A diferença entre árabes e muçulmanos acontece porque um termo se refere a um tronco etnolinguístico, ao passo que o outro faz referência a uma religião.
Muitas pessoas, ao ouvirem as expressões
“árabe”, “muçulmano” ou “islâmico”, pensam que se trata de uma mesma
coisa. Isso faz parte de um problema que atinge não apenas os povos
ligados a esses termos, mas também várias culturas, o que está ligado ao
hábito que grande parte das pessoas tem de construir preconceitos a
partir daquilo que pouco conhecem.
Qual é a diferença entre árabes e muçulmanos?
A diferença entre árabes e muçulmanos
está no fato de um termo referir-se a uma composição étnica e o outro
ser o nome dado aos praticantes de uma religião. Embora uma mesma pessoa
possa ser árabe e muçulmana ao mesmo tempo, é importante verificar que
os dois termos são totalmente distintos entre si.
O árabe é um idioma e
também uma composição étnica que possui, em torno de si, uma grande
variedade de troncos etnolinguísticos interligados. Já muçulmano
é o nome dado a quem pratica o Islamismo, a religião fundamentada nos
princípios estabelecidos pelo profeta Maomé. Existem povos, portanto,
que são árabes e não são muçulmanos e existem muitos muçulmanos que não
são árabes.
Estima-se que existam, no norte da
África e no Oriente Médio, cerca de 15 milhões de árabes cristãos,
embora esse número venha diminuindo pela constante batalha religiosa
entre os povos e também pelas emigrações que os cristãos muitas vezes
fazem dessas regiões.
Por outro lado, é interessante observar
que, embora a maioria dos árabes seja muçulmana, o maior país islâmico
existente, em número de adeptos, não é árabe. A Índia, por ser o segundo
país mais populoso do mundo, consegue ter um número de 174 milhões de
muçulmanos, o equivalente a cerca de 16% de sua população, que é
majoritariamente hindu. O segundo colocado, o Paquistão, possui cerca de
165 milhões de islâmicos e também não adota o árabe como idioma
oficial.
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