Todos os anos, cerca de 8 milhões de toneladas de plástico são lançadas nos oceanos. A situação fica ainda mais dramática pelo fato de que todo esse plástico flutuante faz com que os peixes e a vida marinha confundam isso com comida, prejudicando a sua saúde. E ainda que alguns animais marinhos não comam o lixo, uma variedade de produtos químicos tóxicos são liberados à medida que o plástico se decompõe lentamente ao longo de muitos anos, causando uma destruição generalizada. Por isso, algumas pessoas se dedicaram a desenvolver dispositivos capazes de ajudar a coletar parte desse plástico, sendo um “tubarão robótico” a invenção mais nova nesse sentido.
O WasteShark foi desenvolvido pela empresa holandesa RanMarine que decidiu criá-lo como parte de um programa de conscientização para a importância da limpeza dos oceanos. Modelado a partir de um tubarão-baleia, o WasteShark tem uma grande “boca aberta” que é usada para coletar o plástico flutuante que depois é levado de volta para a costa, onde ele pode ser descartado com segurança, seja por reciclagem ou por aterro. O WasteShark é totalmente movido a bateria e não emite nenhum tipo de poluição. Ele pode trabalhar por 8 horas seguidas e coletar até 60 kg de lixo por viagem. Operá-lo por um ano inteiro removeria cerca de 15,6 toneladas de lixo, uma parcela pequena se comparada a todo o plástico do oceano que precisamos limpar, mas mesmo assim já seria um bom começo.
O tubarão robótico pode ser configurado em um modo autônomo, onde ele basicamente segue um caminho predefinido por GPS e coleta todo o plástico descoberto ao longo do caminho. No entanto, ele também pode ser controlado remotamente por um operador através de um controle de Xbox. O robô também pode captar amostras da qualidade da água ao longo do caminho para serem usadas em estudos posteriores.
O WasteShark foi lançado recentemente na costa de Devon, no Reino Unido, de acordo com o site The Independent, e atualmente existem 5 deles operando em todo o mundo. Obviamente, precisamos de muito mais do que apenas 5 desses tubarões robóticos se quisermos limpar os oceanos, mas certamente isso já é um avanço.
Por Rômulo Silva/Tricurioso
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