A cientista brasileira Celina
Turchi, da Fiocruz Pernambuco, é uma das 100 personalidades mais influentes do
mundo de 2017, segundo a tradicional
lista publicada anualmente pela revista americana "Time".
A médica especialista em doenças infecciosas teve papel importante na
descoberta recente da relação entre a microcefalia e o vírus da zika.
Não é a primeira vez que Celina tem
seu trabalho reconhecido internacionalmente com uma honraria do tipo: em
dezembro, ela apareceu na lista
dos 10 cientistas mais importantes de 2016 da revista "Nature".
Na lista da revista "Time", a pesquisadora aparece na categoria
"Pioneiros".
Para realizar os estudos que
colaboraram com a descoberta da relação entre o virus da zika e a microcefalia,
a cientista organizou uma força-tarefa de cientistas do mundo todo, entre
epidemiologistas, especialistas em doenças infecciosas, pediatras,
neurologistas e biólogos especializados em reprodução.
O perfil de Celina na revista
"Time" foi escrito pelo cientista Tom Frieden, que foi o diretor dos
Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) até o
início de 2017.
"Uma especialista em doenças
infecciosas de Recife, no Brasil - que era o epicentro da primeira grande
epidemia de microcefalia associada à zika - Turchi trabalhou sem parar,
perdendo refeições e tempo de sono para descobrir o que estava
acontecendo", diz o texto de Frieden. "Os estudos de Turchi foram
parte de uma investigação de emergência que, em última instância, provaram que
o vírus da zika de fato causa microcefalia - algo de que muitos céticos
duvidavam."
"Turchi é apaixonada, focada e
um modelo do tipo de liderança e colaboração global necessárias para proteger a
saúde humana", concluiu Frieden sobre a brasileira.
Por G1
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