segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Inteligência artificial na educação: potencialidades e desafios

Recursos tecnológicos podem facilitar o processo de ensino-aprendizagem, mas requerem investimentos e formação

Quando o assunto é inteligência artificial (IA) na educação, o que vem à mente? Esqueça o robô no papel do professor, um cenário futurista com os alunos simplesmente mergulhados em computadores e dispositivos móveis.
Inteligência artificial é, na verdade, um conjunto de ferramentas e tecnologias que permitem que determinados mecanismos simulem a capacidade humana de pensamento, raciocínio e resolução de problemas. E, quando aplicada à educação, pode significar grandes potenciais e desafios.
Lúcia Gomes Vieira Dellagnelo, diretora-presidente do Cieb
Para debater a questão, o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) publicou o estudo Inteligência Artificial na Educação. O trabalho, em formato de nota técnica, traz conceitos de inteligência artificial e de IA na educação, discute aplicações dessas tecnologias no ambiente educacional, analisa seus impactos e mostra caminhos para sua aplicação nas escolas.
A diretora-presidente do Cieb, Lúcia Gomes Vieira Dellagnelo, esclarece que IA não é uma ferramenta em si, mas um conjunto de recursos que podem ser úteis no processo de ensino-aprendizagem. Em outras palavras, a inteligência artificial fornece uma assessoria inteligente e plataformas de apoio para o surgimento de novas ferramentas.
“Não existe aplicação direta de IA pelo professor na sala de aula, mas a inteligência artificial permite a criação de ferramentas e principalmente, a adaptação de conteúdos, em diferentes plataformas educativas, que oferece formas diversificadas de aprendizagem para os alunos e podem ajudar a vida do professor”, diz.
Conheça alguns benefícios que a IA na educação pode proporcionar:
Para o estudante: Pode tornar a aprendizagem mais fácil, rápida e prazerosa. Além disso, é possível criar ambientes mais inclusivos, considerando-se a possibilidade de adaptação do conteúdo para atender estudantes com dificuldades motora, visual ou auditiva.
Para o professor: Oferecer recursos de automatização dos processos de avaliação para saber e acompanhar as dificuldades de cada aluno e apoiá-lo de forma individualizada e personalizada.
Para o gestor: Automatizar a distribuição de carga didática aos professores e o rastreio de cronogramas, metas e pontos críticos no ecossistema educacional. Com técnicas de IA, também é possível identificar pessoas e escolas ideais para delegar atividades e coordenar processos; otimizar os recursos e minimizar custos.

Desafios na implantação

MairumCeoldo Andrade, gerente de tecnologias educacionais do Cieb

Ao mesmo tempo em que apresenta muitos potenciais, a inserção da inteligência artificial na educação brasileira também enfrenta desafios como a adaptação de currículos, ajuste de práticas pedagógicas, competência do professor (saber usar as ferramentas e analisar os dados extraídos) e infraestrutura.
A diretora-presidente do Cieb ainda ressalta que além das políticas públicas essências para resolver tais questões, a discussão sobre a inteligência artificial deve incluir o uso de evidências e análise de dados na educação.
“A IA só vai gerar benefícios se formos capazes de criar grandes bancos de dados sobre todos os estudantes brasileiros para que realmente a gente gere inteligência a partir desses dados. É preciso criar essa cultura, senão dificilmente vamos aproveitar esse potencial”, comenta.
Mairum Ceoldo Andrade, gerente de tecnologias educacionais do Cieb, acrescenta que os professores devem ver a tecnologia como uma aliada no processo educacional. Para ele, as ferramentas da inteligência artificial podem ser empregadas como apoio, não como um substituto ou empecilho.
“A inteligência artificial pode trazer benefícios e facilidades de diferentes formas, cabe ao professor descobrir e desenvolver as melhores maneiras de inserir essa cultura no dia a dia”, conclui.

Por www.fundacaotelefonica.org.br

Capes seleciona professores de inglês para curso nos Estados Unidos

Inscrições para o programa podem ser feitas até 14 de fevereiro

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai selecionar até 486 professores de língua inglesa para curso intensivo de seis semanas em universidades dos Estados Unidos, por meio do Programa Desenvolvimento Profissional de Professores de Língua Inglesa nos EUA (PDPI).
O programa é realizado em parceria com a Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil (Comissão Fulbright) e vai atender professores de educação básica concursados que atuem na rede pública de ensino estadual, municipal ou distrital.
As inscrições são gratuitas podem ser feitas até o dia 14 de fevereiro de 2020, por meio do formulário disponível no site da Comissão Fulbright. A seleção é feita por meio de etapa documental e do resultado no teste de proficiência. São oferecidas três modalidades de curso: desenvolvimento de metodologias, aprimoramento em inglês – intermediário 2 e intermediário 1.
O resultado final está previsto para ser divulgado no dia 20 de abril. As atividades do programa serão realizadas de 29 de junho a 7 de agosto do ano que vem.
Além do fortalecimento das habilidades linguísticas de compreensão, fala, leitura e escrita em inglês, o curso promove a imersão no cotidiano da língua inglesa e o compartilhamento de metodologias de ensino, aprendizagem e avaliação.
O programa cobre, entre outras despesas, passagem aérea, ajuda de custo durante a capacitação, reembolso da taxa de solicitação do visto norte-americano, alojamento em instalações do campus universitário onde o curso será realizado, taxas escolares e alimentação.
Por Agência Brasil/Edição Nádia Franco

sábado, 28 de dezembro de 2019

Viagens e autismo: como lidar com mudanças na rotina?


Todo mundo precisa de uma pausa na correria do dia a dia e no final do ano é bastante comum que as famílias planejem viagens para relaxar. Mas para quem convive com pessoas com autismo essa situação pode ser mais complicada. As férias envolvem muitas mudanças na rotina que podem acarretar alguns desafios para quem tem o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Principalmente porque as pessoas com autismo tendem a ter problemas com mudanças de rotina. Além disso, é bastante comum que eles sintam dificuldades para lidar com o tempo, especialmente crianças. A espera costuma ser difícil para eles, pois não conseguem ser pacientes e tendem a ficar ansiosos.
E pessoas com autismo costumam ter problemas para interagir com outras pessoas. Por isso, encontrar outras crianças que não fazem parte da rotina familiar pode ser assustador para quem possui TEA.  E é importante lembrar que o autista geralmente possui dificuldades sensoriais. Aeroportos, rodoviárias e hotéis podem ser muito barulhentos e as multidões causam desconfortos.
Mas, não é impossível que uma pessoa com TEA consiga fazer viagens e aproveitar as férias. Viajar ajuda a ampliar os horizontes e aumentar as experiências. Por isso, planejamento é a palavra-chave para quem está disposto a enfrentar esse desafio.
Listamos, a seguir, algumas dicas que podem facilitar esse processo.
–  Escolha o lugar certo: é fundamental escolher um lugar acolhedor, sem ruídos. Converse com a administração e explique que você precisa de um lugar tranquilo e se achar que não será atendido, procure outro lugar. Pergunte sobre as instalações e como elas atendem às necessidades especiais.
– Evite estimular a ansiedade: cuidado ao iniciar a contagem regressiva cedo demais. As crianças com autismo são propensas à ansiedade e antecipar o evento pode ser estressante.
– Explique a situação: conte para a pessoa com TEA o que está acontecendo. Os pais podem mostrar aos seus filhos fotos ou filmes do local ou pesquisar na internet juntos. Ensine seu filho o que esperar antes de partir para o destino escolhido.
– Prepare-se: escolha um horário com antecedência, levando em consideração qualquer comportamento repetitivo ou rotinas que a pessoa tenha estabelecido. Esteja preparado para atrasos ou mudanças no trajeto da viagem e o desconforto que isso pode causar para quem tem TEA.
– Estabeleça com uma rotina: embora as viagens precisem de alguma flexibilidade na programação, considere se há alguma necessidade na rotina diária do seu filho que pode ser mantida durante a viagem.  Por isso, pense na rotina diária e nos itens que ele gosta ou que precisa e não se esqueça de fazer o possível para que ele se sinta confortável.
– Durante a viagem: traga jogos, brinquedos e objetos de conforto para prender a sua atenção. Leve tudo o que puder para fazer a sua viagem mais confortável, como fones de ouvido para ouvir música, livros ou brinquedos e travesseiros.
– Na hora do embarque: se for viajar de avião ou ônibus, esperar nas filas pode ser muito difícil para as crianças com TEA. Para evitar isso, solicite o embarque prioritário. Isso elimina a espera na fila e também garante que você esteja acomodado no avião antes que uma multidão de pessoas comece a entrar nos corredores estreitos. Você também pode optar por um voo que sai à noite para que seu filho adormeça mais rápido e tenha mais conforto.
– Se for a primeira vez de avião: use fotos para mostrar a pessoa com TEA como é um avião, a tripulação e o aeroporto. Familiarize-o com o que ele pode encontrar de diferente como pessoas e equipamentos que ele poderá encontrar no dia. Um exemplo é mostrar uma foto de um comissário de bordo e informar de que aquela pessoa uniformizada como a da foto estará ajudando a família em todas as suas necessidades.
– Segurança em primeiro lugar: se for para um local desconhecido, pense em colocar na pessoa com autismo alguma forma de identificação como pulseira. É preciso checar a questão da sensibilidade sensorial e ver se o autista permite esse tipo de objeto.
Aproveite o momento! As férias são momentos divertidos com a família e amigos. Tente não se estressar com o que você não pode controlar. Não se esqueça de aproveitar e tirar muitas fotos dessas situações. Aproveite as suas férias como um tempo para desfrutar com a família e os amigos.
Por Dra. Fabiele Russo/NeuroConecta

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Quer mudar de vida em 2020? Trabalhe em castelos medievais na Escócia

Órgão que zela pelo patrimônio do país busca pessoas para guiar turistas e cuidar de ruínas espetaculares da Idade Média — uma delas às margens do Lago Ness

(Ralph Ehoff / 500px/Getty Images)
Fim de ano chegando e é quase inevitável bater aquele anseio por uma grande mudança ou recomeço na vida. E se você curte tudo o que remeta aos tempos medievais, uma boa notícia: seu novo emprego em um castelo na Escócia pode estar a poucos cliques de distância.
Calma, a gente explica. O Historic Environment Scotland, órgão público que conduz pesquisas, preserva e promove o patrimônio histórico do país, está recrutando novos funcionários para trabalhar em diversas ruínas. O trabalho em si não é muito complexo. Consiste, em sua maioria, em acolher os milhares de turistas que visitam as atrações, além de desempenhar cuidados básicos para conservar as antigas estruturas e seus terrenos.
Por exemplo: alguns dos castelos, localizados em ilhas, estão precisando de operadores de barcos para levar e trazer os visitantes. Já outros necessitam de serviços de jardinagem, ou ainda de pessoas para monitorar os estacionamentos. No geral, os cargos são sazonais e não exigem tanto dos candidatos. De acordo com o Historic Environment, basta apenas ter atitude entusiasmada e amigável, entregar um serviço ao consumidor de qualidade e ter a vocação de ser um “embaixador” da Escócia.
Ao todo, são nove vagas. Estrangeiros são bem-vindos no processo de seleção, que dura até 16 de janeiro, e o salário varia entre 18 mil e 19 mil libras ao ano – mais de R$ 90 mil reais anuais.
      Por A.J. Oliveira/Superinteressante

Tocar e ser tocado: muito mais do que uma necessidade biológica

Tocar e ser tocado é mais do que uma necessidade biológica. Através do tato também podemos perceber emoções no outro e fornecer e receber apoio, consolo, afeto...
Deixar que tudo isso nos falte gera não só uma fome de contato humano, mas faz também com que o estresse aumente e até mesmo com que o mal-estar físico apareça mais frequentemente ou com mais força.
A pele é o nosso órgão sensorial mais extenso. O tato, por sua vez, é o primeiro sentido que adquirimos junto ao olfato.
Sabemos, além disso, que práticas como o contato pele com pele com os bebês (especialmente os que nascem prematurosfavorecem o desenvolvimento somatossensorial dos seus cérebros, otimizando também o seu desenvolvimento cognitivo, perceptivo, social e físico.
Os seres humanos, assim como acontece com os outros animais, precisam desse contato, e não só nas primeiras fases da vida.
Algo que já foi observado é que em muitos asilos nos quais os idosos recebem abraços, carinho e esse contato físico que está relacionado a gestos de afeto, eles apresentam uma melhora nos seus processos de atenção e de comunicação. Além disso, se sentem menos cansados e suas dores articulares também sofrem uma diminuição.
Nosso cérebro precisa desse tipo de contato (oferecido sempre por pessoas que são significativas para nós) para encontrar esse equilíbrio emocional que favorece um estado de calma psicológica.
Agora, a ciência está descobrindo ainda mais processos associados ao tato que desconhecíamos até pouco tempo atrás. Vejamos mais dados a seguir.
“Nós esquecemos o quão importante é que nos toquem, mas precisamos disso para sobreviver”.
-Camilla Läcberg-
O sentimento de segurança do bebê

Tocar e ser tocado: muito mais do que uma necessidade biológica

As pessoas precisam tocar e ser tocadas para comunicar sentimentos, para ajudar, para receber e dar consolo… Já sabemos disso há muito tempo, e a ciência também já nos mostrou esses fatos empiricamente ao longo dos últimos anos. Agora, há um aspecto ainda mais interessante.
  • Matthew Hertenstein, psicólogo da Universidade DePauw, em Indiana (Estados Unidos), pôde ver através de um estudo que somos capazes de perceber emoções através do tato.
  • O experimento foi feito em 2009. Um grupo de 248 pessoas com os dois olhos vendados recebia toques e carícias de estranhos durante 5 segundos.
  • Por mais incrível que pareça, 75% desses homens e mulheres foram capazes de identificar a preocupação, o medo, a tristeza, a raiva, a simpatia e inclusive a felicidade daquele que estava tocando.
Esse trabalho chamou tanta atenção que, mais tarde, o experimento foi realizado novamente na Universidade de Miami. A doutora Tiffany Field, diretora do Instituto de Pesquisa Tátil da Universidade de Miami, chegou às seguintes conclusões.

Temos a capacidade de enviar, receber e interpretar sinais emocionais através do tato

Um fisioterapeuta usa suas mãos não só como ferramenta de trabalho; através delas, ele também pode sentir preocupações, tensões, emoções adversas que intensificam contraturas.
Por sua vez, essas mãos especialistas não só melhoram a mobilidade e aliviam as dores. Também têm uma maravilhosa capacidade de nos transmitir bem-estar.
Casal se abraçando
Os autores desse estudo enfatizam a necessidade de aprofundá-lo, repetindo-o com uma amostra maior da população. De fato, isso já está sendo feito em países como Espanha e  Reino Unido. No entanto, com esse primeiro passo já podemos estabelecer algumas hipóteses:
  • A necessidade de tocar e ser tocado vai além do fato de oferecer afeto. Evolutivamente, também adquirimos a capacidade de ler o estado emocional dos outros através do tato. Algo assim nos permite, principalmente, oferecer alívio através de um abraço ou de um carinho para aquele que sofre.

O córtex somatossensorial primário e sua participação no processamento do tato

Até não muito tempo atrás os neurologistas pensavam que o córtex somatossensorial nos permitia apenas decodificar características tão básicas quanto saber se uma superfície é lisa ou rugosa, se sua temperatura é levada ou fria…
Agora, à medida que avançamos no conhecimento do sentido do tato, descobrimos que ele também está vinculado às emoções.
“O tato é uma forma muito mais sofisticada e precisa de comunicar emoções, mais versátil que a voz ou a expressão facial”.
-Matthew Hertenstein-
Essa área do nosso cérebro também está vinculada a componentes sociais e emocionais. Por exemplo, nos ajuda a perceber a tensão ou preocupação em nossos filhos e buscar sua proximidade para abraçá-los. Através desse contato, oferecemos consolo, segurança e afeto.
Michael Spezio, psicólogo da Scripps College e autor deste estudo, nos mostra que tocar não é só uma experiência física, é uma experiência emocional e um tipo de linguagemÉ um mecanismo por meio do qual podemos entender o outro e responder sem a necessidade de palavras.
Tocar e ser tocado

A linguagem do tato, um poder ao nosso alcance

Frequentemente ouvimos dizer que nunca mais uma pessoa tem tantas experiências sensoriais através do tato como quando era criança. Isso porque fatores culturais e o modo como somos educados facilitam ou freiam – mas geralmente freiam – a nossa capacidade de manter esse tipo de comunicação através de carinhos e abraços em idades adultas.
Sabe-se, inclusive, que os jogadores de equipes esportivas fazem uso do tato (um toque, um abraço, uma palmada nas costas de parabéns) para se apoiar em um dado momento de comemoração ou incentivo diante de uma dificuldade entre companheiros.
São instantes em que é preciso usar algo mais intenso do que uma palavra. E funciona. Recuperar e potencializar esse tipo de linguagem é, portanto, algo essencial.
Porque tocar e ser tocado vai muito além de uma necessidade biológica. É um fundamento social que nos permite melhorar o nosso universo emocional.
Por amenteemaravilhosa.com.br

domingo, 22 de dezembro de 2019

Uma mensagem de Natal endereçada ao infinito.



     Todos os anos enquanto corremos loucamente para comprar presentes, organizar ceia e, possivelmente, fazer uma caridade natalina, sempre comentamos entre uma confraternização e outra, como o ano passou rápido! Pois é, passou mesmo, e tem mais um detalhe que vale lembrar: não foi ano que passou rápido, é a vida. Por essa razão, quando chegam os festejos natalinos, sempre rememoramos o ano passado tentando avaliar se estamos em melhor ou pior situação, e nesse momento, para além dos excessos, se sobressaem as lacunas.
Neste Natal, minha mensagem é endereçada à lacuna deixada pelo meu irmão Regis. Este ano não vou ligar para ele ou mandar mensagem no WhatsApp. Este ano meu Feliz Natal para Regis ultrapassará as barreiras materiais para lhe encontrar no infinito e permitir que o meu amor lhe alcance nessa noite de luz.
O Menino Jesus renasce todos os anos em nossos corações para nos ensinar continuamente que precisamos viver o Natal todos os dias, precisamos nos abraçar todos os dias, precisamos nos perdoar todos os dias. Que possamos renascer todos os anos, cada vez mais fortes, mais caridosos, mais humildes, mais equilibrados, e, consequentemente, mais felizes.
Feliz Natal!
Aparecida Cunha    

        

     

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Resultado do Enem 2019 será divulgado no dia 17 de janeiro

Os candidatos poderão conferir as notas na Página do Participante

Candidatos fazem provas do Enem neste domingo na União Pioneira de Integração Social  na Asa Sul
O Ministério da Educação (MEC) vai divulgar no dia 17 de janeiro de 2020 os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. Os candidatos poderão conferir as notas individuais na Página do Participante — no portal ou no aplicativo do Enem — após fazer login com CPF e senha.
O Enem 2019 foi aplicado nos dias 3 e 10 de novembro. Ao todo, 3,9 milhões de estudantes compareceram a pelo menos um dia de prova. Quem fez o Enem como treineiro (não irá concluir o ensino médio em 2019) poderá ter acesso ao boletim individual em março de 2020.
Os gabaritos oficiais do exame foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC, no dia 13 de novembro.

Enem digital

Para 2020, o MEC destaca como novidade o Enem Digital. Neste primeiro ano, a aplicação ocorrerá em modelo-piloto. A implantação será progressiva. A previsão é que o exame seja 100% digital a partir de 2026. Segundo o ministério, as primeiras aplicações serão opcionais. Ao fazer a inscrição, o candidato poderá optar pela aplicação-piloto ou pela tradicional prova em papel. O modelo digital será aplicado para 50 mil participantes em 15 capitais brasileiras.
Por Agência Brasil/ Edição: Juliana Andrade

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Feliz Mente: autoconhecimento e plenitude como escolha de vida




Hoje acordei com um e-mail me informando que meu ebook já está disponível na Amazon. Agora estou super animada, tratando do lançamento do livro físico.

A constante busca pela felicidade tem nos levado a infinitos questionamentos e por diferentes meios, seguimos desesperados por uma fórmula que atenda aos nossos anseios. O livro trata de modo leve e inspirador das nossas inquietações, alertando que todas as respostas estão nas nossas escolhas e a tão decantada felicidade só será encontrada por meio de uma instigante viagem interior.

Vamos juntos refletir sobre nossas escolhas e descobrir que é possível ser feliz, para além das nossas dores e inquietações.

https://www.amazon.com.br/dp/B082VV13VW/ref=cm_sw_r_wa_apa_i_IrH-DbQYKYH8C

Aparecida Cunha


segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Como surgiu o amigo secreto?

Como surgiu o amigo secreto?
Amigo secreto é com certeza uma das brincadeiras que você mais participou na vida. Seja na escola, no clube de xadrez, na academia, no trabalho, na família, enfim, sempre há troca de presentes de amigo secreto. Todo grupo de pessoas do qual participamos tem amigo secreto. Porém, você sabe como esse ritual de final de ano começou? É o que vamos descobrir!

Origem do Amigo Secreto

Infelizmente, não se sabe exatamente qual é a origem do amigo secreto. Porém, alguns pesquisadores afirmam que tudo pode ter começado na Grécia antiga, neste período as pessoas tinham o costume de presentear nomes influentes escolhidos de forma aleatória em datas festivas. Já outros teorizam que tudo começou na verdade no século XVIII quando os povos nórdicos trocavam presentes para celebrar seu pacto com os deuses. Aqui ao trocar os presentes, cada pessoa dizia ‘Que você jamais se esqueça dos Deuses sobre nós’.
Por último ainda existe uma teoria recente que afirma que a origem ocorreu nos Estados Unidos quando operários criaram o esquema para trocar presentes e confraternizar durante o final de ano. O objetivo era fazer com que eles se conhecessem melhor já que nem todos eram amigos uns dos outros, assim o sistema de sorteio foi sugerido. Além disso, devido a grande crise de 1929 que afetou todo o país, não era possível ter dinheiro suficiente para presentar todas as pessoas queridas que cada operário tinha. Lá a brincadeira foi chamada de Secret Santa. O incrível nesta história nem é tanto sua origem, na verdade o surpreendente é o fato que inúmeros países ao redor do mundo realizam a famosa brincadeira.

Como funciona?

Caso você nunca tenha brincado ou não saiba do que estou falando, o Amigo Secreto, Amigo Oculto ou ainda Amigo X é uma brincadeira onde um grupo se reúne e escreve cada um seu próprio nome em uma folha de papel. Depois, todos esses papeis são unidos em uma urna, pote ou o que tiver disponível e cada pessoa tira um nome – só não vale tirar o seu próprio. Então, é marcada uma data onde você deve levar um presente pensando na pessoa em que você tirou.
Existe também uma variação onde você deve comprar um presente neutro que todos os do grupo possam gostar, então você leva esse presente no dia combinado e o sorteio dos nomes acontece ali, assim você compra o presente sem pensar em para quem dará exatamente. Vale lembrar que uma parte importante do Amigo Secreto é definir o valor que deverá ser gasto, isso porque você pode dar um presente de R$60 e ganhar um de R$10, o que torna a brincadeira injusta. Ao definir um valor, todos ficam felizes e satisfeitos já que receberão um presente equivalente ao que dará.

Amigo Secreto Solidário

Essa também é uma brincadeira muito legal e que possui todo o espirito das festas de final de ano. Neste formato você deve comprar um presente simbólico para seu amigo secreto e também um presente para fazer doação. Esta parte depende da entidade escolhida, se o grupo selecionar um orfanato, por exemplo, brinquedos e roupas são opções legais. Se for um asilo municipal, produtos de higiene e alimentos são uma ótima opção. Outra opção legal é escolher um abrigo de animais e comprar ração e medicamentos. Escolha sempre um local bacana para ajudar, assim tornado o momento da troca de presentes muito mais simbólico.
Por Amanda Canabarro/Tricurioso

domingo, 15 de dezembro de 2019

Plantas emitem sons quando estão estressadas

Tomateiro e planta de tabaco produzem ruídos de alta frequência quando são cortadas ou estão precisando de água

 (Supawat Kampanna / EyeEm/Getty Images)
Cuidar de plantas pode ser difícil. Muita gente acaba deixando várias delas morrerem por não saber exatamente o que precisam. Afinal de contas, as plantas não latem ou choram quando estão com sede. Mas têm seu jeito de avisar – nós é que não percebemos. Um estudo feito pela Universidade de Tel Aviv, em Israel, registrou sons emitidos por pés de tomate e tabaco quando eles eram submetidos à seca ou tinham um caule cortado. A frequência do som varia entre 20 e 100 KHz, o que pode ser percebido por alguns insetos. A audição humana, no entanto, não consegue detectar frequências acima de 20 KHz.
A equipe de pesquisadores posicionou microfones a dez centímetros de distância das plantas, que foram colocadas dentro de uma câmara acústica. Quando estavam desidratadas, as plantas de tomate emitiram cerca de 35 pequenos ruídos por hora, enquanto as de tabaco emitiram 11. Quando um dos caules era cortado, os pés de tomate “reclamavam” com 25 sons por hora, e os de tabaco com 15. As plantas que não foram submetidas a nenhum tipo de estresse emitiam menos de um som por hora.
A pesquisa também detectou diferenças entre os tipos de sons. As plantas de tabaco, por exemplo, emitem sons mais intensos quando estão com sede do que quando são cortadas. Os cientistas criaram um modelo de inteligência artificial que consegue identificar a razão do som emitido pela planta e distingui-lo de barulhos vindo de outras fontes, como vento ou chuva.
Por Maria Clara Rossini/Superinteressante

Importância da estrutura familiar no desenvolvimento do autista

Importância da estrutura familiar no desenvolvimento do autista
Descobrir que um filho tem autismo pode ser muito impactante para os pais e familiares em um primeiro momento. Mas, a estrutura familiar é fundamental para o desenvolvimento da pessoa com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O primeiro passo é buscar ajuda especializada e a intervenção precoce para que a criança ganhe qualidade de vida e adquira novas habilidades.
Como pai ou mãe de uma criança com TEA, cabe a vocês buscarem ajuda assim que suspeitarem que algo não está caminhando da forma adequada. A intervenção precoce é a maneira mais eficaz de acelerar o desenvolvimento do autista e reduzir os desafios ao longo da vida para assim ganhar mais autonomia.
Quanto mais conhecimento a família tiver sobre o TEA, melhor estará pronta para tomar decisões importantes. Os pais devem se informar sobre as opções de tratamento, fazer perguntas e participar de todas as decisões que envolvem o mundo do autista, desde a educação a intervenções terapêuticas.
Conhecer bem o próprio filho é fundamental. A família precisa descobrir o que desencadeia os comportamentos do autista. Lembrando que cada pessoa com TEA é única e não há formulas mágicas para lidar com os autistas. Entender o que afeta a pessoa com autismo contribui para solucionar problemas e prevenir crises e situações que causam dificuldades.
Veja abaixo algumas atitudes que podem contribuir para o desenvolvimento do autista.

Aceitação do autismo pela família

Em vez de focar em como seu filho autista é diferente de outras crianças, é necessário que os pais pratiquem a aceitação da condição do autismo. Aprecie as peculiaridades especiais do seu filho, celebre pequenos sucessos e pare de compará-lo com os outros.

Seguir as orientações médicas e reforçar comportamentos

As crianças com TEA têm dificuldade em aplicar o que aprenderam em um ambiente como na escola ou na terapia ABA. Criar consistência e reforçar comportamentos em casa é a melhor maneira de reforçar o aprendizado do autista. Os pais e familiares precisam acompanhar as terapias e intervenções terapêuticas para continuar praticando as técnicas em casa.

Siga a rotina

As crianças com TEA tendem a se sair melhor quando têm um horário ou rotina estruturada. É importante que os pais se esforcem para estabelecer horários para as atividades do dia a dia como refeições, terapia, escola e hora de dormir. Tente reduzir ao mínimo as interrupções nessa rotina. 

Recompense o bom comportamento

O reforço positivo é importante para o desenvolvimento do autista. Elogie a criança quando ela agir adequadamente ou aprender uma nova habilidade. Procure também outras maneiras de recompensá-la por um bom comportamento, como dar um adesivo ou deixar que ela brinque.

Encontre um tempo para que ela brinque

Uma criança com TEA continua sendo uma criança e precisa brincar como quaisquer outras. É importante que a criança se divirta, saia para passear e realize outras atividades lúdicas. Brincar é uma parte essencial do aprendizado para todas as crianças e isso não é diferente para os autistas.

Invista em um tratamento multidisciplinar

Os autistas precisam ser acompanhados por diferentes especialistas que vão ajudar no seu desenvolvimento. Os pais e familiares precisam acompanhá-los nas consultas e ter tempo para continuar as técnicas em casa. As crianças com autismo podem precisar de terapia comportamental, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, acompanhamento nutricional entre outras abordagens.

Paciência e amor da família são fundamentais

Cuidar de uma criança com TEA pode exigir muita energia e tempo. É muito importante que os pais busquem ajuda ao se sentirem sobrecarregados, estressados ou desanimados.
 Ser pai nem sempre é fácil e criar um filho com necessidades especiais como autismo é ainda mais desafiador. Os filhos com autismo precisam receber muito amor e serem cuidados com muita paciência e determinação para conseguir se desenvolver adequadamente.
Por Dra. Fabiele Russo/NeuroConecta

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

É possível esquecer a língua materna?

É possível esquecer a língua materna?
o campo da linguística, a chamada “língua materna” costuma ser apontada como aquela que uma criança aprende e vive exposta desde o nascimento até os seus primeiros anos de formação. Por causa disso, ela se torna a língua com a qual muitos de nós se sente mais confortável em usar.
No entanto, ao longo da vida, muitas pessoas decidem estudar uma língua estrangeira, seja por questões de migração, turismo ou simplesmente para incrementar o currículo. Muitas pessoas até resolvem fazer intercâmbio por longos períodos para mergulhar a fundo em um novo idioma. Consequentemente, isso levanta uma questão interessante: será que uma pessoa pode esquecer a sua língua materna após vários anos de contato com um idioma diferente?
Ao longo desse artigo, nós vamos tentar entender como os humanos aprendem um idioma e o que pode levar uma pessoa a esquecer a sua língua materna.

Como alguém pode esquecer a sua língua nativa?

A linguagem é algo muito flexível, de modo que ela pode mudar de acordo com o ambiente do indivíduo. Quando você migra para um país com um idioma diferente, fica muito mais fácil desenvolver a capacidade de conversar nesse idioma, afinal de contas, aprender a língua local se torna uma verdadeira questão de sobrevivência.
A questão é que, no caso das pessoas adultas, as chances de esquecer a língua nativa são muito menores se comparadas com as de uma criança. De fato, os casos em que uma criança pode esquecer a sua língua nativa são comumente vistos entre crianças adotadas e aquelas que migram para um país diferente em uma idade muito jovem. Na prática, isso acontece porque esses indivíduos têm pouco ou nenhum acesso à sua língua nativa no novo ambiente.
Com isso em mente, podemos concluir que há uma grande diferença observada nas crianças e em seus pais quando falamos sobre o “desgaste da linguagem”. As crianças são muito mais propensas a esse desgaste do que os pais, pois estes tiveram um contato muito maior com a língua ao longo dos anos. Para se ter uma ideia, nos últimos 50 anos, as taxas de adoções aumentaram consideravelmente e a maioria das adoções internacionais é de crianças na faixa etária de 4-5 anos. Consequentemente, tais crianças adotadas geralmente sofrem de desgaste da linguagem.
Em muitos casos de adoção, as famílias adotivas falam um idioma diferente do idioma nativo da criança. Sendo assim, é seguro dizer que qualquer desenvolvimento de linguagem que tenha ocorrido antes de ser adotada se perderá quando a criança estiver no novo ambiente, pois ela viverá sem exposição à sua língua nativa.

Tá, mas é possível esquecer completamente a língua materna?

Ainda existe muito debate entre os pesquisadores sobre essa questão. O desgaste da linguagem não é apenas uma consequência da mudança no ambiente, mas também ocorre devido a certos efeitos psicológicos. Assim, é bem possível que uma criança ainda se lembre de partes da sua língua materna, mesmo que não a exponha há muito tempo. No entanto, em outros casos, pode não haver lembrança alguma.
Um renomado estudo liderado pelo psicólogo francês Christophe Pallier tentou descobrir se o período crítico da vida de uma criança desempenha um papel importante no desgaste da linguagem. Vários pesquisadores de Paris examinaram adultos que nasceram na Coréia e foram adotados em famílias francesas desde muito jovens. Esses adultos alegavam ter esquecido completamente a língua nativa e falavam um francês impecável, sem sotaque estrangeiro. Depois, os adultos foram expostos a três tarefas para determinar se poderiam recordar sua língua materna.
Os resultados obtidos foram bastante surpreendentes, pois nenhum dos indivíduos adotados conseguiu distinguir frases coreanas entre outras frases de idiomas diferentes. Além disso, suas respostas ao idioma conhecido, o francês, era semelhante às dos franceses natos, comprovando que os indivíduos adotados haviam esquecido completamente sua língua nativa, o coreano.
Então, é seguro dizer que é realmente possível esquecer completamente a língua materna, mas isso geralmente tende a acontecer se a pessoa em questão ficar exposta à língua nativa por apenas um breve período de sua vida.

Um incidente traumático pode fazer uma pessoa esquecer a língua materna?

Como você já deve ter percebido, esquecer a língua materna é algo que depende de fatores bem específicos para acontecer. No entanto, isso também pode acontecer por conta de algum fator psicológico associado à língua em questão, como algum tipo de trauma. Isso foi visto em alguns idosos que eram refugiados judeus-alemães durante a Segunda Guerra Mundial e que agora vivem nos EUA ou no Reino Unido.
Na prática, muitos desse idosos parecem ter perdido a capacidade de falar alemão, apesar de terem vivido na Alemanha a maior parte de sua vida adulta! Nesses casos, a incapacidade de relembrar a língua nativa não tem nada a ver com a idade, mas com as dolorosas lembranças que essas pessoas haviam experimentado durante a guerra.
As atrocidades que os nazistas cometeram sobre esses indivíduos os deixaram com lembranças traumáticas ao longo da vida. Para esquecer esses crimes hediondos cometidos contra eles, alguns dos sobreviventes acabaram esquecendo sua língua materna, o alemão. Ou seja, embora a Alemanha fosse sua terra natal, ela se tornou uma terra cheia de lembranças dolorosas que posteriormente resultaram no esquecimento do idioma.
Curiosamente, também foi possível notar que os sobreviventes que deixaram a Alemanha mais cedo eram capazes de falar a língua alemã melhor do que aqueles que partiram mais tarde, durante o auge da guerra. No entanto, é importante deixar claro que tais casos de desgaste da linguagem causados pelos efeitos psicológicos decorrentes de algum trauma são bastante incomuns.

Ou seja…

A linguagem é algo que está profundamente integrado em nosso cérebro e é uma das formas mais fundamentais de comunicação. Como tal, esquecer a língua materna até pode parecer quase impossível, mas a realidade é bem diferente. Fatores como adoção ou migração em uma idade muito jovem podem afetar a capacidade da criança de recordar seu idioma nativo e pode levar ao desgaste da língua em questão. Além disso, eventos traumáticos também podem desencadear tal esquecimento.
Por outro lado, como exatamente o desgaste da linguagem afeta diferentes indivíduos depende das experiências pessoais de cada um. Por isso, não há como saber se uma determinada experiência pode afetar os recursos de linguagem de um grande grupo de pessoas.
Por Rômulo Silva/Tricurioso