As festas juninas são comemorações tradicionais muito divertidas e esperadas em toda parte do país. Isso se deve, em partes, às guloseimas típicas e também às brincadeiras e caracterização que a celebração envolve.
Estudiosos afirmam que a Festa Junina chegou ao Brasil por volta do século XVII, sendo de origem europeia. Ao longo do tempo, foi sofrendo influências da religião católica e sendo associada a alguns santos. Posteriormente, foram inseridos outros elementos pertencentes à cultura brasileira.
Veja algumas curiosidades e origens dos itens presentes nas Festas Juninas!
Quadrilha e vestimenta
Entre os itens juninos, estão dois que são vistos como principais: a dança, mais conhecida pelo nome de quadrilha, e a vestimenta típica. Antigamente, por serem festas promovidas pelas cortes, as mulheres tinham que usar vestidos voluptuosos e rodados. Daí a origem dos vestidos de quadrilhas, que, em nosso país, acabaram sendo confeccionados com tecidos mais coloridos e chamativos, principalmente com chita.
As quadrilhas possuem bastante valorização na região Nordeste do país, como em Campina Grande, na Paraíba, onde é realizado um dos maiores concursos dessa modalidade. Ainda sobre a dança, é possível notar que alguns dos nomes de seus famosos passos possuem origem francesa, como “anarriê”, “ampassâ” e “tour”. Estes são utilizados em virtude da origem da dança, já que ela é herdada das festas da aristocracia francesa.
Fogueiras
As tradicionais fogueiras das Festas Juninas são herdadas das culturas greco-romanas e dos celtas. Esses povos cultuavam as fogueiras como forma de agradecimento aos deuses pelas boas colheitas. Essa prática também foi aderida no Brasil, fazendo com que esse item se tornasse mais um símbolo forte da festividade. Em nosso país, muitos acreditam que a fogueira seja uma forma de purificação e proteção contra maus fluidos, além de símbolo da reunião de familiares e amigos durante a festa.
Bandeirolas
As bandeirolas são uma homenagem aos padroeiros da Festa Junina
Conhecidas como o principal enfeite decorativo das festas juninas, as bandeirolas surgiram como forma de homenagem aos três santos conhecidos como “padroeiros” das Festas Juninas: Santo Antônio, São Pedro e São João. As imagens dos santos eram pregadas nas bandeiras coloridas e imersas em água, rito conhecido como lavagem dos santos. De acordo com a crendice popular, a água purifica todos aqueles que se molham com ela. O tempo foi passando, as bandeirinhas diminuindo de tamanho, mas continuam até hoje com a mesma simbologia: de purificar o ambiente da festa.
Casamento
O “casamento caipira” é uma das partes mais divertidas da Festa Junina
Ainda sobre os santos, Santo Antônio ficou conhecido como o santo casamenteiro. Essa “fama”, segundo alguns religiosos, veio de pedidos feitos por moças ao santo em busca de noivo e marido. Umas das formas de conseguir isso é colocar a imagem de Santo Antônio de castigo de alguma forma. Uma das maneiras mais conhecidas é mergulhá-lo de cabeça para baixo em uma bacia com água.
Ainda sobre tradições de cunho matrimonial, o famoso casamento caipira surgiu como forma de chacota aos casamentos clássicos, já que foge dos “padrões tradicionais”. A noiva aparece grávida e o pai obriga o noivo a se casar com uma espingarda apontada para a sua cabeça, tendo o apoio do delegado da cidade, que é amigo da família da noiva. O teatro do casamento é ainda maior, já que o noivo, que está embriagado, tenta fugir sem sucesso. O casamento caipira é finalizado com os noivos, então casados, puxando o início da quadrilha.
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