sábado, 25 de julho de 2020

As crises são oportunidades para identificar o que é realmente importante

As crises nos colocam frente a frente com a realidade. Elas deixam o horizonte mais limpo, deixando apenas o que é importante e essencial diante dos nossos olhos. Nosso trabalho é trazer essa clareza de volta às nossas vidas cotidianas.

As crises são oportunidades para identificar o que é realmente importante

A psicologia mostra que a realidade pode condicionar a forma como nos sentimos. No entanto, não o faz no vácuo, pois não somos meros espectadores. Nesse sentido, usamos nossa própria escala pessoal de prioridades subjetivas e individuais para identificar quais são as coisas realmente importantes nesta crise atual. Neste artigo, explicamos por que as crises são oportunidades.

O que há de tão especial nessa atual crise de coronavírus? Para começar, estamos mudando muitas das nossas rotinas. As restrições da quarentena nos forçaram a alterar nossas vidas diárias de maneiras sem precedentes. Tivemos que fazer mudanças em nossas vidas pessoais, familiares, sociais e laborais.

Essas mudanças nos afetam em muitos níveis. Estamos enfrentando cenários que nunca poderíamos ter imaginado. Um exemplo são casais que estavam em processo de separação e que não tiveram escolha a não ser continuar vivendo juntos por tempo indeterminado.

Outro exemplo são as pessoas que acabaram de fazer grandes investimentos e agora se encontram em uma situação financeira delicada – um cenário que é muito pior do que jamais poderiam imaginar.

Muitos outros exemplos surgiram das medidas tomadas devido à COVID-19. Nessas circunstâncias, ser capaz de ver através da névoa e identificar o que é importante é um bom ponto de partida.

O que há de tão especial na atual crise de coronavírus?

As crises são oportunidades

Muitos profissionais de psicologia se apressaram em fornecer orientações e conselhos para ajudar as pessoas a lidar com essa situação da melhor maneira possível. Algumas das melhores recomendações envolvem reestruturar ou reformular nossas rotinas para não cairmos em uma espécie de caos temporário.

Outros também recomendam exercitar-se o máximo possível para combater o estilo de vida sedentário que se tornou tão facilmente estabelecido em nossas vidas. Além disso, outros falam sobre a importância de nos tornarmos conscientes do tipo de pensamentos que temos, do quão frequentes são e de como nos afetam.

Além dessas orientações, é muito importante se tornar consciente da própria situação. Em algum momento, houve alguma discussão sobre as diferenças entre aceitação e resignação. A situação atual é uma boa oportunidade para praticar a aceitação, mas não a resignação.

É sempre bom tentar crescer como pessoa e melhorar o máximo possível, aproveitando o fato de termos mais tempo para ficar em casa. No entanto, também devemos expandir nossos horizontes e procurar novas maneiras de gastar nosso tempo.

Da mesma forma, é bom se permitir ter um dia triste e melancólico ocasionalmente. Dê um passo atrás em seu ritmo frenético de vida e em seus pensamentos obsessivos aprendendo a relaxar, dando-se tempo, meditando, lendo por prazer ou assistindo seus programas de TV favoritos.

É hora de aprender o que é realmente importante

Nos últimos meses, todos nós experimentamos coisas que nunca experimentamos antes. No entanto, nesse mar de emoções e pensamentos conflitantes, podemos escolher como nos sentir e interpretar o que está acontecendo.

E se tentássemos aprender com essa situação? E se avaliássemos o que é realmente importante?

Desde que o confinamento começou, todos nós soubemos de exemplos maravilhosos de solidariedade e espírito de comunidade. Sem perceber, você provavelmente conversou com vizinhos com quem nunca havia conversado antes e até perguntou como eles estavam.

Você também passou a levar a sério o velho clichê de “você não sabe o que tem até perder”. Ainda que valorizasse os abraços dos seus entes queridos, agora eles assumiram uma dimensão totalmente nova.

Amigos se abraçando

Certamente você tinha suas preocupações e dúvidas antes dessa pandemia. No entanto, muitas dessas coisas que o preocupavam agora passaram a ocupar uma posição menos importante nesta lista simbólica.

Agora, queremos saber se nossos irmãos ou irmãs estão bem, se nossos pais estão se cuidando e se nossos parentes mais velhos estão se sentindo sozinhos ou não. Estamos preocupados com os nossos filhos, que estão tendo que ficar em casa por tanto tempo, se estão felizes, estudando e se divertindo.

A revolução de uma vida simples

Se nos tornarmos conscientes do que está acontecendo, tudo isso poderá causar uma grande mudança nas nossas vidas. Todos nós podemos ter a revolução de uma vida simples.

Essa revolução significa que não precisaremos mais do que uma conversa e de algumas risadas para nos sentirmos completos. Apreciaremos o que significa poder sair, aproveitar um dia ensolarado e passear sem restrições. Além disso, desfrutaremos das tardes com a nossa família ou de poder levar nosso cachorro para passear sem restrições de tempo.

Existem muitas revoluções na vida cotidiana, como grandes terremotos ou outras crises que parecem congelar o tempo. No entanto, todas elas são oportunidades para identificar o que é importante na vida e refinar nossa escala de prioridades. Assim, todos nós devemos aprender com essa experiência e perceber que as crises são oportunidades!

Por amenteemaravilhosa.com.br


LIVE SOBRE O LIVRO FELIZ MENTE


No dia 23 de julho fizemos um bate-papo com a participação de Priscila Navarro para falar um pouco sobre o livro Feliz Mente: autoconhecimento e plenitude como escolha de vida. Foi um momento bacana, vale a pena conferir! Assista no IGTV do meu Instagram @aparecidascunha .
 

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Seminário virtual debate impactos globais da pandemia na juventude

Seminário virtual debate impactos globais da pandemia na juventude

Com o tema “Reconstruindo algo melhor para todas as gerações”, foi realizado, nesta quarta-feira (24), um webinário para discutir as transformações globais provocadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e seus impactos na juventude. Convidados e representantes de mais de 70 instituições de países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) participaram do encontro.

O debate abordou as diversas mudanças vividas pelos jovens atualmente. Foram apontados problemas como o acesso sem precedentes à informação, educação e tecnologia e as crescentes desigualdades sociais, que geram incertezas sobre o futuro.

Além disso, foi destacado o papel decisivo da pandemia do COVID-19 no aceleramento das preocupações relacionadas aos fundamentos do bem-estar das gerações futuras.

“O webinário trouxe dados interessantes sobre a juventude ao redor do mundo, resultado de uma pesquisa que analisou o perfil de 42 países. O que mais nos assusta é a preocupação maior com a saúde mental. Isso é mais preocupante que a situação da renda e desemprego”, ressaltou a titular da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), Jayana Nicaretta, representante do Brasil no encontro.

As conclusões da pesquisa mencionada pela gestora serão usadas na construção do Relatório Global sobre Empoderamento da Juventude e Justiça Intergeracional.

Já os dados referentes ao Documento de Política “Juventude e COVID-19: Resposta, Recuperação e Resiliência” - que também ganharam destaque no seminário virtual - serão publicados em breve pela OCDE e disponibilizado pela SNJ nas redes sociais.

Para a secretária, o encontro e as questões levantadas pelos países participantes foram de grande importância no que se refere à construção de políticas públicas para a juventude brasileira.

“Podemos aprender muito nesses seminários, de maneira que possamos pensar em algo para o Brasil baseados em ações que o mundo tem tomado, principalmente os países desenvolvidos”, afirmou.

Por Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Intervenção precoce no autismo

Intervenção precoce no autismo

Você já ouviu falar da intervenção precoce?

Entende-se por intervenção precoce a estimulação terapêutica que ocorre de forma direcionada e é realizada por profissionais especializados, logo que se detectam os sinais do transtorno do espectro do autismo.

Entre eles, destaca-se o Modelo Denver de Intervenção Precoce que utiliza os princípios da Analise do comportamento Aplicada e que contribui para o desenvolvimento de crianças diagnosticadas com TEA. Esse modelo tem o objetivo de desenvolver e aprimorar as habilidades sociais e da linguagem das crianças de forma lúdica. Por isso, o modelo faz com que as crianças encontrem ferramentas para explorar e desfrutar o mundo de forma mais eficiente por meio de brincadeiras. É uma forma de estimular a capacidade de aprendizagem.

O modelo Denver foi comprovadamente eficaz com crianças de até 05 anos de idade e foi desenvolvido após 20 anos de estudo e pesquisa.  Por meio desse modelo, a criança desenvolve as habilidades de comunicação, ganha competências sociais, aumenta o desenvolvimento cognitivo, as habilidades motoras e melhora os comportamentos.

Quanto mais cedo ocorrer a intervenção, maiores serão os benefícios para as crianças com autismo.

Quando a intervenção é iniciada logo nos primeiros anos de vida ou pouco tempo após ser feito o diagnóstico, os ganhos ao nível do desenvolvimento são maiores e a probabilidade de manifestarem outros problemas é menor. Isso porque aumenta o potencial de desenvolvimento da criança.

Plasticidade cerebral

Além disso, como o cérebro das crianças ainda está em processo de amadurecimento, há maiores ganhos terapêuticos e ocorre melhora significativa no quadro geral da criança.

Por isso, ao se intervir o mais cedo possível, maiores serão as chances de melhora na linguagem, na adequação dos comportamentos e do desenvolvimento de habilidades sociais.

É necessário que essa estimulação seja feita e acompanhada por especialistas, a fim de detectar e prevenir esses atrasos. A intervenção precoce exige um atendimento multidisciplinar, ou seja, que incluam se profissionais de várias áreas como fisioterapeutas, psicólogos, médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros especialistas. 

A intervenção precoce é fundamental para o sucesso na comunicação, socialização, coordenação motora e outros aspectos do crescimento das crianças com autismo.  Diversas pesquisas demonstraram que a aprendizagem e desenvolvimento da criança ocorrem mais rapidamente na idade pré-escolar.

Por isso, a intervenção precoce ajuda que as crianças com autismo não percam a oportunidade de se desenvolver e de aprender, assim como as demais crianças. 

Por exemplo, problemas de comunicação são sintomas comuns que podem causar acessos de raiva e outros comportamentos. Se as crianças não conseguem comunicar as suas necessidades ou entender os outros, elas se expressam ou chamam a atenção com um comportamento inadequado.

Com a intervenção precoce, eles aprendem a se comunicar efetivamente o mais cedo possível, o que melhora alguns comportamentos desde cedo.

Um bom programa de intervenção precoce avalia os aspectos relevantes do ambiente, estimula as interações sociais, incluindo brincadeiras apropriadas para a idade e estimulam as atividades do dia a dia.

Vale lembrar que o envolvimento e participação dos pais são muito importantes porque é no ambiente domiciliar que a criança passa a maior parte do tempo e recebe muitos estímulos.

Para ter sucesso, a intervenção precoce precisa ser individualizada, ou seja, ser elaborada de acordo com a necessidade de cada criança, pois cada um responde de maneira diferente às intervenções, por isso, não há um modelo de programa único que será adequado para todas as crianças.

O plano de intervenção precoce também precisa ter um objetivo específico, identificar os comportamentos que precisam ser melhorados e trabalhados em cada caso. Além de incluir estratégias para ajudar a criança a aprender novas habilidades e a usá-las em diferentes contextos.

Para ter os resultados esperados, os profissionais devem fazer uma avaliação regular sobre o desenvolvimento da criança e avaliar a progressão do desenvolvimento.

Por Dra. Fabiele Russo/NeuroConecta

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Literatura ganha força com produção de conteúdo pela Internet

Bel Rodrigues tem um canal no YouTube que discute literatura e criminalidade | Foto: Reprodução / Instagram / CP

 No Youtube, diversos booktubers aprofundam interesse nos livros


Um livro faz com que o leitor viaje com uma história, se emocione, dê risada e tenha sentimentos pelos personagens. Quando terminada a leitura, muita gente corre até um amigo ou parente, que também tenha lido, para trocar ideia sobre o assunto. É muito gostoso para o leitor ter outras pessoas que também tenham lido o livro e comentem as histórias, entrando ainda mais no universo lúdico da literatura, que muitas vezes atravessam gerações. Afinal, até hoje todo mundo que conhece Dom Casmurro tem a sua opinião sobre a famosa pergunta: Capitu traiu ou não Bentinho?

Hoje em dia, com as redes sociais, viajar no universo da literatura ficou ainda mais fácil. Amanda Bormida, criadora do Instagram @estanteaoluar, faz resumos de livros no perfil e conta que começou o projeto pois não tinha muitas pessoas para compartilhar ideias e sentimentos sobre os livros que lia, e por meio da plataforma teve essa oportunidade.

“Sempre tive uma afinidade muito grande com livros, e através da página isso se fortaleceu, pois ver publicações com opiniões sobre as mesmas obras que me interesso, traz um sentimento de união, de que haviam pessoas com as mesmas ideias e pensamentos que eu sobre determinados assuntos”, declarou.

Natália Marcelino também produz conteúdo literário em seu perfil no Instagram (@leiturasdanat), criado em 2015. Além de escrever resenhas, Natália compartilha indicações de autores e métodos de leitura com seus seguidores que, hoje, são mais de 23 mil.

Ela conta que a motivação para criar o perfil foi o desejo de dividir suas experiências literárias e, assim, fazer com que outras pessoas também sintam vontade de ler. “Recebo muitos feedbacks de pessoas que voltaram a ler, que descobriram novos gêneros e autores. No Brasil ainda há muitas barreiras com a leitura, então fico muito feliz em saber que, de alguma forma, contribuo para aumentar o número de leitores”, explicou.
YouTube

Nesse momento de isolamento social em função do novo coronavírus, além do Instagram, o Youtube também é uma ótima plataforma para aqueles que querem se aprofundar ainda mais nas histórias. Diversos youtubers, também chamados de booktubers, falam sobre literatura.

Um exemplo disso é o canal da Bel Rodrigues, que traz assuntos como livros, cinema e criminologia. É muito interessante vermos os diferentes gêneros literários que trazem os canais, incentivando o leitor a explorar cada vez mais todos os tipos de temas que o livro pode proporcionar.

Uma das temáticas que Bel aborda é a Segunda Guerra Mundial, e fala sobre livros como “O Diário de Anne Frank” e “Os Fornos de Hitler”. Além da literatura, ela traz outras histórias sobre os temas que aborda em seu canal, como o relato de sua visita ao Campo de Concentração de Sachsenhausen, na Alemanha.

Assim como Bel, Jéssica Ribeiro também optou pela plataforma do YouTube. No canal “Jella em Prosa”, criado em 2015, ela compartilha suas experiências no universo dos livros. Jéssica explica que entrou no BookTube, como é conhecida a comunidade literária na plataforma, pela vontade de falar sobre literatura.

Produzir os vídeos de maneira divertida e despretensiosa fez com que a paixão pelos livros aumentasse. Assim, tomou a decisão de estudar literatura para falar do assunto com mais propriedade. Jéssica conta que recebeu muitos retornos de pessoas que acompanhavam seu canal e decidiram conhecer histórias e livros específicos devido aos seus comentários.

“É muito curioso e muito legal fazer parte do processo de formação leitora de alguém, e digo isso não somente como produtora, mas também como leitora, porque consumo muito esses conteúdos”.

Jéssica destaca a importância da troca de experiências entre leitores na plataforma de vídeos. “A quantidade de pessoas com quem eu posso falar sobre literatura é a coisa pela qual eu mais sou grata dentro da experiência de ter um canal literário”.

Viajar nesse universo é uma alternativa para quem busca distração, principalmente em dias de quarentena. Os produtores de conteúdos literários apresentam, em diversos formatos, análises e indicações para incentivar e despertar a paixão pelos livros.

Por Carol Steques e Camila Souza no Correio do Povo; *Sob supervisão de Luiz Gonzaga Lopes/www.livrosepessoas.com

MEC diz que resultado do Sisu sairá amanhã

Sala de aula

Mais de 800 mil candidatos disputam 51.924 mil vagas

Em todo país, mais de 814 mil estudantes estão na expectativa pelo resultado da primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que sai amanhã (14). 

Segundo o Ministério da Educação (MEC), mais de 50% desses estudantes - 424.991 mil - disputam 51.924 mil vagas ofertadas em 57 instituições públicas de educação superior do país. O período para matrícula da chamada regular será de 16 a 21 de julho.

Pela primeira vez, além dos cursos de graduação presenciais, o Sisu vai ofertar vagas na modalidade a distância (EaD). Além de terem feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019, os interessados não podem ter zerado a redação. Estudantes que fizeram o exame na condição de treineiros também não podem participar.

Seleção

Segundo o Ministério da Educação, o Sisu foi desenvolvido para selecionar os candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior que usarão a nota do Enem como única fase de seu processo seletivo.

De acordo com o edital do Sisu, a ordem dos critérios para a classificação de candidatos é a seguinte: maior nota na redação, maior nota na prova de linguagem, códigos e suas tecnologias; maior nota na prova de matemática e suas tecnologias; maior nota na prova de ciências da natureza e suas tecnologias e maior nota na prova de ciências humanas e suas tecnologias.

Lista de espera

O candidato que não foi selecionado em uma das duas opções, em primeira chamada, deverá manifestar seu interesse em participar da lista de espera, por meio da página do Sisu na internet, entre os dias 14 e 21 de julho. 

A partir daí, basta acompanhar as convocações feitas pelas instituições para preenchimento das vagas em lista de espera, observando prazos, procedimentos e documentos exigidos para matrícula ou para registro acadêmico, estabelecidos em edital próprio da instituição, inclusive horários e locais de atendimento por ela definidos. 

     

Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília/ Edição: Kleber Sampaio


quarta-feira, 1 de julho de 2020

Ensino híbrido: o que é e como pode ser usado na escola

O modelo de ensino tradicional nas escolas é criticado há anos por diversos especialistas na área, seja pelas metodologias aplicadas (que são sempre as mesmas), seja por incentivar os alunos a decorar matérias em vez de fazê-los entender todo o contexto das disciplinas. Por isso, novas formas de trabalhar o aprendizado em sala de aula têm sido utilizadas. Uma delas é o ensino híbrido.

Essas metodologias podem potencializar o aprendizado dos alunos, além de gerar um diferencial competitivo. Incentivar uma maior flexibilidade de ambientes e de horários para estudar, por exemplo, capacita a pessoa a aprimorar sua disciplina e aumentar seu rendimento e sua produtividade.

Neste post, vamos mostrar o que é o ensino híbrido e como ele pode ser usado nas escolas. Confira!

O que é ensino híbrido?

O ensino híbrido é uma das maiores tendências da educação no século XXI. Essa nova metodologia tem como objetivo aliar métodos de aprendizado online e presencial. Atualmente, vivemos em uma época na qual as crianças estão começando a utilizar tecnologias e a ter contato com computadores, smartphones, tablets, entre outros, cada vez mais cedo.

Por isso, é fundamental que as instituições busquem utilizar essas ferramentas online com o objetivo de potencializar o ensino das pessoas. Esse é um processo contínuo de aprendizado em que é preciso trabalhar os métodos online e offline em conjunto. O ensino híbrido é responsável por captar o que existe de bom em cada ambiente para potencializar a experiência educativa.

Porém, é essencial estar ciente de que essa metodologia não se resume a apenas colocar computadores e novas tecnologias na frente das crianças. É preciso aplicar algumas técnicas e manter os alunos sempre sob a supervisão de um profissional. O ensino híbrido incentiva as instituições a refletirem sobre a organização das salas de aula, o planejamento pedagógico, entre outros aspectos.

Quais são as vantagens dessa metodologia?

Que os alunos permaneçam tendo contato com outros colegas de sala de aula e professores ainda é bastante relevante, contudo eles podem ter uma maior flexibilidade de ambiente e de tempo para estudar. Por isso, uma das principais vantagens do ensino híbrido é permitir que os estudantes tenham essa liberdade de aprendizado e se afastem cada vez mais do ensino rotineiro e tradicional.

Criar um ambiente virtual especialmente para que o estudante desenvolva as atividades e pesquisas propostas é vantajoso para que a rotina de estudos tradicional, de tempo e de ritmo tenha mais controle. Quando estiverem em um ambiente de ensino presencial, como uma sala de aula, os alunos vão atender às propostas educacionais de seus professores.

Cada vez mais, os novos métodos de ensino têm proporcionado mais autonomia aos estudantes. E uma das grandes vantagens de um ambiente virtual composto por um ensino híbrido é dar a oportunidade de a pessoa tomar suas decisões sobre os componentes do estudo.

Com ele, o aluno pode decidir se o melhor lugar para potencializar seu aprendizado é no laboratório de informática, na biblioteca do colégio, na sala de casa ou no próprio quarto, por exemplo. A vantagem desse método é fazer com que o estudante consiga coordenar suas próprias tarefas diárias e aprimorar sua disciplina.

Como os professores podem aplicar o ensino híbrido?

O principal passo para que um professor possa aplicar o ensino híbrido no aprendizado de um aluno é planejar muito bem a aula. Existem diversas técnicas nesse tipo de metodologia que os profissionais das instituições de ensino podem desenvolver com os alunos para que eles consigam incrementar sua organização e absorver melhor todos os ensinamentos.

Uma das aplicações mais disseminadas desse tipo de ensino é a aprendizagem baseada em problemas —o que, em inglês, é popularmente conhecido como problem based learning. Nessa técnica, o professor vai propor um desafio ou pergunta desafiadora, e os alunos terão uma aula baseada em uma pesquisa em grupo para traduzir o desafio.

Essa pergunta desafiadora ou desafio será fragmentado em pedaços menores no início da atividade. Com isso, os alunos vão listar todos os seus conhecimentos sobre o tema e expressar, por escrito, o problema que precisa ser solucionado.

Por meio de pesquisas guiadas pelo professor, os estudantes vão tentando decifrar o desafio por tentativa e erro. Algumas ações necessárias para realizar esse teste envolvem entrevistas com profissionais e especialistas, leitura de pesquisas e textos sobre o assunto, coleta de materiais, entre outros. A solução encontrada deve ser apresentada com a pesquisa e todo o processo.

Como essa metodologia influencia a aprendizagem do aluno?

Uma das grandes críticas ao sistema de ensino tradicional é o fato de muitos estudantes não conseguirem acompanhar o ritmo das aulas. A grande influência do ensino híbrido na aprendizagem é justamente ter a capacidade de se ajustar à velocidade de cada um — recurso que as aulas tradicionais e presenciais muitas vezes não conseguem.

Essa metodologia influencia diretamente a potencialização do aprendizado dos alunos. Por terem maior flexibilidade em relação aos horários e às programações de estudo, eles podem absorver e adquirir ainda mais disciplina com suas tarefas.

Quais são os métodos mais utilizados de ensino híbrido?

Sala de aula invertida

O conceito de sala de aula invertida requer muita disciplina dos alunos. Ela consiste em estudar a teoria de uma disciplina em casa, no ambiente virtual. Em seguida, organiza-se discussões, dinâmicas de grupo e realizações de diversas atividades no ambiente físico da escola. Considerando que o estudante já teve contato com a disciplina em casa, seu desempenho será potencializado.

Rotação de laboratório

A rotação de laboratório é um método que consiste na divisão da sala de aula em dois grupos, em que um deles é incumbido de realizar diversas tarefas em um ambiente virtual e o outro em um ambiente offline. Essa rotação ocorre por um período de tempo e, em seguida, os grupos se invertem. O método exige a utilização de laboratórios de informática e de ciências, salas de aula, entre outros.

Rotação por estações

Nesse método, o ambiente offline é dividido em diversas estações que precisam ter atividades independentes umas das outras. Porém, pelo menos uma delas precisa ter ferramentas ligadas à internet para a realização das tarefas. Após um período de tempo, os alunos vão rodando entre as estações.

Rotação individual

A rotação individual basicamente é um roteiro criado pelos professores especificamente para cada aluno. No entanto, o grande objetivo dele é fazer com que o estudante passe pelas estações mais importantes para suprir suas principais necessidades e dificuldades.

Potencializar o aprendizado não é uma tarefa fácil, mas é um dos principais objetivos do ensino híbrido. O modelo tradicional de ensino precisa de técnicas e metodologias inovadoras e ligadas à tecnologia. Vivemos em um período em que novas ferramentas surgem a cada dia, e as instituições já começam a perceber que podem utilizar isso a favor do ensino. Por meio de técnicas como a rotação individual e por estações, é possível extrair o máximo da capacidade de um aluno.

Por Darcy Furquim/Escolas Disruptivas