Estudantes da Universidade de
Brasília (UnB) desenvolveram uma pulseira que permite ajudar quem sofre de
diabetes. Cruzando dados como umidade e temperatura da pele do paciente, ela
consegue detectar níveis de açúcar no sangue e, em caso de anomalia, envia um
alerta para usuários cadastrados, como o pai ou acompanhante. A ideia é ajudar
crianças, idosos e pessoas que nem sempre conseguem pedir ajuda.
O sistema foi criado no
Laboratório de Tecnologia e Inovação da universidade. Ele demorou cinco anos
para ficar pronto. No começo, eram usados processadores grandes e pesados. O
trabalho foi evoluindo até colocar todas as informações necessárias em um
conjunto de chips para que a pulseira fique confortável no braço do paciente.
Com 24 anos de convivência com o
diabetes, o aposentado Hélio Valente é um dos voluntários que aceitou
participar do projeto. “A maioria dos episódios, hoje, eu consigo perceber.
Mas, uma ocasião eu não percebi. Eu estava dirigindo e desmaiei. Por sorte eu
estava acompanhado da minha esposa e a gente conseguiu socorro rapidamente”,
disse.
Voluntário experimenta pulseira
que permite monitorar níveis de diabetes (Foto: TV Globo/Reprodução) Voluntário
experimenta pulseira que permite monitorar níveis de diabetes (Foto: TV
Globo/Reprodução)
Voluntário experimenta pulseira
que permite monitorar níveis de diabetes (Foto: TV Globo/Reprodução)
Em fase final de teste, o projeto
recebeu apoio de uma grande indústria de tecnologia. Ele já recebeu 300 pedidos
de encomendas na internet. A ideia inicial partiu de uma aluna de engenharia
elétrica da UnB no Gama. Ela se formou, mas a universidade patenteou a
tecnologia e continuou levando a proposta à frente.
Segundo a professora Suélia
Fleury, em um ano o equipamento deve estar disponível no mercado. “Todo o
material, todo o equipamento, toda inovação gerada para a saúde requer vários
cuidados que fazem parte do protocolo. Esse protocolo está sendo seguido. A
gente já está na etapa final”, afirmou.
Paciente faz teste de glicemia no
dedo para medir níveis de açúcar (Foto: Adilson dos Santos/Ascom Quissamã)
Paciente faz teste de glicemia no dedo para medir níveis de açúcar (Foto:
Adilson dos Santos/Ascom Quissamã)
Paciente faz teste de glicemia no
dedo para medir níveis de açúcar (Foto: Adilson dos Santos/Ascom Quissamã)
Diabetes
O Brasil, segundo a Sociedade
Brasileira de Diabetes, é o quarto país do mundo com maior prevalência da
doença. A doença mata uma pessoa a cada 13 segundos no mundo. Estima-se que
haja cerca de 14 milhões de diabéticos no país, ou 12% da população adulta. O
DF conta com cerca de 150 mil pessoas com diagnóstico de diabetes.
A do tipo 1 corresponde a mais ou
menos 10% dos casos e atinge principalmente crianças e adolescentes. Neste
tipo, sintomas como sede, excesso de urina e cansaço são comuns.
Já os outros 90% dos casos são de
diabetes tipo 2. Atinge, normalmente, pessoas com mais de 40 anos e está
relacionada à obesidade e sedentarismo. Mas, diferentemente do que ocorre no
tipo 1, as pessoas que sofrem de diabetes tipo 2 não costumam apresentar
sintomas.
Saiba como identificar se você
tem risco de desenvolver diabetes
Se bem controlada, ela não
prejudica a qualidade de vida do paciente; porém, se não houver o controle
adequado, o diabético pode ter riscos de problemas na visão, nos pés e também
nos rins, nervos e coração, como alertaram o endocrinologista Alfredo Halpern e
o oftalmologista Emerson Castro do programa Bem Estar.
Em relação à visão, o risco
aumenta porque a diabetes provoca alterações nos vasos do corpo e, no caso dos
vasos dos olhos, que são bem pequenos, pode causar também pequenos furos que
dificultam a irrigação de certas áreas, o que leva à retinopatia diabética, uma
das principais causas de cegueira.
DISTRITO FEDERAL
UNB
G1 DF
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