Projeto “Composteira na Minha Cidade” acompanhou famílias do município que toparam reduzir a produção de lixo orgânico
Em Sertãozinho, um projeto-piloto para destinação
sustentável do lixo orgânico conseguiu diminuir em mais de 10 vezes a
produção deste tipo de lixo. O Projeto “Composteira na Minha Cidade” é
fruto da parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente do município e de
duas ONG’s Agir Ambiental e Florespi, e visa à conscientização sobre o
reaproveitamento de resíduos orgânicos, transformando-os em adubos
sólidos e líquidos, ocasionando a redução de material orgânico que é
descartado e enviado para a coleta domiciliar e aterros sanitários.
A experiência aconteceu durante o ano de 2016, mas teve os resultados
divulgados na última semana. Durante o período de dois meses, as 13
famílias que aceitaram participar da atividade foram assessoradas pelas
ONGs. Cada uma delas recebeu um kit contendo uma composteira e
utensílios para auxiliar a manutenção do trabalho de reaproveitamento
dos resíduos, como baldes e pás.
Durante os dois primeiros meses do Projeto, as 13 famílias
participantes produziram 282,5 kg de resíduos orgânicos, uma média de
0,3 kg de resíduos por pessoa ao dia. E na comparação com uma família
que não utiliza a composteira, o resultado é emblemático:
Enquanto uma família de cinco pessoas, que utiliza o método, gerou
4,89 kg de resíduos orgânicos em 60 dias, outra família composta por
somente 2 pessoas gerou 56,2 kg. Os produtos despejados na composteira
eram restos de alimentos, cascas de frutas, borras de café e guardanapos
e papel toalha já utilizado.
“As famílias dedicam apenas 30 minutos por semana aos cuidados com a
composteira, com o envolvimento de vários de seus membros, o que gera
uma união em torno da tarefa. O desperdício também é um fator sobre o
qual as famílias participantes puderam refletir durante o processo”,
analisou o diretor do Departamento de Gestão de Resíduos Sólidos,
Aluísio Edson Moraes Júnior.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alexandre Ribeiro
Gomes, destacou a importância da prática em várias frentes, já que ele
ajuda, inclusive, na diminuição dos gastos do município, caso seja
ampliado, na coleta de lixo, por exemplo. “A prática leva o cidadão a
abandonar o discurso e praticar a sustentabilidade de fato. Além disso,
temos vários outros pontos positivos, com destaque para a redução da
quantidade de resíduos orgânicos direcionados aos aterros sanitários de
forma desnecessária, que gera economia ao município”, afirmou.
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Por Redação Revide
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