quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

90% dos trabalhadores querem trocar de emprego, aponta pesquisa

Foto: Adilton Venegeroles | Ag. A TARDE - Foto: Adilton Venegeroles | Ag. A TARDE
Foto Adilton Venegeroles/Ag. A Tarde
Uma pesquisa da Catho mostrou que 90% dos trabalhadores desejam trocar de emprego em 2020. Seja pela busca por uma melhor condição financeira, ou querer mudar o segmento de atuação, até a melhora da qualidade de vida, o fato é que os 2,7 mil respondentes da pesquisa que estão trabalhando, parte da amostra de 9,3 pessoas, indicaram querer uma mudança no novo ano. A Catho, empresa responsável pela pesquisa, é uma plataforma que conecta empresas e candidatos em busca de emprego.
Apesar da vontade de mudar de emprego várias são as razões dadas pelos entrevistados para continuar no trabalho em que já estão, como: 50% das respostas apontaram muita concorrência como motivo, 29% não ter um currículo competitivo, 20% o receio em perder a estabilidade, 14% o receio em perder os benefícios, e 13,5% o medo de arriscar.
Ainda que com um receio inicial Bárbara Affonso mudou de profissão duas vezes. Insatisfeita com seu emprego de jornalista, mudou para a Austrália e se tornou barista; após três anos voltou para o Brasil e agora é professora de Yoga.
"Eu me dei conta de que trabalhar sob pressão não me fazia bem. Percebi que precisava de uma rotina mais tranquila, em que eu fosse feliz no ambiente de trabalho e ao mesmo tempo tivesse espaço para viver outras coisas", diz Bárbara, contando os motivos para suas mudanças.
Luana Batalha também mudou de profissão em 2019, quando deixou de ser advogada para se tornar gestora de uma empresa de assessoria de comunicação, a WA comunicação. Ela fala sobre como sente após a decisão. "Estou 100% mais feliz! Dá uma insegurança no primeiro momento em que você não sabe o que vai acontecer, mas depois que você inicia num novo projeto e se dedica aquilo você acaba nem lembrando que um dia teve outra profissão".
As causas para as pessoas quererem mudar de emprego são várias. A diretora da Catho Regina Botter comenta sobre algumas das justificativas que geram essa vontade: "Procurar uma condição melhor financeiramente, querer mudar de segmento de atuação, encontrar um emprego mais alinhado com suas expectativas profissionais, estar pronto para desafios maiores, ter maior qualidade de vida ou até mesmo encontrar um emprego em uma região mais próximo de casa", explica.
Equilíbrio necessário
Um ponto fundamental na escolha para mudar ou não de profissão é o equilíbrio, de acordo Bárbara Affonso. "Para mim, o emprego ideal precisa unir prazer no que você faz com qualidade de vida fora do trabalho. Um emprego em que você faz o que gosta, mas que lhe suga tanto as energias que não há espaço para viver outras coisas, não é saudável. Equilíbrio é a palavra-chave!".
O presidente da ABRH Bahia, Wladimir Martins, afirma que é preciso ter uma atitude mais acolhedora com os funcionários e buscar maneiras de fazer com que se sintam bem. "As pessoas buscam cada vez mais locais acolhedores, que façam com que se sintam bem. Empresas engajadas nesse sentido tendem a só crescer", afirma

Por Madson Souza/*Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló/ A Tarde/Uol

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