Pensar
em quanto precisamos da memória para viver intensamente, recordar e aprender
continuamente nos remete a uma série de aspectos que demonstram a sua
importância para a nossa qualidade de vida. No entanto, vivemos cercados de
situações que podem comprometer seriamente a nossa memória, mas normalmente não
nos damos conta disso, percebendo os prejuízos apenas quando a situação já se
agravou.
O
trabalho de Cardoso (1997) “Memória: o
que é e como melhorá-la”, nos oferece subsídios interessantes que para além
de alertar para aspectos que causam prejuízo à memória, orienta metodicamente
como criar estímulos com potencial de virar o jogo e nos proporcionar
benefícios importantes no processo de memorização.
Para
compreender a complexidade do que estamos tratando, ela evidencia que a memória
não está localizada em uma estrutura isolada do cérebro, uma vez que trata-se
de um fenômeno biológico e psicológico que envolve diversos sistemas. Desse
modo, o processo de memorização envolve numerosos elementos interligados que
funcionam como um todo. As sinapses são poderosos estímulos que atuam na nossa
vida como um todo, uma vez que cada vez que aprendemos alguma coisa nossas
células sofrem alterações que se refletem em nosso comportamento.
Vários
aspectos podem trazer prejuízos a memória, como estresse, ansiedade, depressão,
falta de determinadas vitaminas, uso prolongado de tranquilizantes e algumas
doenças. Mas certamente a afirmação da autora que causa maior espanto é a de
que “A vida sedentária, com excesso de preocupações e insatisfações, bem como
uma dieta deficiente, favorece a perda de memória.” Essa informação é um tanto
assustadora se levarmos em conta que grande número dos aspectos considerados
danosos a nossa memória, são parte integrante da nossa vida, não sendo,
portanto, tarefa fácil, simplesmente alterar de modo definitivo determinadas
situações. Um exemplo disso diz respeito ao excesso de preocupações e
insatisfações. Sabemos que por mais que sejamos resilientes e otimistas, e que
mesmo reconhecendo que pré ocupação se refere a uma preocupação prévia, não há
como viver em uma redoma onde não existam tais situações e sentimentos.
Certamente, com relação a tais aspectos a PNL (programação neurolinguística) poderá
ser de grande ajuda para uma mudança de postura diante da vida.
Além
disso, muito há que ser feito para estimular a memória e pensando nisso é
interessante lembrar que você não gasta sua memória, mas melhora quanto mais
usa e, principalmente, com estímulos diferentes. Nesse sentido, podemos pensar
em estratégias simples, que não custam nada e podem fazer toda a diferença na
prática. São exercícios simples que na verdade passam por uma mudança de
atitude em que estimular a mente deverá se tornar um hábito cotidiano.
Buscar
novos interesses, conhecimentos e desafios que saiam da rotina; procurar
lembrar detalhes cotidianos como a roupa que usamos no dia anterior, rememorar
o que fizemos durante o dia, procurar relaxar e divertir-se com jogos que
estimulem a mente, são apenas parte de uma infinidade de possibilidades. Enfim,
existem N estratégias para turbinar a memória que são extremamente
interessantes e certamente trarão benefícios outros para além do que se
pretende a princípio. Lembrando que, por meio de alimentação adequada e
exercícios regulares para a memória, até mesmo o declínio mental que acontece
naturalmente com a idade pode ser controlado.
Podemos
dizer que para manter a mente ativa é essencial sair de atividades automáticas
e saborear a vida, pensando, aprendendo continuamente, circulando atentamente,
e, sobretudo, vivendo intensamente com total discernimento acerca de nossas
ações.
Por Aparecida Cunha
Nenhum comentário:
Postar um comentário