Documento mostra que, se ignorada, a indústria do tabaco traz enormes prejuízos para o sistema de saúde e para as famílias
As despesas de saúde e perda de
produtividade econômica em decorrência do uso de tabaco podem custar aos
países mais de US$ 1 trilhão por ano. A informação foi divulgada nesta
terça-feira (10) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo
Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos da América (NCI), que
elaboraram relatório que trata dos impactos do fumo na economia dos
países e na saúde da população.
O documento mostra que, se ignorada, a
indústria do tabaco traz enormes prejuízos para o sistema de saúde e
para as famílias. Atualmente, seis milhões de pessoas morrem
prematuramente por ano em decorrência do fumo. A maioria das vítimas
está em países em desenvolvimento. Em todo o mundo, 1,1 bilhão de
fumantes tem até 15 anos de idade e 226 milhões são pobres.
Por outro lado, investimentos em
políticas de controle do uso do tabaco, como aumento de preços e
impostos, podem proteger as pessoas das doenças que mais matam no mundo
(câncer e problemas cardíacos) e ainda ser para os governos uma fonte de
receitas para saúde e desenvolvimento.
De acordo com o estudo, se os países
banissem o marketing que incentiva o uso do tabaco e aumentassem os
impostos de cigarros em US$ 0,80 por pacote, poderiam gerar um aumento
em suas receitas em 47% ou US$ 140 bilhões. O aumento das taxas
elevariam em 42% os preços de venda dos cigarros e estimularia o
declínio do hábito de fumar para pelo menos 66 milhões de fumantes
adultos.
Por Débora Brito/Agência Brasil/Portal no Ar
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