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Confusão
mental, cansaço, incapacidade de se desligar dos problemas, negação
de suas próprias necessidades, distanciamento da vida social, vazio
interno, crises de ansiedade e de choro.
O
estresse agudo oriundo do trabalho não é frescura. Pelo contrário,
é uma síndrome com efeitos perigosos par a saúde
física e mental.
O
burnout,
termo em inglês que define o esgotamento vivido por parte dos
profissionais brasileiros, foi incluído na lista de doenças e
condições de saúde elaborada pela Organização Mundial de Saúde
(OMS).
Mas você
sabe identificar quando o trabalho está afetando o seu equilíbrio
emocional?
O
HuffPost Brasil preparou um guia para compreender melhor a síndrome
- e quais as mudanças você pode realizar para prevenir o burnout.
O
que é a síndrome de burnout
A
síndrome de burnout também pode ser entendida como um quadro de
extrema exaustão emocional.
Esse
estágio agudo é atingido quando, diante de intensas ou longas
adversidades, o indivíduo não encontra recursos internos para lidar
com as situações e acaba por se tornar completamente vulnerável.
“O
burnout é muito visto como um fenômeno ocupacional, mas a meu ver,
pode estar presente em qualquer situação traumática e de extrema
hostilidade, como por exemplo, situações de violência familiar ou
social”, explica a psicóloga Márcia Merquior, responsável pelo
setor de avaliação do estresse emocional do serviço de saúde Vita
Check-up.
Por que burnout não é considerado uma doença
Apesar de ser um estado agudo (bastante intenso e extremado), o burnout é transitório.
Ele
é sempre uma reação a alguma situação extrema, e que se
apresenta com um conjunto de sintomas como medos, crises de choros,
pânicos, intolerância, falta de sono e de concentração.
Como
perceber os sintomas emocionais do burnout
A
psicóloga explica que a síndrome é um processo que vai se
instalando aos poucos, trazendo principalmente um aumento da
ansiedade, da irritabilidade, da falta de concentração e de sono.
“Gradualmente
esses sintomas vão piorando e se intensificam; por isso é muito
importante o exercício da autoatenção.”
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E em quais momentos os sintomas passam a ser físicos também?
A gente pode até ignorar isso, mas o fato é que a mente e o corpo do ser humano interagem. E é muito difícil separar um do outro.
“O
corpo sente o estresse mental e reflete isso fisicamente”, explica
Márcia Merquior. “As condições do adoecimento podem ser
diversas. Pode começar com uma dor de cabeça que se torna
constante, com uma insônia que se torna constante, com uma dor no
estômago, uma azia, um refluxo, um bruxismo.”
Ainda,
quando você vive um momento de muita angústia e ansiedade, pode
haver sintomas como palpitações ou falta de ar.
“O
sentimento de vulnerabilidade e o medo constante podem levar a
tonturas, dores no peito, falta de apetite, o que aumenta a sensação
de mal-estar e fraqueza”, enumera a psicóloga.
Atenção:
o burnout pode acarretar outros problemas de saúde mental, como
depressão e ansiedade
A
especialista também chama atenção para o fato de que pessoas
ansiosas e depressivas têm mais chances de desenvolverem a síndrome
de burnout, pois são mais suscetíveis e sensíveis a situações
estressantes. Por outro lado, a síndrome pode causar transtornos
mentais.
“Quando
as situações de estresse se alongam, a sensação de morte iminente
(ansiedade) ou de morte em vida (depressão) pode se configurar. No
entanto, após as coisas se acalmarem, podem perdurar os sintomas, de
forma mais pontual, como uma memória do trauma.”
Veja como algumas mudanças no estilo de vida podem te ajudar
O
primeiro passo é estar atento ao próprio bem-estar e cuidar de si.
Para
isso, algumas mudanças bem simples podem te ajudar, como manter uma
dieta saudável, praticar alguma atividade física regularmente,
cultivar um hobby ou alguma atividade que estimule a sensibilidade e
a alegria.
Ainda,
manter bons relacionamentos afetivos e sociais contribui com
sentir-se útil, amado e reconhecido. E, portanto, ajuda a enfrentar
os problemas.
Por
Ana Beatriz Rosa/huffpostbrasil.com
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