As agressões foram denunciadas através de fotografias que mostram mulheres cercadas por uma multidão de homens e protegidas por agentes de segurança
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3 jan 2017, 13h46
Nova Délhi – O governo da Índia
condenou nesta terça-feira as supostas agressões sexuais contra
mulheres que aconteceram no Ano Novo em Bangalore, no sul do país, um
episódio que causou indignação no país asiático e pelo qual ainda não há
detidos.
O vice-ministro do Interior da Índia, Kiren Rijiju, lamentou
hoje no Twitter o “vergonhoso assédio” que aconteceu contra várias
mulheres durante a celebração de Ano Novo em uma popular e movimentada
avenida de Bangalore, um fato que, segundo ele, não ficará impune.
Uma fonte da polícia local detalhou para a Agência Efe que,
até o momento, não há detidos pelos incidentes que ocorreram no fim de
ano.
As supostas agressões sexuais foram denunciadas através de fotografias publicadas ontem
por veículos de imprensa locais que mostram distintas mulheres cercadas
por uma multidão de homens e protegidas por agentes das forças de
segurança e por seus próprios acompanhantes.
Após a divulgação das imagens, G. Parameshwara, ministro do
Interior do estado de Karnataka, cuja capital é Bangalore, declarou que
as mulheres foram agredidas por “se vestirem no estilo ocidental” e
assegurou que o assédio é comum “durante esses eventos”.
As declarações do dirigente geraram forte rejeição nas redes sociais e por parte de ativistas dos direitos das mulheres.
Rijiju, por sua vez, condenou os comentários
“irresponsáveis” do dirigente de Karnataka e pediu às forças de
segurança que detenham e “ponham atrás das grades” os responsáveis por
assédio.
A violência contra a mulher é um dos maiores problemas que a
Índia enfrenta, que endureceu as penas contra os agressores depois do
caso de estupro coletivo, seguido de tortura, que resultou na morte de
uma jovem em 2012, um fato que abriu o debate sobre a situação das
mulheres no país e que repercutiu em todo o mundo.
Segundo dados da Agência Nacional de Registro de Crimes do
país asiático (NCRB, sigla em inglês), em 2015 foram registrados 34.651
casos de estupro na Índia.
Exame.com
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