O jeans do futuro combinará o desenvolvimento sustentável com a alta tecnologia, ajudando os usuários a se orientarem pelas ruas, classificando seus e-mails e mantendo seu corpo na temperatura adequada.
Entre as inovações apresentadas no Salão Denim Premiere Vision, que reúne 80 expositores internacionais nesta quarta e quinta-feira em Paris, se destaca uma jaqueta jeans impermeável, equipada com tiras de painéis solares e um cabo no bolso para carregar o celular. Sua criadora, a estilista holandesa Pauline van Dongen, utilizou fios de jeans usados.
O fabricante brasileiro Vicunha Têxtil propõe um tecido termorregulador, que mantém o corpo em uma temperatura constante graças à uma microfibra utilizada normalmente em roupas esportivas. Já o americano Cone Denim emprega uma fibra robusta que é usada especialmente em equipamentos para motociclistas.
A start-up francesa Spinali Design aposta em uma calça jeans com sensores na cintura e uma conexão bluetooth com o smatphone que ajuda o usuário a se orientar durante seus deslocamentos.
"Você insere um destino no aplicativo e os sensores vibrarão à direita ou à esquerda" em função da rota, explica à AFP Romain Spinali, responsável de inovação da empresa.
A peça, fabricada na França, é vendida por 150 euros. Seus designers trabalham, ainda, em uma função destinada a classificar os e-mails: o jeans "vai vibrar de formas diferentes, dependendo de se você receber uma mensagem de sua família, amigos ou trabalho, para que você não tenha que verificar sistematicamente seus e-mails nos fins de semana ou nas férias", explica Spinali.
- Lavagem sem água -
O gigante americano da internet Google trabalha com a marca Levi Strauss para fabricar roupas que permitam comprar produtos à distância graças a um tecido especial interativo.
Mas o jeans do futuro, para muitos expositores do Salão, é também uma peça de roupa que respeita o meio ambiente.
Hoje o consumidor é mais exigente neste sentido, "principalmente com o jeans, porque é um produto um pouco controverso, que nem sempre tem boa reputação, e os fabricantes se veem obrigados a empreender iniciativas mais ecológicas", explica Marion Foret, responsável de produtos de moda do Salão.
Assim, as marcas "usam algodão orgânico, ou que se sabe de onde vem, fazem lavagens que não utilizam água e empregam tinturas que não despejam produtos poluentes no meio ambiente", assegura.
Alguns propõem, além disso, informar melhor o consumidor, como o fabricante paquistanês Artistic Fabric Mills, que desenvolveu um aplicativo para que o usuário possa conhecer a história de um jeans.
Por AFP /Agence France-Presse/em.com.br internacional
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