quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Uma meditação para controlar o TOC

Estudo mostra que técnicas de meditação da Kundalini Yoga podem ser tão eficazes quanto remédio ou terapia frente ao transtorno obsessivo-compulsivo

meditação contra o toc
Meditação Kundalini Yoga é testada com sucesso em pacientes brasileiros com TOC. (Ilustração: Pedro Piccinini/SAÚDE é Vital)
Imagine sair do psiquiatra com a seguinte prescrição: “Meditar uma vez ao dia, durante uma hora. Uso contínuo”.
Que lhe parece? Coisa do passado? Ou fantasia do futuro? Pois um estudo realizado pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, além de outras instituições americanas e brasileiras, acaba de mostrar que essa pode ser uma ótima recomendação para os tempos atuais.
O trabalho, recém-publicado na prestigiada revista acadêmica Frontiers in Psychiatry, constatou que pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) de moderado a grave tiveram uma redução de 40% nos sintomas depois de passarem quatro meses e meio praticando técnicas específicas de meditação da Kundalini Yoga. Trata-se de um sistema difundido no Ocidente pelo mestre indiano Yogi Bhajan — não tem a ver, portanto, com a meditação Kundalini associada ao famoso guru Osho.
Desses participantes, aqueles que continuaram na pesquisa até o fim, por mais um ano, alcançaram uma melhora de 50% nas manifestações do TOC. Três pessoas chegaram a zerar os sintomas de obsessão e compulsão. “Os resultados colocam essa prática de meditação no ranking da primeira linha de tratamento do TOC”, avalia um dos autores do estudo, Rodrigo Yacubian Fernandes, médico do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, e professor de Kundalini Yoga. Foi ele, aliás, quem instruiu os voluntários durante a pesquisa.
Caracterizado pela presença de pensamentos desagradáveis, repetitivos e invasivos, muitas vezes aliviados com rituais compulsivos, o TOC é usualmente tratado hoje com medicamentos antidepressivos e uma linha de psicoterapia chamada terapia cognitivo-comportamental (TCC).
Ainda que essas abordagens sejam consideradas o “padrão-ouro”, um número expressivo de pessoas não responde bem a elas. Metade dos pacientes tratados apenas com remédio e 30% dos pacientes submetidos à combinação de medicamento e psicoterapia não têm melhora significativa dos sintomas.
É nesse contexto que o achado vem sendo saudado como uma notícia e tanto. O TOC está entre as doenças de mais difícil controle e é classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das dez mais incapacitantes do planeta.
“O resultado me parece bastante encorajador, especialmente em se tratando de um tipo de intervenção que não tem risco para a saúde e possui um custo baixo”, analisa o psiquiatra e psicoterapeuta Carlos Gustavo Mansu, do Instituto de Psiquiatra da USP, que não participou do estudo.
A pesquisa avaliou o impacto da meditação Kundalini Yoga sobre o TOC e comparou seus efeitos com os de outra técnica meditativa bastante conhecida, a chamada resposta de relaxamento — esta proposta pelo cardiologista americano Herbert Benson nos anos 1970 para tratar casos leves de pressão alta.
O que é a meditação Kundalini Yoga
Trata-se de uma linha de ioga originária do noroeste da Índia e trazida para o Ocidente pelo indiano Yogi Bhajan, em 1968. Foi ele o responsável por divulgar, a partir da Califórnia, nos Estados Unidos, as quase 5 mil técnicas descritas para as mais diversas finalidades – combater o medo, enfrentar a morte, vencer a depressão, reduzir pensamentos obsessivos ou ajudar no luto, entre outras.
No Ocidente, a eficácia dessas técnicas, estabelecidas por milênios de modo empírico, passou a ser estudada academicamente na área da saúde. Hoje estão em curso pesquisas amparadas em exames de neuroimagem, marcadores biológicos rastreados pelo sangue e saliva e parâmetros clínicos chancelados pelas ciências médicas.
Segundo o médico Rodrigo Yacubian Fernandes, a Kundalini Yoga tem como aspectos marcantes uma busca intensa do estado meditativo e o frequente uso de sons (mantras) durante as práticas. Nesse sistema, as meditações também costumam ser mais dinâmicas, com movimentos das mãos, dos braços, da coluna e da cabeça, ainda que sejam feitas em postura sentada – é diferente, portanto, daquela imagem de uma pessoa de pernas cruzadas, imóvel e em silêncio o tempo todo.

Meditação à prova

O estudo contou com 48 homens e mulheres de 18 a 65 anos que tinham diagnóstico de TOC há pelo menos seis meses e passaram por avaliação com psicólogos especializados. Numa escala tradicionalmente utilizada para avaliar o grau de perturbação com sintomas obsessivos e compulsivos, com máximo de 40 pontos, todos marcaram acima de 16 ao serem admitidos, o que indica nível de moderado a grave.
Os participantes não podiam estar fazendo psicoterapia nem estar tomando remédios benzodiazepínicos (calmantes) no momento da admissão e nos seis meses anteriores, devendo se manter assim também ao longo de todo o experimento. Assim, os pesquisadores poderiam medir os efeitos da meditação sem a interferência desses fatores.
Era permitido apenas que os participantes tomassem algum medicamento da classe dos antidepressivos, normalmente prescritos no tratamento do TOC, com a dosagem estável há pelo menos três meses, sem poder mudar de remédio nem aumentar a dosagem durante o estudo — só era permitido reduzir a dose ou suspender o remédio. Os critérios de inclusão e exclusão dos voluntários foram tão rigorosos que o processo de recrutamento levou um ano.
Os participantes selecionados foram divididos em dois grupos: cada um foi instruído a praticar um tipo de meditação sem saber exatamente qual. De um lado, a Kundalini Yoga; do outro, a resposta de relaxamento. Eles participavam de encontros semanais no Instituto de Psiquiatria da USP e as práticas tinham duração de uma hora cada.
As meditações eram realizadas com as pessoas sentadas em cadeiras. Nenhuma habilidade física ou experiência prévia era necessária — poucos voluntários já tinham meditado antes. O grupo da Kundalini Yoga foi conduzido por Rodrigo Yacubian Fernandes e o grupo da resposta de relaxamento foi instruído por Marcelo Batistuzzo, psicólogo praticante dessa vertente.
As técnicas foram ensinadas no primeiro dia e, ao longo da pesquisa, eram repetidas e aprimoradas pelos participantes. No caso da meditação da Kundalini Yoga, as sessões envolviam uma sequência de 11 técnicas que incluem sons (mantras), exercícios respiratórios (pranayamas), gestos com as mãos (mudras) e movimentos com os braços e o corpo (kriyas). Na resposta de relaxamento, a prática era composta de atenção a certas partes do corpo e à respiração, combinada com a repetição mental de uma palavra  — as técnicas estão descritas integralmente nos suplementos do artigo científico.

Os participantes foram solicitados a praticar em casa nos outros dias, da mesma forma que faziam com os instrutores, e deveriam marcar numa tabela quando tinham conseguido meditar e por quanto tempo. Assim foi concluída a primeira fase do estudo, durante quatro meses e meio.

Os benefícios na prática

Ao final da primeira etapa, os praticantes do grupo da resposta de relaxamento tiveram uma redução de quase 18% nos sintomas – menos da metade da melhora de 40% obtida pelo grupo da Kundalini Yoga. A avaliação foi feita novamente por psicólogos e com base em escalas.
Os pesquisadores haviam estabelecido que uma melhora significativa do TOC seria representada por uma redução de pelo menos 35% dos sintomas, um parâmetro consagrado na literatura científica por indicar um incremento perceptível no quadro dos pacientes. Além disso, uma técnica seria considerada significativamente mais eficaz que a outra nessas circunstâncias se a melhora promovida fosse 35% superior à do outro grupo.
“Os resultados da primeira fase nos deram substrato para convidar o pessoal que estava praticando a resposta de relaxamento a fazer a meditação da Kundalini Yoga também. E, a partir desse momento, nós seguimos mais um ano fazendo essa prática com todos”, conta Yacubian Fernandes.
Os participantes tiveram o grau de seus sintomas avaliados novamente aos oito meses e meio de pesquisa, depois de um ano de estudo, e ao final, com um ano e quatro meses de prática. A melhora nos sintomas se manteve, tanto para aqueles que originalmente estavam no grupo da Kundalini Yoga (50% de melhora, comparando a avaliação final com a avaliação inicial), quanto para os que haviam migrado do grupo da resposta de relaxamento (27% de melhora, a partir do momento que ingressaram no grupo da Kundalini Yoga).
Com base nesses resultados, o artigo concluiu que a meditação da Kundalini Yoga pode ser recomendada a pacientes com TOC que não têm resultados satisfatórios com os tratamentos de primeira linha (medicação e terapia cognitivo-comportamental). Inclusive sugere-se testar a meditação antes de recorrer a abordagens mais invasivas, como a estimulação cerebral profunda, atualmente considerada um último recurso.
A prática também seria útil àqueles que não querem ou podem utilizar remédios — por sofrerem com efeitos colaterais, como ganho de peso, alteração do sono ou disfunção sexual. Ou, ainda, ser empregada como recurso adicional para ampliar a resposta ao tratamento.

O que essa meditação tem de especial?

Você pode estar se perguntando: por que a meditação da Kundalini Yoga apresentou resultados tão significativos, superiores a técnicas de relaxamento? Segundo Yacubian Fernandes, as sete escalas padronizadas utilizadas para avaliar os participantes, medindo sintomas obsessivo-compulsivos, ansiedade, depressão, qualidade de vida, entre outros fatores, permitem inferir que o grau de relaxamento induzido pela Kundalini Yoga foi mais profundo. Considerando que o relaxamento atenua a ansiedade, componente central no TOC, estaria aí uma das explicações para os benefícios visualizados.
Além disso, o médico e instrutor acredita que o conjunto estruturado de técnicas da Kundalini Yoga é capaz de atuar de forma mais específica e abrangente sobre o complexo quadro de sintomas do TOC — que, além de obsessões e compulsões relacionadas a limpeza, organização, simetria, entre outros aspectos, frequentemente inclui sensações de culpa, dúvida, nojo, medo e raiva. A meditação da Kundalini Yoga teria tido, portanto, uma ação que vai além do relaxamento, comum às práticas meditativas em geral.
Há a hipótese de que uma das 11 técnicas empregadas na pesquisa, por exemplo, seja capaz de atuar em mecanismos cerebrais relacionados particularmente a obsessões e compulsões. Nessa técnica, o praticante respira apenas pela narina esquerda, contando tempos iguais para inspirar, expirar e reter o ar .
Essa maneira de respirar exclusivamente pela narina esquerda estimula predominantemente o hemisfério cerebral direito — o que já foi demonstrado inclusive em exames de neuroimagem. A ideia, então, é que esse estímulo cerebral específico teria um efeito atenuante sobre pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos.
“Na maioria das pessoas, o hemisfério direito do cérebro está um pouco mais relacionado com as artes, com a criatividade, com uma resposta mais relaxada no dia a dia. E o hemisfério esquerdo está mais ligado à lógica e à organização. Uma das teorias é que, no TOC, o hemisfério cerebral esquerdo está um pouco mais atuante. Então, acreditamos que, ao estimular o hemisfério cerebral direito, reduziríamos um pouco a obsessividade do hemisfério esquerdo”, conta Yacubian Fernandes. As compulsões foram os primeiros sintomas a se mostrarem reduzidos no estudo.
Nas sessões de Kundalini Yoga, alguns mantras ainda são tradicionalmente usados para minimizar estados de medo e raiva, e também para induzir o estado meditativo em si, trazendo a mente para um modo de neutralidade que ajuda a equilibrá-la. Essa neutralidade não significa “mente vazia” ou “ausência de pensamentos”.
“A meditação é um estado de consciência que não é nem o estado de vigília nem do sono nem o do sonho. Eu diria que é um quarto estado de consciência, em que a mente atinge a capacidade de entrar num estado neutro, mesmo tendo pensamentos ou algumas visualizações”, esclarece o pesquisador. “Esse estado auxilia muito todos os praticantes e também quem possui algum distúrbio, porque a mente neutra tem a capacidade de diminuir um pouco aquela aflição das fantasias que a gente nutre sobre o futuro e acabam causando ansiedade, além de diminuir aquela ruminação do passado, que muitas vezes gera sintomas depressivos.”
Por Naiara Magalhães/saude.abril.com.br

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Mães estão aderindo cada vez mais à opção de trabalhar em home-office

O trabalho home-office trouxe a comodidade para a mulher ser mãe e profissional sem sair de casa. (Arquivo Blasting News)
O trabalho home-office trouxe a comodidade para a mulher ser mãe e profissional sem sair de casa. (Arquivo Blasting News)

Trabalhar de casa virou tendência forte entre as mães após a licença-maternidade.

Hoje em dia o trabalho em home-office tem sido uma opção muito procurada, principalmente por mães, devido à comodidade de poder trabalhar em casa. Afinal, o retorno da licença-maternidade não é uma tarefa fácil para elas. A rotina afetiva criada durante meses com o bebê, de repente é rompida pela necessidade de ter que voltar ao emprego. Sendo assim, o home-office se tornou uma forma de poder continuar sendo uma mãe presente, sem abrir mão da carreira. Saber conciliar os dois pontos é importante, foi o que constatou a pesquisa da rede social Linkedin, feita em 13 países, incluindo o Brasil, onde mostrou que 63% das mulheres definiram que o sucesso na carreira é tão importante quanto o sucesso na vida pessoal.

O que é trabalho home-office?

Este termo significa “escritório em casa”, e a procura por este serviço se tornou muito maior depois que foi aprovado, pela Nova Lei Trabalhista n.º 13.13467, no dia 13 de julho de 2017. Isto porque, com a regulamentação desse modelo de trabalho, trouxe mais segurança para empregadores e empregados. Apesar da procura ser grande, aqui no Brasil apenas 15% das empresas adotaram o sistema. O trabalho home-office pode ser classificado em 3 modalidades, como o teletrabalho (sendo funcionário da empresa), freelancer (trabalhando por projetos avulsos) e home based (tem sua sede em uma residência).

Algumas opções de trabalho home-office mais escolhidas por mães

Secretária Remota ou Assistente Virtual:
Esta foi uma das opções que mais cresceu no Brasil, durante os últimos 2 anos. O trabalho envolve rotinas administrativas, financeiras, organização de arquivos dentre outras, dependendo da necessidade da empresa. Para iniciar, a pessoa vai precisar além das habilidades, um computador, acesso à internet e um telefone.
Loja online:
Uma forma muito prática, para quem tem o dom e gosta de trabalhar com vendas. Se já tem experiência de trabalhar como revendedora de produtos, melhor ainda. O próximo passo é criar um site para oferecer os produtos. A vantagem é grande, por não gastar com ponto comercial, água, luz, telefone nem funcionários. Além de trabalhar pelo computador, tem a opção prática do smartphone.
Consultora:
O serviço pode ser oferecido online, seja na área de finanças, imobiliário, negócios, culinária, marketing, beleza e tantas outras disponíveis de acordo com o conhecimento de quem vai atuar.
Atuando como consultora, ela poderá diagnosticar problemas e ajudar a empresa a alcançar seus objetivos específicos, trabalhando online no conforto do lar.
Tradutora:
É preciso ter o domínio tanto da língua estrangeira escolhida quanto da língua portuguesa. A pessoa pode trabalhar tanto na escrita (livros, textos e documentos), quanto na oral (tradução simultânea, em eventos, congressos, etc). No caso das mães, a opção escrita é a mais escolhida, por poder trabalhar em casa.
Revisora de textos ou redatoras:
O pré-requisito principal é dominar bem a língua portuguesa para atuar com sucesso nesta área.
Existem várias plataformas que contratam pessoas para trabalharem revisando ou escrevendo textos para blogs, sites, editoras, autores, revistas, etc.
Professora particular:
Muitas professoras, quando se tornam mães, optam por continuar ensinando pessoas em casa. A diferença agora é que elas podem dar essas aulas online, através de plataformas como o Google Helpout.
Coaching
Existem coaching para diversos fins, como vida, carreira, nutrição, esportivo, executivo e outros. Hoje são oferecidos vários cursos de capacitação para se atuar na área. Tendo a formação correta, pode fazer o atendimento a clientes pessoalmente ou online também.
Por Daniele Pereira Lima/blastingnews



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Benefícios do exercício físico no desenvolvimento cognitivo do autista

Benefícios do exercício físico no desenvolvimento cognitivo do autista
A prática de exercícios físicos é reconhecida por promover saúde e qualidade de vida da população, da criança ao idoso. Estudos têm apontado para benefícios de atividades para o desenvolvimento cognitivo da pessoa com espectro do autismo.
A inclusão de esportes, exercícios e outras atividades físicas podem ser considerados um complemento às terapêuticas tradicionais estabelecidas, por apresentarem impacto na melhora de sintomas, comportamentos e qualidade de vida do autista.
O exercício pode ajudar a evitar o ganho excessivo de peso ou ajudar a mantê-lo, o que pode contribuir para reduzir o índice de obesidade nas pessoas com espectro do autismo.
A atividade física estimula vários pontos cerebrais que podem auxiliar o autista a sentir mais feliz e motivado. O exercício fornece o oxigênio e os nutrientes aos tecidos do organismo e ajuda o sistema cardiovascular a trabalhar melhor. Com isso contribui para a disposição do autista.
Um estudo que avaliou crianças com autismo na natação e outros exercícios aquáticos verificou que as atividades contribuíram para que alcançassem um aumento significativo nos níveis de aptidão – perceptíveis por mudanças no equilíbrio, flexibilidade, resistência e força. Observou-se ainda uma redução do comportamento repetitivo em crianças.
Por meio de programas de exercícios é possível observar um melhor desempenho social e redução de episódios de agressão, bem como, comportamentos estereotipados. Isso porque o exercício estimula o desenvolvimento de novas células cerebrais dentro do hipocampo – uma parte do cérebro que influencia a empatia, controle de impulsos e atenção.
Há ainda aspectos sociais a serem considerados para aqueles autistas que não limitam interações sociais. Aos que o fazem, há alternativa de praticar atividades individuais. Exercícios liberam hormônios no organismo que geram felicidade.
As atividades devem ser adequadas aos estímulos sensoriais do autista, com o cuidado de respeitar limitações de movimentos que venham a existir. Por isso é fundamental a integração e acompanhamento de um educador físico e demais membros da equipe multidisciplinar.
 Por Dra. Fabiele Russo/NeuroConecta

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

90% dos trabalhadores querem trocar de emprego, aponta pesquisa

Foto: Adilton Venegeroles | Ag. A TARDE - Foto: Adilton Venegeroles | Ag. A TARDE
Foto Adilton Venegeroles/Ag. A Tarde
Uma pesquisa da Catho mostrou que 90% dos trabalhadores desejam trocar de emprego em 2020. Seja pela busca por uma melhor condição financeira, ou querer mudar o segmento de atuação, até a melhora da qualidade de vida, o fato é que os 2,7 mil respondentes da pesquisa que estão trabalhando, parte da amostra de 9,3 pessoas, indicaram querer uma mudança no novo ano. A Catho, empresa responsável pela pesquisa, é uma plataforma que conecta empresas e candidatos em busca de emprego.
Apesar da vontade de mudar de emprego várias são as razões dadas pelos entrevistados para continuar no trabalho em que já estão, como: 50% das respostas apontaram muita concorrência como motivo, 29% não ter um currículo competitivo, 20% o receio em perder a estabilidade, 14% o receio em perder os benefícios, e 13,5% o medo de arriscar.
Ainda que com um receio inicial Bárbara Affonso mudou de profissão duas vezes. Insatisfeita com seu emprego de jornalista, mudou para a Austrália e se tornou barista; após três anos voltou para o Brasil e agora é professora de Yoga.
"Eu me dei conta de que trabalhar sob pressão não me fazia bem. Percebi que precisava de uma rotina mais tranquila, em que eu fosse feliz no ambiente de trabalho e ao mesmo tempo tivesse espaço para viver outras coisas", diz Bárbara, contando os motivos para suas mudanças.
Luana Batalha também mudou de profissão em 2019, quando deixou de ser advogada para se tornar gestora de uma empresa de assessoria de comunicação, a WA comunicação. Ela fala sobre como sente após a decisão. "Estou 100% mais feliz! Dá uma insegurança no primeiro momento em que você não sabe o que vai acontecer, mas depois que você inicia num novo projeto e se dedica aquilo você acaba nem lembrando que um dia teve outra profissão".
As causas para as pessoas quererem mudar de emprego são várias. A diretora da Catho Regina Botter comenta sobre algumas das justificativas que geram essa vontade: "Procurar uma condição melhor financeiramente, querer mudar de segmento de atuação, encontrar um emprego mais alinhado com suas expectativas profissionais, estar pronto para desafios maiores, ter maior qualidade de vida ou até mesmo encontrar um emprego em uma região mais próximo de casa", explica.
Equilíbrio necessário
Um ponto fundamental na escolha para mudar ou não de profissão é o equilíbrio, de acordo Bárbara Affonso. "Para mim, o emprego ideal precisa unir prazer no que você faz com qualidade de vida fora do trabalho. Um emprego em que você faz o que gosta, mas que lhe suga tanto as energias que não há espaço para viver outras coisas, não é saudável. Equilíbrio é a palavra-chave!".
O presidente da ABRH Bahia, Wladimir Martins, afirma que é preciso ter uma atitude mais acolhedora com os funcionários e buscar maneiras de fazer com que se sintam bem. "As pessoas buscam cada vez mais locais acolhedores, que façam com que se sintam bem. Empresas engajadas nesse sentido tendem a só crescer", afirma

Por Madson Souza/*Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló/ A Tarde/Uol

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Curiosidades: Ano Bissexto

Acrescenta-se um dia ao mês de fevereiro
Acrescenta-se um dia ao mês de fevereiro

Ano bissexto é aquele que possui um dia a mais que os anos normais. Tal diferenciação foi criada em 238 a.C. no Egito, mais especificamente em Alexandria quando acrescentaram um dia a mais no calendário, mas somente foi adotado em 45 a.C., em Roma, através do imperador Júlio César. O objetivo da criação do ano bissexto é alinhar o calendário atualmente utilizado com o ano solar, ou seja, com o movimento de translação, onde a Terra gira em torno do Sol.

Enquanto o calendário atual se finda em 365 dias, o calendário solar termina em 365 dias e 6 horas, o que faz com que haja um desarranjo que necessita de adaptação para funcionar em harmonia. Dessa forma, a cada quatro anos o mês de fevereiro ganha um dia a mais para compensar tal desarranjo.

Para calcular os anos bissextos, utilizam-se tais regras:

- A cada quatro anos há um ano bissexto.
- São bissextos todos os anos múltiplos de 400.
- Não são bissextos os anos múltiplos de 100.

Tais regras básicas determinam que a cada 400 anos existam 97 anos bissextos, porém, apesar de tantas modificações ao longo do tempo ainda existem outros problemas, pois o período que a Terra demora para realizar o movimento de translação pode variar, o que permite pequenas alterações, como por exemplo em 1972, quando o setor responsável pelo estudo do tempo acrescentou um segundo no último dia do ano.

Curiosidade: O termo bissexto foi empregado por causa do acréscimo de um dia no ano, tornando-o com 366 dias, como são dois seis, originou-se o termo bissexto (dois seis).

Por: Gabriela Cabral/Mundo Educação