Você faz ideia de quantos livros já leu na vida? E nos últimos quatro anos?
Quatro anos. É essa a idade de Daliyah Marie Arana, garotinha que vive em Gainesville, cidade da Geórgia com pouco mais de 35 mil habitantes, nos Estados Unidos. Por ali, ela é uma pequena celebridade que já foi até convidada para recitar o famoso discurso de Martin Luther King (“I have a dream…”) no dia que homenageia o revolucionário. O motivo da fama? A quantidade de livros que a menina já leu e a frequência com que ela pega volumes emprestados da biblioteca local, onde, aliás, fez a sua fala.
A mãe de Daliyah contava histórias à criança antes mesmo dela nascer, enquanto ainda estava na barriga. Depois, ainda bebê, ouvia o irmão mais velho lendo pela casa. Pelo visto, a tática deu certo e desde muito cedo a pequena se interessou pelo assunto. Com um ano e meio já identificava palavras e aos dois anos e 11 meses leu seu primeiro livro sozinha – normalmente as crianças são alfabetizadas por volta dos seis anos, vale lembrar. Antes já tinha lido muito com a ajuda de sua mãe, claro, que garante que, ao todo, a filha já devorou a impressionante quantidade de mil títulos.
Foi um programa chamado “Mil Livros Antes do Jardim de Infância”, promovido por uma ONG de Nevada que aposta na educação por meio da literatura, que incentivou Daliyah a fazer uma leitura intensiva e motivou seus pais a contabilizarem cada livro lido. E quem pensa que ela ficou apenas em histórias infantis, engana-se. A criança costuma encarar alguns dos títulos que seus irmãos de 10 e 12 anos estão lendo e até já se arriscou em trabalhos acadêmicos, como o texto “The Pleasure of Books” (“O Prazer dos Livros”), de William Phelps – o vídeo dela lendo o artigo está abaixo. Seu escritor favorito? Mo Willems, autor da série “An Elephante and Piggie”.
A história de Daliyah veio à tona após a criança visitar a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos acompanhada por Carla Hayden, a responsável pelo lugar, que mostrou à garotinha como é o dia de uma bibliotecária. Após Carla compartilhar uma foto com a companheirinha em sua conta no Twitter, a história de Daliyah conquistou uma multidão de fãs. “O tempo todo ela dizia que aquela era a sua biblioteca preferida em todo o mundo”, afirmou Carla ao jornal The Washington Post.
Ao jornal, a mãe de Daliyah disse desejar que a filha sirva de exemplo para que outras crianças leiam mais e para que os pais incentivem seus rebentos a cultivar o hábito da leitura. Além disso, garantiu que Daliyah não vê a hora de chegar ao ensino fundamental para ajudar a professora na alfabetização dos colegas.
Por Rodrigo Casarin/Blog Página Cinco
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