Nilo do Matosinho e Maria Dolores namoraram durante oito anos. Um
dos principais sonhos era adotar uma criança, assim que casassem. Mas o
grande objetivo demorou para acontecer, assim como ocorre com várias
outras pessoas pelo Brasil que desejam adotar.
Existem
quase 40 mil dispostas a dar um lar para mais de sete mil crianças e
adolescentes do Cadastro Nacional de Adoção. Por que, então, existem
tantas crianças sem uma família? A falta de prazos do processo de adoção
pode ser uma das respostas.
O casal Nilo e Mari Dolores
esperou dois anos para conseguir entrar na fila de adoção. Depois mais
três anos, até adotar definitivamente o primeiro filho do coração:
Mateus. Cecília e Andriely vieram logo a seguir para completar a alegria
da família.
Atualmente não existem prazos para todas as etapas do processo de adoção no Brasil. Mas, segundo o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Edson de Oliveira, está sendo estudada uma proposta para estabelecer tempo máximo para cada passo.
O
texto foi construído por meio de sugestões enviadas pelo site do
ministério. Em breve, um projeto de lei deve ser encaminhado ao
Congresso.
A psicóloga e presidente da ONG
Aconchego, Soraya Pereira, que trabalha com casais que pretendem adotar,
acredita que apenas estipular prazos não é o suficiente para tornar a
adoção efetiva. Ela afirma que o processo deve ser bem criterioso.
Além
da falta de prazo para todas as etapas do processo de adoção, as
exigências dos casais impedem que as crianças tenham um lar. A maioria
prefere criança menor de seis anos branca.
Por Dayana Vitor/EBC
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