este ano, traz de volta o professor de Harvard Robert Langdon, protagonista de outros títulos do escritor, entre eles O Código Da Vinci, tentando desvendar um mistério. Neste caso, o segredo que o especialista em simbologia precisa descobrir é nada menos do que uma das maiores dúvidas da humanidade: a origem do homem e seu destino.
3. Ainda Sou Eu (Intrínseca)
Terceiro romance da série best-seller iniciada por Como Eu Era Antes de Você, que ganhou adaptação para os cinemas em 2016, com Emilia Clarke e Sam Claflin nos papéis principais, Ainda Sou Eu foi lançado em janeiro e vendeu 90.980 cópias. No livro, a britânica Jojo Moyes dá continuidade à história de Louisa Clark, que chega em Nova York para tentar uma nova vida como assistente pessoal de um rico empresário americano.
4. Outros Jeitos de Usar a Boca (Planeta)
A indiana Rupi Kaur, considerada uma das pioneiras entre os instapoetas, tornou-se um fenômeno literário ao tratar de feminismo e abuso sexual, entre outros assuntos que vêm ganhando espaço nos últimos anos, em poemas curtos, simples e acessíveis. Outros Jeitos de Usar a Boca, seu primeiro trabalho, foi lançado em fevereiro do ano passado e, mais de um ano depois, continua firme e forte na lista de mais vendidos de VEJA. Só em 2018, a coletânea vendeu 81.241 exemplares.
5. O Conto da Aia (Rocco)
Alavancado pelo seriado que já ganhou diversos prêmios no Emmy e no Globo de Ouro, o romance da canadense Margaret Atwood, lançado na década de 80, voltou às listas de mais vendidos do mundo todo. No Brasil, a editora Rocco relançou o livro em junho do ano passado, com novo projeto gráfico. Segundo levantamento de VEJA, a obra que se passa em uma realidade distópica em que as mulheres férteis se tornam escravas sexuais nos Estados Unidos vendeu 72.318 unidades.

6. O Que o Sol Faz com as Flores (Planeta)
A segunda coletânea de poesias de Rupi Kaur foi lançada em março e vendeu 65.340 cópias no ano. No livro, dividido em cinco partes – murchar, cair, enraizar, crescer e florescer, as fases de uma flor –, a escritora retoma os assuntos de Outros Jeitos de Usar a Boca, tratando de relacionamentos abusivos, a relação com a mãe e questões de imigração.
7. Mais Escuro (Intrínseca)
Resquício da onda de romances eróticos que explodiu com Cinquenta Tons de Cinza, de E.L. James, em 2011, Mais Escuro faz parte da segunda trilogia da escritora britânica, que conta a mesma história de primeira, mas pelos olhos do lado masculino do casal, Christian Grey. O livro, o segundo da série, que faz paralelo com Cinquenta Tons Mais Escuros, chegou às prateleiras das livrarias em janeiro e vendeu, durante o ano, 62.264 exemplares.
8. O Homem Mais Feliz da História (Sextante)
Um dos maiores best-sellers brasileiros, Augusto Cury não raro aparece mais de uma vez, com títulos diferentes, às vezes de gêneros diversos, nas listas de mais vendidos. Com O Homem Mais Feliz da História, lançado em novembro do ano passado, o escritor vendeu 54.465 unidades. O livro, da mesma série de O Homem Mais Inteligente da História, traz o psiquiatra Marco Polo tentando entender os códigos da felicidade presentes no Sermão da Montanha.
9. Mitologia Nórdica (Intrínseca)
Conhecido pela série de graphic novels Sandman, Neil Gaiman volta a tratar dos deuses nórdicos nessa coletânea de contos. As histórias originais de Odin, Thor, Loki e companhia são revisitadas a partir de livros de referência do autor britânico, mas ele também trata de dar seu toque pessoal aos mitos. Lançado em março do ano passado, Mitologia Nórdica continua entre os mais vendidos, tendo comercializado 46.532 cópias só em 2018.

10. Poesia que Transforma (Sextante)
Segundo livro de Bráulio Bessa, reúne poemas e bastidores da vida e da produção literária do cearense que se tornou conhecido após sucessivas aparições no programa Encontro com Fátima Bernardes, da Globo, onde falava sobre o orgulho de ser nordestino e declamava seus versos. Poesia que Transforma foi lançado em julho e desde então não deixou a lista de mais vendidos de VEJA, acumulando vendas de 43.983 exemplares.
11. O Homem Mais Inteligente da História (Sextante)
O romance, lançado em outubro de 2016, continua marcando presença nas listas de mais vendidos. Só em 2018, o primeiro volume da trilogia de Augusto Cury sobre a inteligência de Jesus vendeu 43.194 exemplares. É nesse título que o leitor conhece Marco Polo, um psiquiatra ateu que decide estudar a mente do filho de Deus a partir dos textos do Novo Testamento, mas aplicando conhecimentos das ciências humanas.
12. A Revolução dos Bichos (Companhia das Letras)
A fábula se mantém atual, apesar de ter sido concebida pelo britânico George Orwell como uma sátira à ditadura stalinista em 1945. Com o passar das décadas e as mudanças políticas e sociais que o mundo sofreu, a narrativa que mostra os bichos tomarem o controle de uma fazenda e depois sucumbirem à sede de poder ganhou diferentes interpretações e significados, indicando que é uma obra de relevância permanente. Em 2018, a edição brasileira vendeu 43.084 cópias.
13. O Livro dos Ressignificados (Paralela)
Outro representante do grupo dos instapoetas, o brasiliense João Dorderlein, conhecido na internet como @akapoeta, vendeu neste ano 41.938 unidades de sua primeira coletânea de poesia, lançada em agosto de 2017. O Livro dos Ressignificados, como sugere o nome, propõe novos sentidos a algumas palavras, como astronauta (“é quem chega aonde quer. ou quem foge do mundo rotineiro para se encontrar”), estrela (“é quem, feito catapora, se multiplicou no céu, diria Carpinejar”) e sonhar (“é um marinheiro em fuga da realidade”).
14. A Mulher na Janela (Arqueiro)
Best-seller do The New York Times, o thriller fez sucesso também no Brasil – lançado em março por aqui, vendeu 28.476 unidades no ano. Escrito pelo editor Dan Mallory sob o pseudônimo de A. J. Finn, A Mulher na Janela retrata uma psicóloga infantil que, afastada do trabalho e da família e isolada em casa, acredita ter testemunhado um crime ao olhar por sua janela. Elogiado por escritores como Stephen King e Gillian Flynn, o livro teve seus direitos de adaptação comprados pela Fox, que escalou nomes como Amy Adams e Gary Oldman para a produção.
15. O Homem de Giz (Intrínseca)
Romance de estreia da britânica C.J. Tudor, vendeu 27.752 cópias desde o lançamento, em março. A história, inspirada na obra de Stephen King, se desenrola no presente e no passado: em 1986, Eddie e seus amigos se divertem usando desenhos feitos de giz como código para se comunicar; em 2016, já crescidos, eles recebem um desenho feito com giz de um homem enforcado – e pouco depois, um dos amigos aparece morto. Eddie, então, decide investigar o que aconteceu.
16. Depois de Você (Intrínseca)
Sequência de Como Eu Era Antes de Você, o livro de Jojo Moyes vendeu cerca 23.548 exemplares em 2018, o que mostra sua força – já que foi lançado em fevereiro de 2016. Nesta continuação, Louisa Clark precisa tentar aceitar e superar os tristes acontecimentos mostrados ao final do primeiro livro, e se torna garçonete de um pub em um aeroporto de Londres.
17. Me Chame pelo Seu Nome (Intrínseca)
O filme de Luca Guadagnino que concorreu a quatro troféus no Oscar deste ano – desses, ganhou um, o de melhor roteiro adaptado – impulsionou as vendas do romance que o inspirou. Lançado no Brasil em janeiro, o livro de André Aciman que se passa na Itália dos anos 1980 e mostra o tórrido relacionamento entre um estudante de pós-graduação e um adolescente de 17 anos vendeu 22.818 unidades.

18. 1984 (Companhia das Letras)
Provavelmente o trabalho mais conhecido de George Orwell, a distopia escrita pelo britânico em 1948 já se tornou clássica, ganhando sempre novos leitores, como A Revolução dos Bichos. O romance que retrata uma sociedade comandada por um governo totalitário, que não permite a seus habitantes viver em liberdade e está constantemente em vigilância, vendeu 18.190 exemplares durante o ano.
19. It – A Coisa (Suma)
Outro livro que entrou em evidência por causa de sua adaptação para os cinemas, que estreou em setembro de 2017, o terror de Stephen King It – A Coisa, publicado originalmente na década de 80, vendeu 17.651 cópias em 2018. O enredo tem como protagonistas sete amigos de uma pequena cidade americana que enfrentaram um ser sobrenatural quando eram crianças e, quase trinta anos depois, voltam a se deparar com o rastro de destruição da Coisa.
20. O Segredo de Helena (Arqueiro)
Lançado em abril, o novo livro da best-seller irlandesa Lucinda Riley vendeu 16.254 unidades. O romance é protagonizado por Helena, uma mulher que, já casada e com filhos, decide voltar à casa do padrinho no Chipre onde passou férias inesquecíveis quando era adolescente. O lugar, porém, traz de volta não apenas lembranças, mas também segredos que ela esconde da família, em especial de Alex, seu filho mais velho.
Por Meire Kusumoto. na Veja/Livros e Pessoas