segunda-feira, 10 de abril de 2017

Relação entre estresse e infertilidade é tema de estudo em Psicobiologia na UFRN

 
 A infertilidade é uma condição que afeta aproximadamente 15% a 25% dos casais que desejam engravidar. Estudos evidenciam que há uma relação entre o estresse e os parâmetros reprodutivos, e que isso influencia negativamente na probabilidade de engravidar.

Preocupada com essas informações, a aluna de mestrado em Psicobiologia do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Nathália Karen Maia Bezerra, orientada pela professora Nicole Leite Galvão-Coelho, está estudando a infertilidade em homens e mulheres na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJEC) e avaliando os dados no Laboratório de Medidas Hormonais do Departamento de Fisiologia do CB.

Segundo a pesquisa, os sintomas psicológicos advindos da infertilidade são complexos e influenciados por diversos fatores, como diferenças de gênero, causas e duração da infertilidade, estágio específico da investigação e do tratamento, além da própria capacidade de adaptação ao problema e da motivação para ter filhos.

“Atualmente nota-se um aumento progressivo na necessidade de uso das tecnologias de reprodução assistida, seja ela de alta ou de baixa complexidade e, por isso, a finalidade deste estudo consiste em avaliar como o perfil psicofisiológico modula o resultado do tratamento em casais, que se submetem ao procedimento de fertilização in vitro”, explica Nathália Bezerra.

Aluna do mestrado em Psicobiologia da UFRN, Nathália Karen Maia Bezerra, estuda a infertilidade em homens e mulheres 
A professora Nicole Galvão Coelho conta que seu grupo de pesquisa, tradicionalmente, estuda o estresse e as psicopatologias associadas. “A interação deste tema à reprodução assistida tem fundamental importância para a sociedade como um todo, mas também especificamente para o Rio Grande do Norte, pois a Maternidade Escola da UFRN é a única instituição pública no país a realizar o procedimento de reprodução assistida gratuitamente”, ressalta a docente.

De acordo com a pesquisa, as habilidades do sujeito para responder adequadamente a cada estressor depende dentre outras características, do seu estilo de enfrentamento aos agentes estressores e de um suporte social adequado.

A pesquisa conta com a colaboração da equipe do Centro de Reprodução Assistida da Maternidade Escola Januário Cicco, liderada pela médica Mychelle de Medeiros Garcia Torres.
Por Marcos Neruber/Boletim Especial da UFRN

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