domingo, 30 de abril de 2017

Livro mostra que criação de super-heróis foi inspirada em mitologia e política

A identidade secreta dos super-heróis, livro de Brian J. Robb, investiga os bastidores do sucesso de personagens de quadrinhos


(foto: Columbia/Divulgação)
A história e a origem dos super-heróis dos quadrinhos escondem alguns segredos. Embora possa parecer tema superficial, a base para a criação dos personagens, em alguns casos, está em referências inesperadas, como a filosofia, o Renascimento e a política. Em A identidade secreta dos super-heróis, o escritor americano Brian J. Robb conta os bastidores e a história da criação de sucessos das HQs.
Robb explica que os quadrinhos, principalmente os de super-heróis, foram mesmo buscar suas fontes em referências mais antigas. “Suas origens secretas vêm de mitos e lendas. Super-homens, dotado pelos deuses, abundam em lendas antigas, enquanto figuras folclóricas, como Robin Hood, inspiraram muitos heróis modernos. DC e Marvel reinventaram os mitos gregos para suas audiências modernas, seja em 1940 ou 1960. Superman deve muito a Hércules, Mulher Maravilha vem das Amazonas, enquanto Flash é uma reinvenção de Hermes”, aponta.
Tudo isso, acredita Robb, continua a acontecer e a se refletir nos quadrinhos atuais. “Essas influências ainda estão sendo reinventadas e reinterpretadas para os leitores do século 21”, comenta. Um outro caso, por exemplo, seria o fato de Batman ter sido inspirado em trabalhos de Leonardo Da Vinci.
A obra investiga o que havia por trás de tudo o que foi usado para criar e dar forma aos super-heróis americanos. Além disso, apresenta também as relações e a influência deles com heróis criados, depois, em outros países, como Inglaterra, Japão e Índia.
POLÍTICA
Desde o início, a história dos super-heróis americanos está intimamente ligada à política. Na capa de sua primeira HQ, o Capitão América aparece dando um soco em Hitler, por exemplo; as relações entre EUA e Rússia na Guerra Fria foram exaustivamente exploradas nos quadrinhos, entre outros casos.
“É impossível separar os quadrinhos da política. Superman luta pela verdade, pela justiça e da maneira americana, enquanto Batman luta em nome dos oprimidos. Ambos os personagens foram criados na época da Segunda Guerra Mundial, entre tantos outros casos. Política sempre foi uma parte do DNA dos super-heróis e continua a ser”, ressalta Robb.
Para o autor, os super-heróis acompanharam, sim, algumas mudanças da sociedade. Sexismo, racismo e homofobia, por exemplo, são temas que foram contemplados pelos quadrinhos. “Alguns super-heróis foram respostas às mudanças na sociedade. Culturalmente, um super-herói pode ajudar a sociedade a compreender a si mesma, tornando tais mudanças mais amplamente aceitáveis”, argumenta.
Por Alexandre de Paula, no UAI/Livros e pessoas

sexta-feira, 28 de abril de 2017

O jeans do futuro, entre a alta tecnologia e a sustentabilidade

O jeans do futuro combinará o desenvolvimento sustentável com a alta tecnologia, ajudando os usuários a se orientarem pelas ruas, classificando seus e-mails e mantendo seu corpo na temperatura adequada.
Entre as inovações apresentadas no Salão Denim Premiere Vision, que reúne 80 expositores internacionais nesta quarta e quinta-feira em Paris, se destaca uma jaqueta jeans impermeável, equipada com tiras de painéis solares e um cabo no bolso para carregar o celular. Sua criadora, a estilista holandesa Pauline van Dongen, utilizou fios de jeans usados.
O fabricante brasileiro Vicunha Têxtil propõe um tecido termorregulador, que mantém o corpo em uma temperatura constante graças à uma microfibra utilizada normalmente em roupas esportivas. Já o americano Cone Denim emprega uma fibra robusta que é usada especialmente em equipamentos para motociclistas.
A start-up francesa Spinali Design aposta em uma calça jeans com sensores na cintura e uma conexão bluetooth com o smatphone que ajuda o usuário a se orientar durante seus deslocamentos.
"Você insere um destino no aplicativo e os sensores vibrarão à direita ou à esquerda" em função da rota, explica à AFP Romain Spinali, responsável de inovação da empresa.
A peça, fabricada na França, é vendida por 150 euros. Seus designers trabalham, ainda, em uma função destinada a classificar os e-mails: o jeans "vai vibrar de formas diferentes, dependendo de se você receber uma mensagem de sua família, amigos ou trabalho, para que você não tenha que verificar sistematicamente seus e-mails nos fins de semana ou nas férias", explica Spinali.
- Lavagem sem água -
O gigante americano da internet Google trabalha com a marca Levi Strauss para fabricar roupas que permitam comprar produtos à distância graças a um tecido especial interativo.
Mas o jeans do futuro, para muitos expositores do Salão, é também uma peça de roupa que respeita o meio ambiente.
Hoje o consumidor é mais exigente neste sentido, "principalmente com o jeans, porque é um produto um pouco controverso, que nem sempre tem boa reputação, e os fabricantes se veem obrigados a empreender iniciativas mais ecológicas", explica Marion Foret, responsável de produtos de moda do Salão.
Assim, as marcas "usam algodão orgânico, ou que se sabe de onde vem, fazem lavagens que não utilizam água e empregam tinturas que não despejam produtos poluentes no meio ambiente", assegura.
Alguns propõem, além disso, informar melhor o consumidor, como o fabricante paquistanês Artistic Fabric Mills, que desenvolveu um aplicativo para que o usuário possa conhecer a história de um jeans.
Por AFP /Agence France-Presse/em.com.br internacional

terça-feira, 25 de abril de 2017

10 mitos científicos em que praticamente todo mundo acredita


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Apesar de a ciência já ter desmistificado muitas dessas lendas urbanas dos laboratórios, ainda tem gente que não sabe dessas atualizações

Todo mundo já ouviu aquela velha história de que nós só usamos 10% do nosso cérebro (e isso, num futuro sabe-se lá quão distante, permitirá o nascimento de criaturas como “Lucy”, interpretada nos cinemas por Scarlet Maravilhosa Johansson).Sua mãe e/ou sua avó com certeza acreditam que “pegar friagem” resulta em resfriado certo. E todo mundo sabe que a Lua tem um lado escuro.
O que muita gente não sabe é que tudo isso (e várias outras “certezas” científicas) não passa de história pra boi dormir.
Apesar de a ciência já ter desmistificado uma pá dessas lendas urbanas dos laboratórios, ainda tem gente que não sabe dessas atualizações.
Veja, na SUPERLISTA de hoje, alguns mitos da ciência em que quase todo mundo ainda acredita.

1. Usamos só uma parte da capacidade cerebral

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Que a ciência ainda não sabe muitas coisas sobre o cérebro (como a origem das enxaquecas, por exemplo), é verdade. Mas uma coisa é mentira braba: que nosso cérebro tem 90% de área ociosa. A verdade, contudo, é que não há nem um centímetro quadrado cerebral que não seja aplicado em alguma tarefa do dia a dia.
Como cada área do cérebro tem uma função específica e nós precisamos de todas elas para ter uma vida funcional, não podemos dizer que há partes não utilizadas.
O órgão consome 20% (ou seja, um quinto) de toda a energia produzida pelo nosso corpo, e é muito improvável que ele tivesse se desenvolvido tanto se tivesse partes ociosas. Tem gente que até deixa o cérebro lá, só ocupando o espaço entre as duas orelhas. Mas aí é cada um com seus problemas, né.

2. A Lua tem um lado escuro

Daqui, da Terra, conseguimos ver somente 59% da superfície lunar. Os outros 41% são o que a ciência costumava chamar de “o lado escuro da Lua”. Mas – surpresa! – esse lado escuro recebe luz solar igualzinho ao outro!
A diferença é que, por conta do fenômeno chamado “rotação capturada”, nós só vemos um mesmo lado do astro, o que nos dá a sensação de que uma parte dela fica escura e sombria para sempre.

3. A Lua cheia afeta o humor

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Dizem que as fases da Lua afetam o líquido presente no seu cérebro, causando variações de humor, e as polícias de alguns lugares até se preparam para uma maior onda de violência nesses dias do mês. Mas, a menos que você seja um lobisomem, a Lua cheia não tem nadinha a ver com o seu (mau) humor.
Já faz tempo que os cientistas descobriram que uma coisa não tem nada a ver com a outra: em  1985, os psicólogos estadunidenses James Rotton e Ivan Kelly confrontaram 37 estudos sobre o tema com as estatísticas de admissões em instituições psiquiátricas, assassinatos, acidentes de carro, suicídios e crimes em geral.
E o resultado foi que não havia nenhuma ligação entre a lua cheia e um aumento nesses números. Agora, se você é o oitavo filho e tem sete irmãs mais velhas, pode começar a se preocupar.

4. Açúcar faz crianças ficarem hiperativas

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Toda boa festa infantil tem uma mesa de doces linda e sedutora. E também crianças que mais parecem um bando de gremlins correndo, pulando, gritando e fazendo um monte de bagunça. Não culpe a mesa de doces.
Pesquisas científicas provaram que é a própria presença de outras crianças que faz com que os pequenos fiquem superanimados. Mas não é para liberar geral os doces para a gurizada: açúcar demais está associado a obesidade, resistência à insulina (condição base para o diabetes), hipertensão e até o aumento de certos cânceres.

5. Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar

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Essa já virou até provérbio. Mas, para começo de conversa, o raio não cai. Tecnicamente, ele sobe da terra para a atmosfera.
Depois, um raio é uma imensa descarga eletrostática em busca de um lugar para descarregar – e ele não está exatamente preocupado em escolher lugares inéditos.
Os pontos mais altos de um perímetro certamente são mais atraentes, o que significa que o para-raio do seu prédio (ou do prédio vizinho) provavelmente já foi atingido diversas vezes – e em muitas delas você nem se deu conta.

6. Jogar uma moeda de um prédio muito alto pode matar alguém

Você nunca vai fazer isso, porque você é uma pessoa legal. Mas pode ficar tranquilo: se estiver passeando por Nova Iorque e for acertado na cabeça por uma moedinha jogada por algum espírito de porco lá de cima do Empire State Building, você não vai morrer. Pode dar um galinho, mas não passa disso.
Por serem um disco, as moedas têm uma aerodinâmica ruim. Então, a moeda que você jogar vai cair rodando, o que diminui muito a sua velocidade.
Além disso, ela é leve, e não tem peso suficiente para exercer uma pressão letal sobre a caixa craniana.
Mas se alguém resolver jogar um objeto mais pesado ou com melhor aerodinâmica, aí, sim, pode ser fatal.
No Brasil, deixar cair objetos de janelas é uma contravenção penal, que pode ser punida com multa e prisão.

7. Antibióticos matam vírus

Não, não, não e não! Não pode ficar tomando antibiótico pra qualquer resfriado! Antibióticos, por definição, matam bactérias – e os vírus não têm absolutamente nada a ver com isso! O resultado de um mau uso desse tipo de remédios pode ser catastrófico. Na verdade, já está sendo. Se não tomado direito, as bactérias vão desenvolvendo resistência aos antibióticos. Daí o surgimento das superbactérias que temos visto recentemente. Doença viral se trata com antiviral, um tipo de medicamento que também deve ser prescrito por médico.

8. Peixes têm memória de 5 segundos

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“Memória de peixe” não poderá mais ser usada como sinônimo de memória ruim ou fraca. Na verdade, até os peixinhos dourados – que levam a maior fama por serem esquecidos – têm memórias que chegam a durar meses!
É essa capacidade de lembrar das coisas, aliás, a responsável por eles não serem extintos. Os peixes armazenam o conhecimento adquirido e evitam de cair nas mesmas armadilhas de predadores.

9. A genética decide se você consegue ou não fazer um canudinho com a língua

Tem gente que consegue, tem gente que não. Mas uma pesquisa de 1940 demonstrou que a genética tem coisas maiores para se preocupar do que com o canudinho da sua língua.
Na pesquisa, algumas crianças conseguiram aprender a fazer o canudinho. Onze anos depois, um grupo de cientistas demonstrou que o número de crianças que conseguiam enrolar a língua havia crescido 20% nas crianças em idade escolar com idades entre 6 e 12 anos. Se esse número cresceu, então a habilidade não pode ser puramente genética.

10. Os golfinhos são os animais mais inteligentes depois do ser humano

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Eles são fofos e muito carismáticos, mas não estão entre os mais inteligentes da Arca de Noé. Os cientistas passaram vários anos procurando uma linguagem verdadeira dos golfinhos (um dos sinais que demonstra inteligência em seres vivos), mas nunca encontraram. Além disso, testes de inteligência com animais colocaram cães, orangotangos, ratos e até pombos na frente desses mamíferos do mar.
Este conteúdo foi originalmente publicado no site da Superinteressante.
Por Raquel Sodré, da Superinteressante/Exame.com


segunda-feira, 24 de abril de 2017

Daniel Munduruku resgata histórias de etnias indígenas brasileiras

Vozes ancestrais – dez contos indígenas reúne narrativas com elementos capazes de dar sentido à vida coletiva

Vozes ancestrais – dez contos indígenas reúne narrativas com elementos capazes de dar sentido à vida coletiva
A intensidade e a quantidade de mudanças ocorridas na Terra nos últimos 200 anos são de tal monta que hoje os cientistas já consideram que estamos em uma nova era, o antropoceno. Ou seja, a ação humana já se faz presente no tempo geológico, o tempo de transformação das rochas terrestres. Essa ideia foi ventilada pela primeira vez pelo químico holandês Paul Crutzen, premiado com o Nobel em 1995 por seus estudos sobre como a atividade humana modificou a composição da atmosfera (em função de alterações na camada de ozônio).
Pois bem. De forma oposta a esse tipo de ação que modifica o espaço e acelera nossas ações no tempo, coisas tão típicas da modernidade, o que remanesce das culturas indígenas nos mostra uma relação totalmente diversa em relação a essas variáveis tão importantes para a vida.
É o que mostra o livro Vozes ancestrais – dez contos indígenas (FTD), do escritor Daniel Munduruku, nome já consagrado no universo da literatura infantojuvenil e o mais prolífico autor de obras sobre as diversas culturas dos índios brasileiros.
Nesta sua nova obra, Munduruku reúne pequenos contos e mitos de diferentes nações indígenas espalhadas por todo o território brasileiro, muitas delas hoje com poucos remanescentes.
Vozes ancestrais – dez contos indígenas, de Daniel Munduruku (FTD, 80 páginas, R$ 46)
Vozes ancestrais – dez contos indígenas, de Daniel Munduruku (FTD, 80 páginas, R$ 46)
Nessas histórias, os mitos fundadores, a ideia de um tempo longo e de um espaço a ser descoberto e respeitado estão sempre presentes. São esses os elementos capazes de nos ensinar e dar sentido à vida coletiva. Seja na narrativa que revela astúcia e esperteza, como é O macaco e a onça, do povo Kadiwéu, do Mato Grosso do Sul, seja na lenda da conquista da harmonia por meio da criação de dois bonecos irmãos que se tornam homens para levar a seu povo características complementares (A origem das marcas, do povo Kaingang, do Sul e Sudeste do Brasil), a ciência nas relações com tempo e espaço permeia os relatos.
E, indício de que o mundo contemporâneo não deixa de bater às portas dos povos indígenas, a narrativa não deixa de revelar que também nesse universo os tempos estão se acelerando e encurtando. É o que transparece no ritual de A festa da moça nova, dos Tikuna Magüta, do Amazonas. Nele, um rito de passagem marca a transformação da menina em mulher. Para que se dê a passagem, a moça tem de se isolar por um tempo em que manterá contato apenas com a mãe, período durante o qual tecerá o tucum, um tipo de bolsa a ser entregue à mãe ou outra pessoa que a tenha acompanhado no lugar dela nesse tempo. Depois dessa fase de isolamento, uma festa irá selar a passagem. O detalhe: antes, esse período de resguardo se alongava por até um ano. Agora, está restrito a um mês. Para os nossos olhos de cá fora, parece justo. Mas o que significará isso para os deuses?
Por Rubem Barros/Revista Educação

Concurso para a saúde está em andamento

Em entrevista na manhã desta terça-feira (18) ao “Jornal RN No Ar” da TV Tropical, o secretário de estado da saúde pública, George Antunes, pontuou as ações que estão sendo realizadas pela secretaria para melhorar a assistência à saúde da população.
O processo de regionalização está avançando com o trabalho na 4ª região de saúde, melhorando o perfil assistencial dos hospitais de Caicó e Currais Novos e atuando em parceria com o Consórcio das secretarias municipais de saúde para organizar toda a linha de cuidado nessa região, trabalhando as redes de atenção em saúde.
De acordo com o secretário, um novo concurso está em andamento, na fase de contratação da empresa organizadora. Em paralelo também será realizado um processo seletivo simplificado para contratação de profissionais de forma mais imediata. “Temos uma carência de profissionais muito grande, em virtude de aposentadorias e pedidos de demissões. Somente no hospital Walfredo Gurgel, por exemplo, temos a necessidade de 75 profissionais enfermeiros. Desde 2010 não há concurso para a saúde do estado, então esperamos suprir esse déficit”, explicou George Antunes.
A respeito do custeio mensal para manter os serviços de saúde, o secretário afirmou que é necessário “encontrar um equilíbrio para esta equação junto à Secretaria de Planejamento. A nossa necessidade é de algo em torno de 20 a 22 milhões mensais, mas temos uma dívida acumulada de mais de 50 milhões de reais. Temos um grupo de profissionais dedicado e comprometido e não vamos nos entregar, temos o SUS como ideologia e vamos manter a crença. O governador está nos apoiando diretamente e acredito que vamos sair dessa situação”, disse o secretário.
Sobre problemas no Hospital Ruy Pereira o secretário afirmou que uma empresa já foi contratada para recuperação da rede elétrica que ocasionou a interrupção temporária das cirurgias vasculares, que por este motivo estavam sendo realizadas emergencialmente no Walfredo Gurgel e outras unidades contratadas. Já no hospital Giselda Trigueiro, o problema com a empresa terceirizada de higienização e alimentação também já foi sanado com o repasse de aproximadamente 600 mil reais na tarde de ontem (17). A empresa já restabeleceu os serviços.
ASCOM/SESAP

Suécia tem primeiro shopping de produtos reaproveitados

Localizado na cidade de Eskilstuna, o ReTuna Återbruksgalleria é o primeiro e único shopping do mundo dedicado somente à venda de produtos reciclados

retuna-shopping-de-reciclaveis-suecia (Foto: Reprodução/ReTuna)

A cada dia que passa, as pessoas estão ficando mais conscientes em relação ao lixo que produzem. Todos os dias surgem novas campanhas sustentáveis alertando para o que antes era considerado descartável, agora pode se tornar uma nova peça.
Na cidade de Eskilstuna, na Suécia, existe um shopping inteiro com lojas que oferecem apenas produtos reaproveitados. Eles podem ser sustentáveis, reciclados ou upcycled (processo de transformar resíduos, produtos descartáveis ou indesejáveis em novos materiais ou produtos de maior valor, uso ou qualidade).
Chamado ReTuna Återbruksgalleria, o shopping funciona da seguinte forma: as pessoas doam itens e uma empresa social os classifica, restaura e distribui no centro comercial. Atualmente, são 14 lojas com diferentes tipos de produtos, desde roupas até materiais de construção e acessórios para a casa, além de um café que serve apenas comida orgânica.
Inaugurado em agosto de 2015, o shopping tem como objetivo explorar uma forma mais sustentável de fazer compras, ajudando na preservação do meio ambiente. “A sustentabilidade não é somente sobre guardar e consumir menos, mas fazer mais com os recursos que já temos”, afirma uma nota no site oficial do ReTuna.
 Por Mariana Lourenço com Julyana Oliveira/Casa e Jardim


domingo, 23 de abril de 2017

Esqueça o mandarim: a língua mais falada do mundo é terpene

Pesquisadores descobriram que micro-organismos se comunicam por meio do terpene: o idioma dos aromas.

Terpene. Essa é a língua mais falada do mundo. Praticamente em todos os lugares que você já foi , sempre tinha alguém a falando. Na verdade, o mais provável é que estejam falando agora, do seu ladinho. Mas não estranhe, não dá pra você ouvir – até porque ele não se baseia em sons. Cientistas holandeses acabaram de descobrir que esse é o nome da língua usada por fungos e bactérias, que conversam a todo momento, usando cheiros.
Acontece todo dia, toda hora, em todo lugar. As bactérias que estão no seu celular estão conversando entre si. Mas em uma espécie primitiva de linguagem de Libras, em que os sinais são aromas, liberados pelos micro-organismos para que possam trocar informações. Os cientistas chamam esse processo de comunicação química, que nós humanos também temos, usando na forma de feromônios (o famoso cheiro que faz com que nos sintamos atraídos uns pelos outros).
Mas quando se trata na escala microscópica, a ideia é menos sexo e mais localização. Os pequenos seres utilizam o terpene como uma forma de sinalizador, com o qual indicam para os outros onde estão. E não é só um sinal. Funciona de fato como uma conversa, já que, quando outro ser vivo percebe o aroma, ele também libera uma porção de terpene no ambiente. É um bate papo olfativo.
Já se sabia que o terpene era usado na comunicação entre plantas e insetos, por exemplo. A grande sacada dos pesquisadores do Instituto Holandês de Tecnologia, uma instituição governamental, foi descobrir que os aromas também têm uma utilidade entre diferentes espécies de seres microscópicos. Eles conseguiram registrar uma troca de terpenes feita entre uma bactéria e um fungo. “A Serratia, uma bactéria presente na sujeira, consegue perceber os terpenes produzido por um fungo Fusarium. A bactéria, então, se move por aquela região, produzindo seu próprio terpene” explica, em comunicado, Paolina Garbeva, microbiologista no Insituto e responsável pelo projeto. Na prática, funciona como um “oi, estou por aqui” . Com esse tipo de ferramenta, os grupos podem interagir entre si.
A descoberta ajuda a entender como funcionam as comunicações dos seres que não conseguimos ver a olho nu, e o ambiente que nos cerca em geral. Além disso, ressaltou que esse sistema é muito mais usado do que era imaginado.
Só para ter uma ideia, em todo o planeta temos cerca de um bilhão de pessoas que falam mandarim – conseguimos o mesmo número de falantes de terpene em um grama de sujeira. Chora, China.
Por Felipe Germano/Superinteressante

sábado, 22 de abril de 2017

Veja quem é a cientista brasileira eleita pela revista 'Time' para a lista dos '100 mais influentes' de 2017


A cientista brasileira Celina Turchi, da Fiocruz Pernambuco, é uma das 100 personalidades mais influentes do mundo de 2017, segundo a tradicional lista publicada anualmente pela revista americana "Time". A médica especialista em doenças infecciosas teve papel importante na descoberta recente da relação entre a microcefalia e o vírus da zika.
Não é a primeira vez que Celina tem seu trabalho reconhecido internacionalmente com uma honraria do tipo: em dezembro, ela apareceu na lista dos 10 cientistas mais importantes de 2016 da revista "Nature". Na lista da revista "Time", a pesquisadora aparece na categoria "Pioneiros".
Para realizar os estudos que colaboraram com a descoberta da relação entre o virus da zika e a microcefalia, a cientista organizou uma força-tarefa de cientistas do mundo todo, entre epidemiologistas, especialistas em doenças infecciosas, pediatras, neurologistas e biólogos especializados em reprodução.
O perfil de Celina na revista "Time" foi escrito pelo cientista Tom Frieden, que foi o diretor dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) até o início de 2017.
"Uma especialista em doenças infecciosas de Recife, no Brasil - que era o epicentro da primeira grande epidemia de microcefalia associada à zika - Turchi trabalhou sem parar, perdendo refeições e tempo de sono para descobrir o que estava acontecendo", diz o texto de Frieden. "Os estudos de Turchi foram parte de uma investigação de emergência que, em última instância, provaram que o vírus da zika de fato causa microcefalia - algo de que muitos céticos duvidavam."
"Turchi é apaixonada, focada e um modelo do tipo de liderança e colaboração global necessárias para proteger a saúde humana", concluiu Frieden sobre a brasileira.
Por G1


Amazon promove feira de troca de livros no domingo (23)

Feira de troca de livros, 23 de abril (Mariana Krauss/MEON/Veja SP)
No próximo domingo (23), das 9h às 16h, a Amazon promove uma feira de troca de livros ao ar livre no Parque Villa Lobos. A empresa arrecadou doações dos funcionários e contou com o apoio de editoras, que doaram títulos para disponibilizar na feira. A ideia principal é promover a troca: para isso, cada visitante que quiser participar deve levar um ou mais títulos. O número de trocas por visitante é ilimitado.
A feira também terá contação de histórias para as crianças e a presença de autoras brasileiras – Bianca Sousa, Camila Fernandes Ohl Ferreira, Karen Alvares, Keila Gon, Mari Scotti e Gisele Mibarai – que lerão trechos de seus livros. Ao final do evento, os livros que sobrarem serão doados para instituições sem fins lucrativos que promovem a leitura.
O evento é uma comemoração do Dia Mundial do Livro. A data escolhida marca a morte de três importantes autores: o dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616), o dramaturgo e escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616) e cronista peruano Inca Garcilaso de la Vega (1539-1616).
Por Catherine Barros, na Veja SP/livros e pessoas

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Alagoana que estuda em Harvard preside a Brazil Conference


 A poucos meses de se formar em economia pela Universidade de Harvard (Cambridge, EUA), a alagoana Larissa Maranhão, 22 anos, ganhou destaque ao presidir a Brazil Conference, entre os dias 7 e 8 deste mês. Realizado desde 2015 por brasileiros que estudam em Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o evento promove debates sobre os principais desafios para o Brasil, e reuniu, neste ano, personalidades do mundo jurídico, político e empresarial.
“A primeira lição que ficou dessa experiência é a vontade que esta nova geração tem de mudar o país”, avalia Larissa, envolvida na organização da Brazil Conference desde sua primeira edição. “Muitos alunos querem, a longo prazo, voltar para o Brasil. Eu também quero poder ajudar meu país. Essa vontade é muito inspiradora. A segunda lição é a nossa força de mobilização.”
Persistência – Foi preciso muita determinação para Larissa realizar o sonho de estudar em uma das mais prestigiadas universidades do mundo – desejo que acalenta desde os nove anos, quando ouviu um tio comentar sobre Harvard. Filha de engenheiros agrônomos, ela trocou a festa de 15 anos por um curso de inglês para ganhar fluência no idioma. Apesar de dedicada, não foi aprovada na primeira vez em que se candidatou, pois, por falta de experiência, perdeu um dos prazos. Nem por isso ela desistiu.
Anos depois, viria o próximo passo rumo à conquista de Harvard: deixar o curso de economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ainda no primeiro período. A atitude assustou sua família, mas a estudante provou que estava certa ao focar em seu objetivo. “A UFRJ é muito boa e foi uma conquista, mas eu queria Harvard”, conta.
Outra atitude decisiva foi procurar, em São Paulo, a Fundação Estudar, instituição sem fins lucrativos que seleciona candidatos a bolsas para as melhores universidades do Brasil e do mundo. A recompensa chegou em abril de 2013, quando a alagoana não apenas foi aprovada na Universidade de Harvard, como em outras dez instituições no exterior. Atualmente, ela é a única representante do Nordeste brasileiro entre os estudantes que conseguiram uma vaga em Harvard.
Aperfeiçoamento – Em 2018, quando não estará mais em Harvard, Larissa permanecerá nos Estados Unidos e pretende manter seu vínculo com a Brazil Conference. “Farei todo o processo de transição. Para o ano que vem, pensamos em trazer a transparência como tema”, adianta. O retorno ao Brasil deve ocorrer nos próximos anos. Antes disso, ela investirá em todas as formas de complementar sua formação. Atributos não lhe faltam. Larissa ainda vai longe.
Assessoria de Comunicação Social/Portal do MEC

quinta-feira, 13 de abril de 2017

A origem dos 15 sobrenomes brasileiros mais populares

Você já se perguntou de onde vieram nomes como Lima, Pereira, Rodrigues, Costa, Souza e tantos outros? Nós temos as respostas!

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Silva, Santos, Lima, Oliveira… quando se tornou necessário criar mais distinções para as pessoas não se confundirem umas com as outras, o homem olhou para a vegetação, para a geografia e para onde mais houvesse inspiração. O resultado: uma mistura de sobrenomes que já têm vários séculos de idade. Saiba quais são os mais presentes entre a população brasileira e como eles surgiram. Obs.: Como não há listagem oficial dos sobrenomes mais comuns no Brasil, o ranking a seguir é baseado em dados da Telefônica Vivo (SP). Os dados são referentes a 2013, ano original de publicação desta reportagem.

1. Silva

Origem – Portugal
Quantidade em SP – 698.448

Acredita-se que surgiu no Império Romano para designar moradores de regiões de matas – “silva”, em latim, é “selva”. Trazido ao Brasil pelos colonizadores, foi adotado também por escravos libertos. O registro mais antigo por aqui é de 1612

2. Santos

Origem – Portugal
Quantidade em SP – 426.453

Sua origem é religiosa: era dado, em Portugal, a quem nascia no dia 1º de novembro – o Dia de Todos os Santos. Cristãos-novos (judeus convertidos que viviam na Península Ibérica) também o adotaram para fugir da Inquisição

3. Oliveira

Origem – Portugal
Quantidade em SP – 244.173

O primeiro português a usar seria dono de uma vasta plantação de oliveiras, a árvore que produz a azeitona. O mais remoto membro da família é o lusitano Pedro de Oliveira, que viveu há cerca de 700 anos. Uma oliveira pintada de verde figura no centro do brasão

4. Souza (e Sousa)

Origem – Portugal
Quantidade em SP – 232.295

É derivado do latim (“saxa”) e quer dizer “seixos” ou “rochas”. O nome pertenceu a uma família portuguesa que tinha ancestrais entre os visigodos, povos bárbaros do norte da Europa. Tomé de Souza, primeiro governador-geral do Brasil, foi um membro ilustre

5. Lima

Origem – Portugal
Quantidade em SP – 108.139

A maior hipótese é que venha do rio espanhol Limia. A palavra celta significaria esquecimento: segundo a lenda, quem atravessasse Limia perderia a memória. Em Portugal, uma das primeiras famílias foi a de dom João Fernandes de Lima, senhor das terras de Limia

6. Pereira

Origem – Portugal
Quantidade em SP – 94.451

Ao que tudo indica, é uma referência a uma propriedade que tinha uma plantação de peras, a Quinta de Pereira, localizada ao norte de Portugal. Quem usou o nome primeiro foi um rico e poderoso senhor do século 13, chamado dom Gonçalo Pereira.
Por Yuri Vasconcelos/Mundo Estranho

Que tal trocar garrafas plásticas por esta esfera de água comestível?

Ecologicamente correta, a Ohoo! se decompõe no ambiente em até seis semanas

Bebo-o pois liquido é, se sólido fosse, comê-lo-ia”. Se estivesse vivo, o ex-presidente Jânio Quadros ficaria intrigado com a mais nova forma de se hidratar – mastigar pequenas esferas de água. A invenção de uma startup inglesa consiste em armazenar o líquido em bolhas transparentes, que explodem na boca.A “Ooho!” vem sendo desenvolvida há dois anos e se apresenta como uma alternativa mais sustentável às garrafinhas plásticas. A campanha de crowdfunding, para tocar a produção em larga escala, foi um sucesso: mais de 900 pessoas apostaram na ideia, investindo quase £ 800 mil (cerca de R$ 3100) – o dobro da meta inicial.

Feita de um extrato natural de algas-marinhas, as esferas cabem na palma da mão e são ecologicamente corretas. Caso não sejam consumidas, se degradam no ambiente em até no máximo seis semanas. Mais fácil do que mastigar água, diriam os mais antigos.

Segundo o time da Skipping Rocks Lab, a Ooho! pode servir não somente para armazenar água, como também outros líquidos. Drinks leves ou mesmo cosméticos podem vir envoltos na embalagem, que tem a vantagem de ser mais barata de ser produzida que o próprio plástico.
 Por Guilherme Eler/Superinteressante.

Ancestrais dos dinossauros eram diferentes do que se imaginava

Uma nova descoberta se contrapôs às conclusões mantidas durante décadas pelos cientistas

Ilustração reconstrói a imagem da espécie de dinossauro Teleocrater rhadinus
Teleocrater rhadinus: o primeiro fóssil dessa espécie foi descoberto em 1933 (Nature Publishing Group/Mark Witton/AFP)
Os ancestrais ​​dos dinossauros tinham quatro patas, não duas, e se pareciam com os crocodilos, revelou um estudo sobre fósseis encontrados na Tanzânia, cujas conclusões foram divulgadas na revista científica Nature.
Durante décadas, os cientistas imaginaram esses ancestrais como mini-dinossauros do tamanho de uma galinha que se moviam sobre duas patas, mas isso mudou com a descoberta de um Teleocrater rhadinus, um carnívoro parecido com um crocodilo, de 2 a 3 metros de comprimento, com um pescoço longo e quatro patas.
O primeiro fóssil dessa espécie foi descoberto em 1933 e foi estudado nos anos 1950 no Museu de História Natural de Londres, mas o esqueleto estava incompleto.
Os novos exemplares encontrados no sul da Tanzânia permitiram identificar o Teleocrater como “o elo perdido entre os dinossauros e o ancestral comum que eles compartilham com os crocodilos”, explicou Ken Angielczyk, do Museu Field de Chicago, um dos autores do estudo.
“Surpreendentemente, os ancestrais dos dinossauros não se pareciam com eles”, acrescentou Angielczyk. “O Teleocrater parece um crocodilo e isso nos obriga a rever completamente tudo o que pensávamos da evolução” dos dinossauros, explicou.
O Teleocrater viveu há mais de 245 milhões de anos, no período Triássico.
Por AFP/Exame