quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Turma da Mônica ganha personagem com doença rara



Edu é um menino de nove anos apaixonado por arte e portador da Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) (Foto: Divulgação)
Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali estão prestes a receber mais um amigo no bairro do Limoeiro: a partir de março, Edu, um menino com distrofia muscular de Duchenne (DMD), entrará para a turminha. O novo personagem faz parte do projeto editorial “Cada passo importa”, uma parceria da Mauricio de Sousa Produções com a empresa de medicamentos genéticos Sarepta.

Segundo Fábio Ivankovich, diretor-geral da Sarepta, Edu é um menino de 9 anos que convive com uma doença genética rara e “gosta de desenho, arte e tem um cachorro chamado Sapeca”. Os gibis da campanha mostrarão o personagem na escola, onde os coleguinhas o acolherão e entenderão suas dificuldades e necessidades.
O objetivo da projeto é conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e promover a inclusão de pessoas com DMD. “A ideia não faria sentido se não fosse a equipe do Mauricio, se a gente não pudesse transformar isso em desenho, de forma lúdica, para sensibilizar crianças, professores e famílias”, afirmou Ivankovich.
Inclusão na Turma da Mônica
Esta não é a primeira vez que a Mauricio de Sousa Produções cria um personagem com algum tipo de deficiência. Nos últimos anos, pelo menos outros três personagens nasceram com o objetivo de trazer mais representatividade para a Turma da Mônica: o cadeirante Luca, a cega Dorinha e a menina Tati, que tem Síndrome de Down.
A missão do projeto editorial “Cada passo importa” é usar os quadrinhos e o personagem Edu para sensibilizar as crianças sobre doenças raras, principalmente a Distrofia Muscular de Duchenne. “Nós estamos colocando o nosso estúdio à disposição para esta campanha, utilizando a Turma da Mônica para espalharmos essa mensagem para a população em geral. Provavelmente, não temos noção de quantas pessoas podem estar passando pelos sintomas e desconhecerem [a doença], então vamos divulgar isso para ajudar”, disse Mauricio de Sousa, em apresentação do projeto à imprensa.
De acordo com o quadrinista, o projeto busca conscientizar sobre a DMD de forma leve e inspiradora. “É uma doença rara, cruel, mas a vida continua. Nós queremos tratar [o assunto] de uma forma otimista, levar uma mensagem de carinho, esperança e mostrar que a vida pode ser vivida de qualquer maneira, com segurança, carinho e atenção”, completou.
O que é a Distrofia Muscular de Duchenne
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma doença degenerativa rara que leva à perda muscular progressiva. Ela faz com que a pessoa, pouco a pouco, deixe de realizar atividades simples de forma independente.
A doença é causada por uma mutação no gene responsável pela produção da distrofina, uma proteína que ajuda na manutenção da integridade dos músculos. Os primeiros sinais da doença costumam aparecer por volta dos 2 ou 3 anos, quando a criança passa a demonstrar atraso para andar ou falar, fraqueza muscular, dificuldade para correr, pular ou se levantar do chão. A hipertrofia das panturrilhas também é um sinal clínico comum.
A evolução da DMD é rápida e, se a doença não for diagnosticada de forma precoce, pode levar ao falecimento do paciente na adolescência ou no início da vida adulta. Ainda não existe cura, mas tratamentos com corticoide já são capazes de retardar o avanço da distrofia.
*Com supervisão de Isabela Moreira./Galileu

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Se existe a Nova Zelândia, onde fica a ‘velha’?


A Nova Zelândia é um país que chama a atenção por diversos motivos. Além de ser um dos países mais desenvolvidos e seguros para se viver, essa nação apresenta paisagens naturais deslumbrantes, muitas das quais se beneficiam do fato do país ficar em uma região bastante isolada com relação aos outros países. Mas o que costuma deixar muita gente com um ponto de interrogação é o seu nome extremamente peculiar. Afinal, se existe a Nova Zelândia, onde é que fica a “velha”?
Tudo começou há mais de 300 anos atrás. O primeiro explorador europeu a desembarcar no que hoje é conhecido como Nova Zelândia foi um holandês chamado Abel Tasman, que estava a serviço da Companhia Holandesa das Índias Orientais. No entanto, quando ele chegou por lá em meados de 1640, Tasman pensou que havia desembarcado em uma parte da que hoje é conhecida como “Isla de los Estados” (“Stateneiland” em holandês) que é uma ilha que fica na ponta inferior da Argentina. Tasman a nomeou assim meio que às pressas, já que tinha feito uma longa viagem e havia se envolvido em um combate com os nativos da região.
Selo comemorativo da chegada de Abel Tasman na Nova Zelândia.
Logo depois, os cartógrafos holandeses Hendrik Brouwer e Joan Blaeu inspecionaram melhor o local e descobriram que essas grandes ilhas não faziam parte da América do Sul, mas sim da Oceania. Joan Blaeu, então, resolveu trocar o nome da área para “Nieuw Zeeland” (“Nova Zelândia” em português), em homenagem a uma província holandesa. A tal “província da Zelândia” também era composta por ilhas e seu nome significa literalmente “ilhas no mar” em holandês. Ou seja, o nome “Nova Zelândia” seria uma forma de dizer “novas ilhas no mar”.
Posteriormente, o inglês James Cook fez três viagens a Nieuw Zeeland na década de 1770. O objetivo de sua viagem original era outro, mas Cook e sua tripulação se perderam e acabaram em Nieuw Zeeland, que ainda era relativamente pouco explorada pelos ocidentais desde a viagem original de Tasman. Com a colonização inglesa na região, o nome deixou de ter a escrita holandesa de “Nieuw Zeeland” para a escrita inglesa “New Zealand”, que até hoje permanece como o nome oficial do país.
Ou seja, da próxima vez que você vir o nome “Nova Zelândia” por aí, saiba que a “Zelândia original” que deu nome ao país da Oceania é na verdade uma província holandesa.

Por Rômulo Silva/Tricurioso

Brasileiros transformam artigo científico sobre insetos em HQ

Um biólogo e um quadrinista se uniram para contar como insetos sobrevivem e se reproduzem em riachos que secam durante o ano

(Luciano Queiroz & Marco Merlin/Reprodução)
A ciência pode ser facilmente transformada em histórias. Ecossistemas, teorias quânticas, arqueologia: com cuidado e boa vontade, dá para contar e explicar tudo de uma forma didática e envolvente (como, modéstia à parte, fazemos aqui na SUPER). É isso, aliás, que alguns cientistas têm procurado fazer. É o caso do biólogo e pesquisador da USP Luciano Queiroz, que se uniu ao cartunista Marco Merlin para publicar em forma de quadrinhos um artigo científico sobre um tema complexo.
Ciclos nasceu para ilustrar um estudo que explica como insetos aquáticos sobrevivem e se reproduzem em riachos intermitentes do Cerrado, que secam entre abril e setembro. A ideia surgiu no início de 2017, logo após a conclusão do trabalho. “Ele [Luciano] já chegou com essa proposta pronta: adaptação de um artigo científico para a linguagem dos quadrinhos, para ser divulgado via web”, disse Merlin à SUPER. A obra foi finalizada no final de 2018.
O objetivo de transformar o artigo em HQ era tornar esse conhecimento acessível ao público. Apesar da aparência lúdica, as informações científicas principais estão lá, descritas de forma simples. “Tentamos não deixar claro logo no início do quadrinho que ele trata de ciência. A ideia é que a pessoa leia, ache curioso e, quando perceba, já tenha chegado até o fim, aprendido novos conceitos e se divertido”, disse Luciano. 

Na pesquisa, os cientistas instalaram cinco habitats artificiais – uma espécie de bolsa de nylon preenchida com pedrinhas – em riachos intermitentes. A cada semana eles retiravam o habitat para coletar os insetos presentes e analisá-los em laboratório. Ao mesmo tempo, colocavam outro habitat artificial no lugar. Ao final de 5 semanas, conseguiram detectar o famoso “ciclo” do título. E ainda apresentaram insetos aquáticos não tão conhecidos pelo público – como os efemerópteros, trichopteros e plecopteros, alguns dos personagens da tirinha.
(Luciano Queiroz & Marco Merlin/Reprodução)

“Venha pela piada, fique pela ciência”

A parceria entre Luciano e Marco não começou com Ciclos. No final de 2015, Merlin conheceu o podcast de Luciano, Dragões de Garagem, e logo se identificou com o estilo descontraído da equipe. Como já gostava de ciência, mas não podia participar ativamente da área por não ser cientista, Merlin enviou um e-mail ao grupo propondo uma parceria para a criação de tiras de humor com conteúdo científico.
“Para eles seria uma forma excelente de atrair novos públicos para o podcast e, para mim, era uma maneira de contribuir com a divulgação científica, além de aumentar o alcance do meu trabalho”, conta o quadrinista. A parceria deu certo e, em janeiro de 2016, começaram a ser publicadas as Cientirinhas, com periodicidade semanal.
Por Ingrid Luisa/Superinteressante

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Universidade promove passeios com cachorros para reduzir os índices de depressão dos alunos


Diante dos dados crescentes de depressão entre os jovens, a Universidade East Anglia, na Inglaterra, pretende ajudar seus alunos com passeios com pets
A depressão é uma doença cada vez mais comuns entre jovens. A Associação Brasileira de Psicanálise estima que 10% dos adolescentes brasileiros sofrem com o problema e, mundialmente, esse dado cresce para 20% de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O estado negativo permanece, muitas vezes, por várias fases da vida e, ao perceber o crescimento do fenômeno em sua região, a Universidade East Anglia, na Inglaterra, se dispôs a ajudar os alunos que sofrem com esse mal e também prevenir a enfermidade aqueles que não demonstram sintomas.

Longe de remédios e sessões terapêuticas, a instituição resolveu aproveitar a rotina dos estudantes para recomendar tarefas comuns que podem servir como tratamento. Dentre elas, passeios com cachorros são organizados pela própria universidade, nos intervalos das aulas. 

Os benefícios da prática são físicos e mentais, diminuindo a ansiedade e o risco de depressão. “Acreditamos que o contato com animais pode ser extremamente destressante para os nossos alunos e esperamos que, a longo prazo, essas caminhadas reduzam o risco de depressão”, afirmaram os iniciadores do projeto. Agora, é só esperar para ver os resultados e aplicar a medida aqui no Brasil, também.
Por Bianca Alves, na Casa e Jardim/ Cristina Danuta in /www.livrosepessoas.com

Brasil vai precisar de 10 milhões de profissionais de saúde e educação até 2040

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasi
Um estudo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) afirma que o Brasil vai precisar de cerca de 4 milhões de professores, 1 milhão de médicos e 4,5 milhões de enfermeiros em 2040.
Chamado “Educação e Saúde: os setores do futuro?” e disponível em espanhol, o estudo projeta qual será a demanda futura de profissionais no que chama de setor social na América Latina.
Segundo a publicação, a região analisada necessitará de 10,3 milhões de professores, 2,4 milhões de médicos e 6,2 milhões de enfermeiros no final do período analisado. O resultado indica que o número de profissionais nessas áreas quase dobrará no período.
O crescimento dessas profissões é atribuído pelo BID à dificuldade para automatizar as atividades feitas por seus profissionais, ao envelhecimento populacional e ao potencial de aumento de matrículas no sistema educacional.

Segundo o BID, um terço dos professores e dois terços dos médicos da região que estarão ativos em 15 anos serão formados por pessoas que ainda não entraram no mercado de trabalho.
“Diante desta realidade, é importante assegurar que estes novos profissionais tenham as habilidades e a formação que necessitam para serem os professores, médicos e enfermeiros do futuro”, diz o estudo.
Para chegar aos resultados, foram analisadas diferentes variáveis. No caso da educação, entraram na conta dados como população em idade de estudar e número de crianças por professor. Já em saúde, levou-se em consideração a proporção de médicos em relação à população de idosos que existirá nas próximas décadas, assim como a proporção de enfermeiros por médico.
O estudo também analisa a evolução do emprego de professores, médicos e enfermeiros durante as últimas quatro décadas na América Latina e o Caribe.
Segundo a publicação, a diferença salarial em atividades de homens e mulheres ligadas à saúde e educação é menor do que em outros setores.
O estudo afirma que, na região, as mulheres com educação pós-secundária ainda ganham em média 28% menos que os homens. Por outro lado, em educação e saúde essa diferença é de aproximadamente 10%.
Além disso, as mulheres representam cerca de 75% da força de trabalho nesses segmentos.
De acordo com o BID, o número de profissionais de educação e saúde quadruplicou em quarenta anos e atualmente 11 milhões de pessoas trabalham como médicos, enfermeiros e professores na região analisada.
Por Folhapress/Paraná Portal

A importância dos livros e da leitura na educação infantil

Confira os benefícios que a prática proporciona ao desenvolvimento das crianças
A importância dos livros e da leitura na educação infantil
Compreender a importância dos livros e da leitura na educação infantil é uma atitude necessária não somente para educadores e instituições de ensino, os responsáveis também devem estar cientes dos benefícios conquistados com a prática da leitura.

Para as crianças, aprender a ler é um momento que marca o início de novas descobertas e possibilidades. Por isso é fundamental que a escola, em conjunto com a família, incentive o hábito da leitura nas crianças desde os primeiros anos escolares. 

Benefícios da leitura para as crianças 


O contato com os livros, o ato de sentir o cheiro, as texturas e interagir com as histórias auxilia no desenvolvimento psicomotor, cognitivo e intelectual das crianças. A leitura também contribui para melhorias no vocabulário, na fala e no rendimento escolar. Confira outros benefícios da leitura para as crianças:

  1. Estimula a criatividade
  2. Favorece a aquisição de cultura
  3. Melhora a escrita
  4. Incentiva a imaginação
  5. Estimula atitudes éticas, entre outros. 

Como incentivar o hábito da leitura nas crianças


Cabe a instituição ensino propor atividades que incentivem a leitura de forma dinâmica e despertem o interesse e curiosidade dos pequenos. Em casa, os pais também podem incluir na rotina momentos para a leitura em família. Quando os adultos demonstram interesse nos livros, automaticamente as crianças se sentem atraídas para o mundo da leitura.

É importante que ao longo das atividades pedagógicas, os educadores estejam atentos a possíveis problemas de aprendizagem. Caso necessário, os responsáveis podem ser aconselhados a procurar ajuda especializada de psicólogos registrados no Conselho Regional de Psicologia, assim como as escolas podem desenvolver programas específicos, com profissionais qualificados, para auxiliar as crianças com transtornos no aprendizado. 
Fonte: E+B Educação | Gabriele Silva/Educa Mais Brasil

Educação Integral: os desafios e o papel do gestor escolar

Para alcançar a integralidade da formação humana é necessário aumentar e diversificar as experiências educativas dos estudantes
Duas meninas em frente a um computador, uma delas aponta para a tela e a outra sorri
Foto: Getty Images
Nos últimos três anos a implantação da Educação Integral tem sido um dos maiores desafios para mim, para a minha equipe de trabalho e para a comunidade escolar. Isso porque acreditar em outra escola possível é praticamente incompatível com as condições objetivas da Educação brasileira. Os entraves são abundantes e passam pela falta de investimento adequado, desvalorização da profissão docente e falta de autonomia das unidades educacionais só para citar alguns exemplos.
A política de implantação da Educação Integral na cidade de São Paulo, a partir de 2016, não tem redundado em investimentos substanciais nas escolas signatárias desse programa, mesmo com a tímida ampliação do quadro de funcionários. Os incentivos são modestos e não correspondem à demanda de trabalho gerada pelo aumento do tempo de permanência dos alunos nas unidades educacionais. Apesar disso, é importante que o gestor escolar entenda que não dá para ficar aguardando que esse quadro mude para que a o direito à Educação Integral seja assegurado. Nesse sentido, por mais controverso que isso pareça, é fundamental mobilizar toda a equipe escolar e insistir na implantação da Educação Integral e em tempo integral, uma vez que é por meio dessa concepção de educação que será possível alcançar a qualidade de ensino desejada.
A legislação
A ideia de formação total/integral dos sujeitos não é tão recente e no Brasil é preconizada no Artigo 205 da Constituição Federal de 1988 e no Artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, que mencionam o pleno desenvolvimento da pessoa e do educando, respectivamente. Por sua vez, a meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE), estabelece que no período de 2014 a 2024 o país deve oferecer Educação Integral em pelo menos 50% das escolas públicas, de modo a atender a 25% dos alunos da Educação Básica. Embora pareça pouco, esta meta é considerada bastante ambiciosa por especialistas em educação.
O conceito         
O gestor escolar sabe que Educação Integral e escola em tempo integral não são a mesma coisa, embora também saiba que há uma correspondência relativa entre essas duas coisas. Enquanto o conceito de Educação Integral abrange a formação do aluno nas suas múltiplas dimensões: intelectual, física, social, cultural e emocional, a ideia de escola em tempo integral está relacionada à ampliação do tempo de permanência do aluno na unidade educacional. Ocorre que, para alcançar essa integralidade da formação humana é necessário aumentar e diversificar as experiências educativas dos estudantes, o que implica em estender o tempo da escola. Esta combinação de Educação Integral/em tempo integralcom a diminuição da desigualdade social tem sido a fórmula mais bem-acabada dos países ocidentais para obter uma Educação reconhecidamente de qualidade.
Sabe-se que o tempo de permanência dos alunos nas escolas brasileiras está em descompasso com o que acontece em muitos países, sobretudo naqueles que têm uma economia tão pujante quanto a nossa, porque nos falta, principalmente, esta fórmula bem-acabada. No Brasil, o tempo de permanência diária na escola varia de quatro a cinco horas, enquanto nos países desenvolvidos esse tempo é de sete horas. Mesmo na Finlândia, país que ocupa o topo no ranking do PISA, e que declara ter um tempo de permanência diária curto, esse período é de quatro a sete horas. Como se vê, para alcançar uma Educação de qualidade no Brasil, é necessário estabelecer essa correspondência entre a noção de Educação Integral e a ampliação das oportunidades de aprendizagem dos alunos, sem esquecer, evidentemente, de que a diminuição da desigualdade social é uma condição fundamental para se alcançar esse objetivo.
As condições objetivas
O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e a explicação de que esta situação seria o efeito do baixo nível de escolarização da população vem caindo por terra. De acordo com o resultado da pesquisa apresentada pelo sociólogo e economista Marcelo Medeiros, da Universidade de Brasília (UNB), durante o Seminário Anual do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat) realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em outubro de 2018, o investimento em Educação é insuficiente para reduzir a desigualdade social. Ainda que a Educação seja importante não significa que o acesso ao diploma leva à diminuição da desigualdade social. Contudo, cabe a ressalva de que nem por isso a Educação deixa de ser importante, porque, como dizia o saudoso Paulo Freire, “se a Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”.
Educação Integral e equidade
Os conceitos de inclusão e equidade são os fundamentos entre a garantia do desenvolvimento dos sujeitos em todas as suas dimensões e o aumento do tempo de permanência na escola. O reconhecimento das singularidades e a organização da escola sob as bases da igualdade de oportunidade e da justiça podem assegurar um ensino de qualidade preconizado na ideia de Educação Integral. Pesquisas também indicam que as crianças das classes populares terão mais longevidade escolar quanto mais cedo elas começarem a frequentar a escola e por mais tempo permanecem nela diariamente.
Uma classe de EJA na EMEF Infante Dom Henrique
A Educação de Jovens e Adultos na EMEF Infante Dom Henrique atraiu mães, pais e familiares/ Foto: Cláudio Neto
A ampliação do conceito: a Educação ao longo da vida
Das ações que cabem ao gestor escolar e à sua equipe, sobretudo à coordenação pedagógica, duas são fundamentais e elas são complementares. Em primeiro lugar, promover a formação sobre essa temática e, segundo, discutir a ideia de Educação ao longo da vida, o que corresponde ao alargamento da própria noção de Educação Integral. Nessa perspectiva, para o gestor escolar da rede pública, aumentar o tempo de permanência dos estudantes na escola pode ser combinado com o aumento de escolaridade dos seus pais e/ou familiares. Se por um lado, ingressar na mais tenra idade no sistema educacional pode significar o aumento da média de anos de estudos, por outro, proporcionar o retorno à escola aos pais e familiares de baixa escolaridade é o maior compromisso político de quem compreende a realidade educacional brasileira.
Foi a partir dessa compreensão que no início desse ano, com o apoio da diretoria regional de Educação, nós implantamos a Educação de Jovens e Adultos (EJA) na nossa escola. Com isso, muitas pessoas da comunidade escolar, mães, pais e familiares dos nossos alunos tiveram a oportunidade de voltar a sonhar com um futuro no qual a escola passou a ser a trilha da esperança, que para alguns pode representar conquistas profissionais e para outros a singela capacidade de se proclamarem estudantes.       
Os desafios
Apesar de começarmos de maneira tímida a implantação da Educação Integral em tempo integral nós conseguimos avançar consideravelmente ao longo de três anos, a despeito de todas as dificuldades já mencionadas. Em 2016 nós instituímos a Educação Integral do 1º ao 2º ano, em 2017 ampliamos até o 3º ano e em 2019 estendemos até o 5º ano, o que significa que a Educação Integral foi implantada plenamente na primeira etapa do Ensino Fundamental. Como não temos mais espaço físico para continuar ampliando até o 9º ano nós estamos reivindicando a construção de outro prédio para instalar a escola e que permitirá alcançar outro objetivo mais audacioso. Ao invés de continuarmos adequando os nossos projetos a uma estrutura física nós queremos pensar uma estrutura física a partir dos nossos projetos e da nossa concepção de Educação.
Os resultados
Embora essa investida seja relativamente recente para a obtenção de resultados mais consistentes, alguns ganhos já são reais. Em 2018 foi publicado o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), medido em 2017, e a escola alcançou a meta projetada para o 5º ano, algo que não acontecia desde 2009. Igualmente importante é o reconhecimento do trabalho pela comunidade e que tem nos reservado um lugar de alto prestígio, a ponto de criarmos o curso de EJA para ampliar as oportunidades de aprendizagem para toda a comunidade escolar.
Outras palavras
Falar sobre um tema tão premente na agenda das escolas em um país que não investe satisfatoriamente em áreas sociais e principalmente na Educação, a partir da experiência de uma escola, não é uma tarefa fácil. No entanto, o que discutimos e apresentamos aqui não é um caso isolado. Há várias escolas que coletivamente vêm realizando as mesmas coisas Brasil afora, para tentar minimizar os efeitos da brutal desigualdade social que invariavelmente se converte em desvantagens escolares para os alunos mais vulneráveis socialmente. Por fim, sei que somos movidos pelo dever moral de assegurar o direito à educação aos nossos alunos e toda a comunidade escolar, porque, segundo o querido professor José Sérgio de Carvalho, todo direito tem uma obrigação correlata e nós somos os agentes públicos responsáveis por essa obrigação.
Por: Cláudio Neto/Gestão Escolar

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Cinco mitos da Física em que você sempre acreditou

A Física é uma ciência repleta de curiosidades e mitos. Conheça alguns mitos da Física em que você possivelmente já acreditou.

Cinco mitos da Física em que você sempre acreditou
Visto de fora da atmosfera terrestre, o Sol apresenta cor branca. Sua cor aparentemente amarela ocorre em razão da absorção da luz pela atmosfera.


A Física é uma ciência que explica desde os fenômenos subatômicos até a formação das galáxias, por isso, ela é repleta de curiosidades, mas também de diversos conceitos errôneos. Reunimos alguns mitos da Física em que você possivelmente já acreditou para você saber um pouco mais sobre essa importante área do conhecimento.

→ Uma moeda solta do topo de um prédio poderia matar alguém

Muitas pessoas acreditam que um objeto leve, como uma moeda, se abandonado do topo de um prédio, chegaria ao solo com uma velocidade potencialmente letal. Talvez isso fosse verdade, se pudéssemos desconsiderar a resistência do ar que atua sobre essa moeda. No entanto, a moeda é fortemente influenciada pelo atrito com o ar atmosférico e, durante a sua queda, ela rapidamente para de acelerar, atingindo uma velocidade terminal.
Se solta do prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, com seus 828 metros, uma moeda como a de 50 centavos atingiria uma velocidade máxima de aproximadamente 95 km/h, uma velocidade insuficiente para perfurar o crânio humano.
Burj Khalifa
Mesmo solta do prédio mais alto mundo, uma moeda não seria capaz de matar alguém.

→ O Sol é amarelo

Sol costuma ser representado em desenhos com a cor amarela, no entanto, ele emite todas as cores visíveis do espectro eletromagnético e, portanto, sua cor é branca. O Sol é classificado como uma estrela de sequência principal, ou seja, sua energia é proveniente da fusão de átomos de hidrogênio em átomos de hélio — perdendo, nesse processo, cerca de quatro milhões de toneladas de massa por segundo! Sua classificação espectral, por sua vez, coloca-o na categoria de anãamarela. Tal classificação não diz respeito à sua cor, mas, sim, à temperatura de sua superfície, que é, aproximadamente, de 5500 ºC. A cor amarela do Sol surge em razão do espalhamento da luz na atmosfera terrestre: os gases atmosféricos são capazes de absorver as frequências mais altas da luz visível, como o azul e o violeta.
→ No espaço, não há peso
Considera-se que a partir de 100 km da superfície da Terra inicia-se o espaço. Muitas pessoas acreditam que, após essa distância, seu peso seria anulado, como se não houvesse gravidade, o que não é real. Um exemplo disso é a estação espacial internacional (ISS), que se encontra a, aproximadamente, 400 km de altura, onde a gravidade é de, aproximadamente, 8,3 m/s². Para que os astronautas experimentem a sensação de imponderabilidade, isto é, a sensação de estarem sem peso, é necessário que a ISS orbite a Terra em, aproximadamente, 28.000 km/h. Essa grande velocidade de rotação produz uma aceleração centrípeta capaz de balancear a aceleração da gravidade local.

→ Energia escura e matéria escura são a mesma coisa

Energia escura e matéria escura são dois conceitos que você provavelmente já deve ter ouvido, mas trata-se de coisas diferentes. A energia escura é uma proposta teórica para explicar o aumento na velocidade de expansão do universo. Trata-se da hipótese mais aceita para explicar a inflação do universo. De acordo com essa teoria, criada em 1980 pelos físicos Alan Guth e Alexei Starobinky, a energia escura permeia-se por todo universo, agindo como uma pressão negativa agiria sobre um balão inflado: ao retirar-se a pressão nos arredores de um balão, ele se incha, devido à sua pressão interna.
Os cálculos mais recentes da Cosmologia indicam que 67% de toda a energia do universo é proveniente da energia escura.
matéria escura, por sua vez, acredita-se compor 85% de toda a matéria do universo. Essa hipótese deve-se à impossibilidade da formação das galáxias como as conhecemos, já que, para tanto, seria necessária uma gravidade muito maior. Alguns cosmólogos acreditam que tamanha massa desconhecida seja proveniente de partículas subatômicas ainda não descobertas.

Galáxia de Andrômeda
Somente a massa das galáxias não explica a sua formação.

Por: Rafael Helerbrock em Curiosidades de Física/Mundo Educação

Ouvir sua música preferida aumenta o desempenho

Pesquisa do Reino Unido afirma que a disposição aumenta com o seu som favorito.
Fazer exercícios, trabalho da faculdade ou tomar uma difícil decisão é
importante estar tranquilo mentalmente. Para manter esse relaxamento e o foco é
preciso ter estímulos, um deles é ouvir sua música preferida.
Segundo estudo publicado por pesquisadores da Universidade Keele,
no Reino Unido, foi comprado que, ouvir sua música favorita pode fazer você se
sentir mais disposto e diminuir a percepção de esforço durante exercícios
físicos ou outras atividades cotidianas. Pop, rock, samba ou forró,
qualquer tipo de música serve.
Segundo o método da Programação Neurolinguística (PNL), a ancoragem é
responsável por isso. Âncoras são gatilhos visuais, auditivos ou cinestésicos
os quais se tornam associados com respostas ou estados particulares. Estímulo
que está ligado a um estado fisiológico. Associação que permite evocar
experiência original. Qualquer coisa que dê acesso a um estado emocional.
Em geral as âncoras são externas. Um cheiro específico pode nos levar a
uma cena, um momento de vida. O tom de voz da pessoa querida pode trazer
emoções, ou o tom de voz do seu cantor preferido ou música preferida.
Âncoras se criam por repetição (Ex. parar diante de um sinal vermelho).
Âncora se cria instantaneamente se a emoção for forte e o momento certo. Fobias
são âncoras negativas.
Nós fazemos âncoras instantâneas todo o tempo, mas a PNL nos ensina a
usar o processo de forma mais consciente, o que nos permite fazer a auto
âncora.  
A âncora é um estímulo forte, porém não é estável (com o tempo
desaparece). Outra maneira recorrente em que a ancoragem pode ser usada é
fechar os olhos e buscar lembranças felizes. O corpo e a mente respondem ao
estímulo, com isso a produtividade aumenta.
O IPC (Instituto Profissional de Coaching) utiliza-se desta poderosa
técnica em seus treinamentos de PNL. A própria Presidente, Madalena Feliciano,
afirma utilizar em vários momentos esta técnica, principalmente nos dias em que
se sente cansada ou precisa de força e coragem extra para resolver alguma
questão e diz: “Sinto me empoderada toda vez que utilizo minha âncora”.
Madalena Feliciano é CEO do IPC (Instituto Profissional de Coaching) -
Master em PNL, Hipnóloga e Coach Profissional, recebeu prêmios nacionais e
internacionais como:  ANCEC - Referência Nacional e Qualidade Empresarial
em 2016, 2017 e 2018, Top Five em 2016 no seu segmento de coaching e
treinamento comportamental e recentemente foi condecorada com o Título de
Embaixadora pela Divine Academie em Paris. Ministra diversos treinamentos de
desenvolvimento humano, Coaching, PNL, Hipnose, Analista Comportamental DISC,
dentre vários outros.
Por Madalena Feliciano/CEO do IPC (Instituto Profissional de Coaching/Paranashop