domingo, 31 de março de 2019

Livro com histórias de jornalistas relata episódios inusitados

Livro Memórias da Imprensa Escrita, de Aziz Ahmed.
“O Brasil não é um país sério” é uma frase que sempre foi atribuída ao ex-presidente da França Charles de Gaulle, mas o jornalista Aziz Ahmed garante que esta é uma das maiores fake news do jornalismo brasileiro. No recém-lançado livro “Memórias da imprensa escrita”, Ahmed publica esta e outras histórias, contadas por 26 jornalistas que comandaram as principais redações dos jornais cariocas na segunda metade do século passado.
Época em que Rio de Janeiro era capital federal, quando os jornalistas nem sonhavam com um mundo digital e as redações pensavam apenas em levar notícias fresquinhas assim que o dia começasse. As histórias são muitas, como a de uma que a polícia acabou com uma recepção ao presidente americano John Kennedy, após a denúncia de um vizinho que reclamou do barulho.
Nas 316 páginas do livro, estão episódios do cotidiano de redações de O Globo, Últimas Hora, Jornal do Brasil, Correio da Manhã. Contadas por mestres como Ricardo Boechat (morto em fevereiro deste ano em um acidente de helicóptero), os imortais Arnaldo Niskier e Cícero Sandroni, Pery Cotta, Henrique Caban e Aluizio Maranhão, entre outros.
Cada capítulo mostra um pouco dos bastidores e da sagacidade dos grandes editores da época. Milton Coelho da Graça, quando era editor chefe de O Globo, nos anos 1980, sempre consultava o contínuo Cigarrinho (um mulato alto, sempre com um cigarro no canto da boca) sobre as manchetes da primeira página do dia seguinte. “Seu Milton. Esta manchete não vai vender lá na Baixada. O povo de lá não vai entender nada disto”, sentenciava.

Bastidores

Na época colunista, Boechat conta que recebeu a notícia de que a apresentadora Xuxa estava grávida em uma tarde de sábado, durante a sua pelada semanal com amigos. E acreditou que podia guardar o “furo” até a edição de segunda-feira. No domingo, segundo ele, assistiu perplexo a Fausto Silva, o Faustão, dar a notícia em seu programa dominical.
A capa é assinada pelo desenhista Marcelo Monteiro, que desde 1962 faz ilustrações no jornal carioca O Globo. E a tipologia impressa é a mesma das antigas máquinas de escrever.
Apesar de toda nostalgia, “Memórias da imprensa escrita” se rende ao mundo digital. Ao final de cada capítulo, um QR-Code apresenta ao leitor um vídeo com o jornalista entrevistado. O aplicativo, explica o autor, também será usado para possíveis atualizações bibliográficas.

Histórico

Aos 80 anos, Aziz Ahmed começou no jornalismo em 1961 e passou pelas redações do Correio da Manhã, O Globo e Jornal do Commercio. Lecionou em universidades e foi chefe da Comunicação Social da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Em tempo: o contínuo do jornal O Globo, o Cigarrinho, deixou a redação e foi trabalhar na assessoria de uma prefeitura em um município da Baixada Fluminense.
Por Mario Toledo – Da Agência Brasil/Edição: Maria Claudia

quinta-feira, 28 de março de 2019

Memória: desafios para manter ativa e potente a faculdade de conservar nossas lembranças.



     
    
          Pensar em quanto precisamos da memória para viver intensamente, recordar e aprender continuamente nos remete a uma série de aspectos que demonstram a sua importância para a nossa qualidade de vida. No entanto, vivemos cercados de situações que podem comprometer seriamente a nossa memória, mas normalmente não nos damos conta disso, percebendo os prejuízos apenas quando a situação já se agravou.
        O trabalho de Cardoso (1997) “Memória: o que é e como melhorá-la”, nos oferece subsídios interessantes que para além de alertar para aspectos que causam prejuízo à memória, orienta metodicamente como criar estímulos com potencial de virar o jogo e nos proporcionar benefícios importantes no processo de memorização.
        Para compreender a complexidade do que estamos tratando, ela evidencia que a memória não está localizada em uma estrutura isolada do cérebro, uma vez que trata-se de um fenômeno biológico e psicológico que envolve diversos sistemas. Desse modo, o processo de memorização envolve numerosos elementos interligados que funcionam como um todo. As sinapses são poderosos estímulos que atuam na nossa vida como um todo, uma vez que cada vez que aprendemos alguma coisa nossas células sofrem alterações que se refletem em nosso comportamento.
      Vários aspectos podem trazer prejuízos a memória, como estresse, ansiedade, depressão, falta de determinadas vitaminas, uso prolongado de tranquilizantes e algumas doenças. Mas certamente a afirmação da autora que causa maior espanto é a de que “A vida sedentária, com excesso de preocupações e insatisfações, bem como uma dieta deficiente, favorece a perda de memória.” Essa informação é um tanto assustadora se levarmos em conta que grande número dos aspectos considerados danosos a nossa memória, são parte integrante da nossa vida, não sendo, portanto, tarefa fácil, simplesmente alterar de modo definitivo determinadas situações. Um exemplo disso diz respeito ao excesso de preocupações e insatisfações. Sabemos que por mais que sejamos resilientes e otimistas, e que mesmo reconhecendo que pré ocupação se refere a uma preocupação prévia, não há como viver em uma redoma onde não existam tais situações e sentimentos. Certamente, com relação a tais aspectos a PNL (programação neurolinguística) poderá ser de grande ajuda para uma mudança de postura diante da vida.
      Além disso, muito há que ser feito para estimular a memória e pensando nisso é interessante lembrar que você não gasta sua memória, mas melhora quanto mais usa e, principalmente, com estímulos diferentes. Nesse sentido, podemos pensar em estratégias simples, que não custam nada e podem fazer toda a diferença na prática. São exercícios simples que na verdade passam por uma mudança de atitude em que estimular a mente deverá se tornar um hábito cotidiano.
         Buscar novos interesses, conhecimentos e desafios que saiam da rotina; procurar lembrar detalhes cotidianos como a roupa que usamos no dia anterior, rememorar o que fizemos durante o dia, procurar relaxar e divertir-se com jogos que estimulem a mente, são apenas parte de uma infinidade de possibilidades. Enfim, existem N estratégias para turbinar a memória que são extremamente interessantes e certamente trarão benefícios outros para além do que se pretende a princípio. Lembrando que, por meio de alimentação adequada e exercícios regulares para a memória, até mesmo o declínio mental que acontece naturalmente com a idade pode ser controlado.
     Podemos dizer que para manter a mente ativa é essencial sair de atividades automáticas e saborear a vida, pensando, aprendendo continuamente, circulando atentamente, e, sobretudo, vivendo intensamente com total discernimento acerca de nossas ações.

Por Aparecida Cunha

Seminário de Pesquisa recebe propostas de atividades

A organização do Seminário de Pesquisa do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (SPCCSA), da UFRN, está com inscrições abertas, até o dia 15 de abril, para envio de propostas de oficinas, minicursos e mesas-redondas que farão parte do evento, como também de trabalhos a serem apresentados.

Professores, técnicos e profissionais de qualquer instituição de ensino podem enviar sugestões. Os interessados devem acessar o site www.seminario.ccsa.ufrn.br, se cadastrarem no sistema e no seminário, para depois, enviar suas propostas. Os organizadores de atividades serão isentos da taxa de inscrição do evento.

Estudantes e pesquisadores de todo país também podem enviar trabalhos que serão apresentados durante o seminário. A taxa de inscrição é de R$ 20 para estudantes e R$ 40 para professores, técnicos e demais pesquisadores e profissionais.

O Seminário acontece entre os dias 27 e 31 de maio. Outras informações podem ser consultadas no site do seminário, pelo e-mail suporteseminarioccsa@ccsa.ufrn.br ou na Secretaria, que atende pelo 3342-2288 (Ramal 352) e ainda pessoalmente, na sala 2 do Nepsa II.
Por Boletim Diário da UFRN

quarta-feira, 27 de março de 2019

Diferença entre medo e fobia

A diferença entre medo e fobia está, principalmente, na intensidade em que as emoções expressam-se. A fobia destaca-se por ser um medo desproporcional e irracional.
O medo é uma emoção comum e está relacionado diretamente com nossa sobrevivência.
Medo e fobia são situações distintas que não podem ser confundidas. O medo é uma emoção importante que nos faz evitar situações que possam nos causar danos, enquanto a fobia é um medo desproporcional que pode afetar de forma significativa a vida do indivíduo.

→ O que é medo?

O medo é apresentado por várias espécies de animais, incluindo os seres humanos. É uma emoção extremamente importante, pois evita que fiquemos expostos a situações de risco. Evitando o perigo, garantimos nossa sobrevivência, portanto, o medo é um mecanismo de proteção.
O medo pode acontecer em algumas situações do dia a dia, como falar em público. Os medos são normais e transitórios e ocorrem comumente nas pessoas, sem causar sérios danos a elas. Medos desproporcionais e intensos que impedem a vida normal de um indivíduo podem ser um caso de fobia.

→ O que é fobia?

A fobia acontece quando temos um medo exagerado e desproporcional diante de determinada situação ou objeto. Geralmente, o indivíduo que apresenta fobia tende a evitar as situações as quais teme, causando prejuízo considerável em sua vida, como evitar locais ou eventos por medo de enfrentar o que se teme. De uma maneira geral, pessoas que têm fobiaconsideram uma situação muito mais ameaçadora do que ela realmente é.
Leia também: Nomes de fobias
Entre os grupos de fobia, temos as fobias específicas, as fobias sociais e as agorafobias. As fobias específicas são aquelas que possuem um estímulo bem definido e podem ser classificadas de acordo com ele: fobia de animais (medo exagerado de aranha), fobia de ambientes naturais(medo exagerado de tempestades), fobia de sangue-injeção-ferimentos (medo exagerado de procedimentos médicos), fobia situacional (medo exagerado de locais fechados) e outros (medo exagerado de personagens vestidos de fantasia).
A chamada fobia social é aquela em que um indivíduo apresenta medo acentuado de situações nas quais possa ser exposto e julgado ou avaliado por outras pessoas. Apresentar um trabalho em frente a uma sala de aula, por exemplo, pode trazer grande ansiedade para o indivíduo, que, muitas vezes, prefere evitar a situação.
Temos ainda a agorafobia, que é o medo excessivo do indivíduo em relação a algumas situações com receio de que algo ruim aconteça, e ele não consiga fugir ou obter auxílio. Nesses casos, o indivíduo apresenta medo diante de duas ou mais das seguintes situações: usar transporte público, permanecer em espaços abertos, permanecer em locais fechados, permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão, sair de casa sozinho.
As fobias podem nos fazer evitar certas situações. Pessoas que possuem fobia de injeções, por exemplo, evitam ir ao médico.
As fobias podem nos fazer evitar certas situações. Pessoas que possuem fobia de injeções, por exemplo, evitam ir ao médico.

→ Medo e fobia

Vemos, portanto, que o medo é um sentimento normal que não causa danos à vida do indivíduo e está relacionado com nossa sobrevivência. Já a fobia caracteriza-se por ser um medo desproporcional que afeta significativamente a vida de um indivíduo, que passa a evitar muitas situações as quais teme.
Não podemos nos esquecer ainda de que existem os chamados ataques de pânico, os quais se diferenciam do medo e da fobia e caracterizam-se por serem recorrentes e inesperados. De acordo com o “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentaisum ataque de pânico seria um surto de medo intenso que combina quatro ou mais dos seguintes sintomas:
1. palpitações, coração acelerado, taquicardia;
2. sudorese;
3. tremores ou abalos;
4. sensações de falta de ar ou de sufocamento;
5. sensações de asfixia;
6. dor ou desconforto torácico;
7. náusea ou desconforto abdominal;
8. sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;
9. calafrios ou ondas de calor;
10. anestesia ou sensações de formigamento;
11. sensações de irrealidade ou sensação de estar distanciado de si mesmo;
12. medo de perder o controle ou de “enlouquecer”;
13. medo de morrer.

Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos/Brasil Escola

Conheça o tubarão robótico que promete ajudar a coletar o lixo dos oceanos


Todos os anos, cerca de 8 milhões de toneladas de plástico são lançadas nos oceanos. A situação fica ainda mais dramática pelo fato de que todo esse plástico flutuante faz com que os peixes e a vida marinha confundam isso com comida, prejudicando a sua saúde. E ainda que alguns animais marinhos não comam o lixo, uma variedade de produtos químicos tóxicos são liberados à medida que o plástico se decompõe lentamente ao longo de muitos anos, causando uma destruição generalizada. Por isso, algumas pessoas se dedicaram a desenvolver dispositivos capazes de ajudar a coletar parte desse plástico, sendo um “tubarão robótico” a invenção mais nova nesse sentido.
O WasteShark foi desenvolvido pela empresa holandesa RanMarine que decidiu criá-lo como parte de um programa de conscientização para a importância da limpeza dos oceanos. Modelado a partir de um tubarão-baleia, o WasteShark tem uma grande “boca aberta” que é usada para coletar o plástico flutuante que depois é levado de volta para a costa, onde ele pode ser descartado com segurança, seja por reciclagem ou por aterro. O WasteShark é totalmente movido a bateria e não emite nenhum tipo de poluição. Ele pode trabalhar por 8 horas seguidas e coletar até 60 kg de lixo por viagem. Operá-lo por um ano inteiro removeria cerca de 15,6 toneladas de lixo, uma parcela pequena se comparada a todo o plástico do oceano que precisamos limpar, mas mesmo assim já seria um bom começo.
O tubarão robótico pode ser configurado em um modo autônomo, onde ele basicamente segue um caminho predefinido por GPS e coleta todo o plástico descoberto ao longo do caminho. No entanto, ele também pode ser controlado remotamente por um operador através de um controle de Xbox. O robô também pode captar amostras da qualidade da água ao longo do caminho para serem usadas em estudos posteriores.
O WasteShark foi lançado recentemente na costa de Devon, no Reino Unido, de acordo com o site The Independent, e atualmente existem 5 deles operando em todo o mundo. Obviamente, precisamos de muito mais do que apenas 5 desses tubarões robóticos se quisermos limpar os oceanos, mas certamente isso já é um avanço.
Por Rômulo Silva/Tricurioso

terça-feira, 26 de março de 2019

Taxa do Enem será R$ 85; isenção pode ser solicitada até 10 de abril

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WILSON DIAS-ABR

A inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) custará, este ano, R$ 85, conforme previsto no edital do exame, publicado hoje (25), no Diário Oficial da União. O valor é maior do que o cobrado no ano passado, R$ 82. Os estudantes que se enquadrarem nos critérios de isenção, terão entre os dias 1º e 10 de abril para fazer a solicitação. As inscrições no Enem 2019 poderão ser feitas de 6 a 17 de maio. 
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o valor cobrado segue abaixo do custo real do exame, como nos anos anteriores. Caso fossem considerados os custos reais do exame por estudante, o preço seria R$ 106,59 por participante.
Após fazer a inscrição, os estudantes terão até o dia 23 de maio para efetuar o pagamento, respeitando os horários de compensação bancária. Somente após o pagamento, a inscrição é confirmada.
Até 2014, o Enem custava R$ 35. Em 2015, foi feito o primeiro reajuste desde que o exame passou a valer também para o ingresso em universidades, modelo vigente hoje. Nesse ano, o Enem passou a custar R$ 63. Em 2016, foi reajustado para R$ 68. Em 2017, passou a custar R$ 82, valor mantido em 2018. 

Isenção

A isenção deve ser solicitada pela Página do Participante do Enem, a partir das 10h, no horário de Brasília, do dia 1º de abril até as 23,59 do dia 10 de abril. No mesmo período, os estudantes isentos no ano ano passado que faltaram o exame, podem apresentar justificativa e solicitar novamente a isenção.
Podem solicitar a isenção da taxa os estudantes que estão cursando a última série do ensino médio, em 2019, em escola da rede pública; aqueles que cursaram todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada, com renda, por pessoa, igual ou menor que um salário mínimo e meio, que em valores de 2019, equivale a R$ 1.497.
São também isentos os participantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, ou seja, membros de família de baixa renda com Número de Identificação Social (NIS), único e válido, com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo, ou R$ R$ 499, ou renda familiar mensal de até três salários mínimos, ou R$ 2.994.
No dia 17 de abril, o Inep vai divulgar a lista, também no portal do Enem, daqueles cujo pedido foi aprovado. Esses participantes, assim como os demais, deverão fazer ainda a inscrição no Enem no período de 6 a 17 de maio.
Os participantes que forem reprovados poderão entrar com recurso, no período de 22 a 26 de abril, na Página do Participante. O resultado do recurso será divulgado, no mesmo endereço, a partir do dia 2 de maio.
Segundo o Inep, os participantes isentos representam, geralmente, cerca de 70% do total de inscritos.

Enem 2019

O Enem será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro. No primeiro dia de prova, os participantes responderão a questões de linguagens e ciências humanas e farão a prova de redação. Para isso, terão 5h30.
No segundo dia, os estudantes terão 5h para resolver as provas de ciências da natureza e matemática.
Os gabaritos das provas objetivas serão divulgados no Portal do Inep e no aplicativo oficial do Enem até o dia 13 de novembro. O resultado será divulgado, conforme o edital, em data a ser divulgada posteriormente.
As notas do Enem podem ser usadas para ingressar em instituição pública pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para obter bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superio pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Por Mariana Tokarnia -  Agência Brasil

Quem é o queniano eleito o ‘melhor professor do mundo’


Um professor de ciências da zona rural do Quênia, que doa a maior parte de seu salário para apoiar os alunos mais pobres, ganhou um prêmio de US$ 1 milhão (R$ 3,9 milhões) ao ser eleito o melhor professor do mundo.
Peter Tabichi, membro da ordem religiosa franciscana, ganhou o Global Teacher Prize de 2019, conferido pela Fundação Varkey, organização de caridade dedicada à melhoria da educação para crianças carentes.
Tabichi foi elogiado por suas realizações em uma escola sem infraestrutura, em meio a classes lotadas e poucos livros didáticos.
Ele quer que os alunos vejam “a ciência é o caminho certo” para ter sucesso no futuro.
O prêmio, anunciado em uma cerimônia em Dubai, reconhece o compromisso “excepcional” do professor com os alunos em uma parte remota do Vale do Rift, no Quênia.
Ele doa 80% de seu salário para apoiar os estudos dos seus alunos, na Escola Secundária Keriko Mixed Day, no vilarejo de Pwani. Se não fosse a ajuda do professor, as crianças não conseguiriam pagar por seus uniformes ou material escolar.
Melhorando a ciência
“Nem tudo é sobre dinheiro”, diz Tabichi, cujos alunos são quase todos de famílias bem pobres. Muitos são órfãos ou perderam um dos pais.
Seu objetivo é que os estudantes tenham grandes ambições, além de promover a ciência, não apenas no Quênia, mas em toda a África, diz.
Mas Tabichi diz que enfrenta “desafios com as instalações precárias” de sua escola, inclusive com a falta de livros ou professores.
“A escola fica em uma área muito retoma. A maioria dos estudantes vêm de famílias muito pobres. Até pagar o café da manha é difícil. Eles não conseguem se concentrar, porque não se alimentaram o suficiente em casa”, contou em entrevista publicada no site do prêmio.
As classes deveriam a ter entre 35 e 40 alunos, mas ele acaba ensinando grupos de 70 ou 80 estudantes, o que, segundo o professor, deixa as salas superlotadas.
A falta de uma boa conexão de internet faz com que ele vá até um café para baixar os materiais necessários para suas aulas de ciências. E muitos dos seus alunos andam mais de 6km em estradas ruins para chegar à escola.
No entanto, Tabichi diz que está determinado a dar aos alunos uma chance de aprender sobre ciência e ampliar seus horizontes.
Seus estudantes foram bem sucedidos em competições científicas nacionais e internacionais, incluindo um prêmio da Sociedade Real de Química do Reino Unido.

Fora da sala de aula
Tabichi diz que parte do desafio tem sido persuadir a comunidade local a reconhecer o valor da educação, o que leva a visitar famílias cujos filhos correm o risco de abandonar a escola.
Ele tenta mudar a mentalidade de pais que esperam que suas filhas se casem cedo – encorajando-os a deixar as meninas continuarem seus estudos.
O professor também ensina técnicas de cultivo mais resistentes aos moradores dos arredores, já que a fome é uma realidade frequente na região.
“Insegurança alimentar é um grande problema, então ensinar novos jeitos de plantar é uma questão de vida ou morte”, disse em entrevista à Fundação Varkey.
Além do contato com as famílias, a atuação de Tabich se estende aos “clubes da paz” que ele organiza na escola, para representar e unir as sete tribos presentes ali. A violência tribal explodiu no Vale do Rift depois da eleição presidencial de 2007 e houve muitas mortes em Nakuru.
“Para ser um grande professor você tem que ser criativo e abraçar a tecnologia. Você realmente tem que abraçar essas formas modernas de ensino. Você tem que fazer mais e falar menos”, ele disse à fundação.
O prêmio
O prêmio conferido a ele busca elevar o status da profissão de docente. O vencedor do ano passado foi um professor de arte do norte de Londres, Andria Zafirakou.
O fundador da premiação, Sunny Varkey, diz esperar que a história de Tabichi “inspire os que procuram entrar na profissão e seja um poderoso holofote sobre o incrível trabalho que os professores fazem no Quênia e em todo o mundo, diariamente”.
“As milhares de indicações e inscrições que recebemos de todos os cantos do planeta são testemunho das conquistas dos professores e do enorme impacto que eles têm em as nossas vidas”, diz.
Por Sean Coughlan, na BBC Brasil/www.livrosepessoas.com

Viaje para o centro da Via Láctea com esta nova ferramenta da Nasa

Dados do poderoso telescópio espacial Chandra e simulações de um supercomputador criaram um filme 360º que mostra como é estar no coração da galáxia.

(NASA/CXC/Pontifical Catholic Univ. of Chile /C.Russell et al./YouTube)
Agora essa Nasa foi longe demais: ela acaba de divulgar um vídeo de ultradefinição que simula como é a vista a partir do buraco negro supermassivo que fica no centro da Via Láctea.
Através da combinação de simulações feitas por um supercomputador do Centro de Pesquisa Ames, na Califórnia, e dados coletados pelo observatório espacial Chandra de raios X, a agência espacial americana produziu um filme imersivo 360º – feito para te levar em uma viagem até o Sagitário A* — o pulsante coração escuro e faminto da nossa galáxia.
Se você sempre quis saber qual é a sensação de estar na beirada de um buraco negro e contemplar o dinamismo universal em todo seu esplendor, essa é a sua melhor chance. Principalmente se tiver um óculos de realidade virtual como o Samsung Gear ou o Google Cardboard, que você mesmo pode montar de graça.
As coisas se tornam meio doidas perto de um buraco negro. Se ele tivesse olhos e consciência, certamente não bateria bem depois de passar bilhões de anos imerso em um verdadeiro caleidoscópio cósmico. Na simulação, vemos uma porção de gás emissor de raios X mover-se devagar à distância, mas conforme vai se aproximando do centro da galáxia, ganha velocidade e rodopia ao redor do espectador enquanto começa a ser abocanhada pelo Sagitário A*. É o apetite de quem tem 4 milhões de vezes a massa do Sol.
A nova visualização mostra de um jeito glorioso e até meio psicodélico o que acontece quando partículas carregadas emitidas por estrelas gigantes e massivas interagem entre si e são engolidas pelo bicho papão. Boa parte dessa ventania estelar acaba virando um banquete para o esfomeado Sagitário A*. Quando esses ventos colidem, o material todo se junta em grandes aglomerados que, no vídeo, podem ser vistos fluindo organicamente para lá e para cá. Gases menos densos também aparecem sendo tragados pelo buraco negro.
Para absorver melhor tudo o que essa experiência da Nasa tem a oferecer, é importante prestar atenção nas cores. Cada tonalidade representa gases em condições diferentes, que emitem radiação em regiões distintas do espectro da luz.
Azul e ciano são usados para caracterizar emissões de raios X liberadas por gás quente, cujas temperaturas podem chegar a dezenas de milhões de graus; já o vermelho é a cor atrelada ao ultravioleta, emanado de regiões menos densas de gases menos quentes, com temperatura na casa de dezenas de milhares de graus; e, por fim, temos o amarelo, que mostra os gases mais frios e com as maiores densidades.
Colisões de aglomerados de gás resultam em aquecimento e em um flash de raios X, que se dissipam rapidamente à medida que o material gasoso esfria. Explosões de gases próximos ao buraco negro podem se chocar com o material que escapa das estrelas massivas através dos ventos — e então, mais uma vez, observa-se o cintilar dos raios X.
Se você não tem óculos VR, o aplicativo do YouTube para smartphones transmite um pouco da imersão em 360º, fazendo com que porções diferentes do vídeo sejam reveladas ao movimentar o aparelho. A maioria dos navegadores de computador também permitem clicar e arrastar o vídeo. Então já está mais do que na hora: aperte o play e boa viagem!

domingo, 24 de março de 2019

Festival Palco Giratório vai levar teatro a 140 cidades até dezembro

Apresentações começam no dia 28 em Natal

22º Festival Palco Giratório vai levar a todo o país mais de 600 apresentações e 1,3 mil oficinas. A meta este ano é alcançar 500 mil espectadores de quase 140 cidades brasileiras até dezembro. As apresentações começam no dia 28 em Natal.
Os 20 grupos artísticos participantes foram selecionados por uma curadoria formada por 30 profissionais do Sesc de todo o Brasil.
Espetáculo Voa, Palco Giratório
Produções voltadas a bebês são novidades este ano. Na foto, o espetáculo Voa Divulgação Rádio Câmara/Direitos Reservados
O Festival Palco Giratório vai até cidades que, muitas vezes, não tem sequer teatro. “Por causa do Palco Giratório, o próprio Sesc se viu impelido a ter espaços mais qualificados para receber espetáculos que, inclusive, desconstruíam a ideia de ter uma área cênica convencional”, explica o gerente de Cultura do Departamento Nacional do Sesc, Marcos Rego.
Por isso, o Palco Giratório escolhe espetáculos que ocupam praças, apartamentos, arenas, circos. “Isso dá para a gente uma mostra multiconfiguracional para a cena contemporânea”, acrescentou.

Artistas

Nesta edição do festival, participam grupos artísticos do Rio de Janeiro, Pernambuco, Distrito Federal, São Paulo, Alagoas, Amapá, Ceará, Rio Grande do Sul, Amazonas e Minas Gerais. A abertura do evento em Natal terá a intervenção musical dos grupos Folia de Rua e Zamberacatu, apresentação do espetáculo Meu Seridó, com a atriz Titina Medeiros do grupo Casa de Zoé (RN), e o show Batuque-se, de Sueldo Soares.

Para bebês

Nesta edição, o espetáculo Voa, direcionado a bebês, será apresentado pelo Coletivo Antônia, do Distrito Federal. Além desse, o Tandan!, da Cia Etc., de Pernambuco, apresentará ao público infantil uma experiência de imersão em dança a partir de estímulos sensoriais. “A gente está apostando muito nessa relação, porque o bebê, além de ter uma outra percepção do mundo e de exigir muita coisa específica, ele também exige a atenção dos pais. Então, é um espetáculo que vai envolver muito mais gente.”
Edição: Talita Cavalcante/Agência Brasil

CONHEÇA A SÍNDROME DO X FRÁGIL


A Síndrome do X Frágil (ou Síndrome de Martin-Bell e que também é conhecido pelas siglas FXS ou SXF) é uma condição genética e hereditária que causa alguns problemas de desenvolvimento ou comportamentos, dificuldades de aprendizagem e comprometimento cognitivo. Essas pessoas também apresentam características físicas em comum e peculiares.
Geralmente, os homens são mais afetados por essa Síndrome: estima-se que aconteça aproximadamente em 1 a cada 4 mil homens e 1 em cada 8 mil mulheres. Depois da Síndrome de Down, a Síndrome do X Frágil é a síndrome genética que mais atinge crianças.
As crianças com a Síndrome do X Frágil apresentam atrasos no desenvolvimento da fala e da linguagem. A maioria tem deficiência intelectual que varia de leve a moderada. Alguns apresentam ansiedade em excesso e comportamento hiperativo. Estima-se que um terço dos indivíduos com Síndrome do X Frágil também tenham características do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). É bastante comum que pessoas com a Síndrome do X Frágil sejam diagnosticadas com Autismo, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade), Síndrome de Asperger, entre outras condições.
Causas
A Síndrome do X Frágil é causada por mutações no gene FMR1, que é responsável pela produção da proteína FMRP (Fragile X Mental Retardation). Esta proteína regula a produção de outras que são responsáveis pelo desenvolvimento conexões entre as células nervosas conhecidas como sinapses. Geralmente, a perda dessa proteína prejudica as funções do sistema nervoso, o que ocasiona os sintomas da Síndrome do X Frágil.
Por ser uma desordem ligada ao cromossomo X, que é de caráter dominante, se um dos pais for portador da pré-mutação, já é o suficiente para que a criança receba uma cópia do gene defeituoso e manifeste a Síndrome.
Sintomas
As pessoas com a Síndrome podem apresentar uma combinação dos seguintes sintomas quando crianças e ao longo da vida:
– atrasos no desenvolvimento, como levar mais tempo do que o normal para sentar, andar ou falar em comparação com outras crianças da mesma idade;
– engasgar com facilidade;
– dificuldade em aprender novas habilidades;
– impulsividade;
– dificuldades de atenção;
– não fazer contato visual com outras pessoas, não gostar de ser tocado e dificuldade para entender a linguagem corporal;
– hiperatividade;
– morder as mãos (a ponto de causar ferimentos);
– convulsões;
– depressão ou baixa autoestima;
– imitar as pessoas;
– dificuldade para dormir;
– a partir da adolescência, os homens podem ter macro-orquidia, ou seja, um aumento anormal dos testículos;
– mulheres podem apresentar infertilidade.

Algumas pessoas têm características físicas peculiares, tais como:
– uma testa grande com uma mandíbula proeminente;
– um rosto alongado;
– orelhas salientes e de abano;
– articulações flexíveis;
– pé chato.

Diagnóstico e tratamento
Para ter o diagnóstico correto, é preciso realizar uma avaliação clínica para identificar os sinais da Síndrome. Também pode ser solicitado análise de DNA por meio de amostras de sangue (testes genéticos). O diagnóstico pode ser realizado durante o primeiro trimestre da gestação através de testes genéticos que analisam o DNA e verificam se os fetos são portadores de mutação completa do gene FRM1.
O tratamento é realizado por uma equipe de profissionais, tais como pediatras, neurologistas, psiquiatras, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Não há cura para a Síndrome, pois ela não é uma doença, mas há formas de desenvolver as potencialidades da criança nos ambientes em que ela convive.
Há alguns medicamentos que podem ser prescritos para melhorar a qualidade de vida das pessoas com a Síndrome. Entre eles, destacam-se os antidepressivos, os estabilizantes do humor e os que aliviam os sintomas. Acompanhamentos pedagógicos e psicológicos favorecem o desempenho escolar.
Quanto antes for realizado o diagnóstico, a resposta ao tratamento funciona de forma mais eficaz. Estima-se que entre 80% e 90% das pessoas com X Frágil ainda não foram diagnosticadas.
 Por NeuroConecta

Sete dicas para começar a educação financeira das crianças

Consultor indica a idade ideal para começar as mesadas e como ensinar os pequenos sobre corte de gastos
Deixar os pequenos em contato com o dinheiro de forma responsável pode ser crucial para que eles se tornem adultos mais organizados no futuro. A boa notícia é que, como mostra o consultor Gustavo Cerbasi, tocar no assunto com a turminha não nenhum bicho de sete cabeças. Confira os conselhos abaixo:

1. Sem tabu
Dinheiro não é assunto só de gente grande. A responsabilidade, sim, é dos adultos, mas é importante deixar as crianças envolvidas na questão. Deixe-os manipular dinheiro e apresentar o cartão de crédito no caixa. Se isso for proibido, desenvolverão uma relação apaixonada e farão bobagem quando tiverem seus próprios recursos.

2. Ensine-os a valorizar
Chame a atenção dos pequenos para a diferença entre as escolhas. Por que os biscoitos têm preços diferentes? Qual é mais gostoso? Qual é mais saudável? Qual tem mais quantidade? Incite a curiosidade deles e explique que raridade, escassez, qualidade e capricho têm valor.

3. Celebrem mais
Enalteça pequenas e grandes conquistas. Mostre para os filhos que férias, por exemplo, são resultado de economias feitas nos meses anteriores. Em vez de dizer não a um pedido de presente, proponha desafios de cortar gastos (apagar as luzes, por exemplo) e celebre a economia com a compra do que a criança pediu.

4. Não perca a atenção delas
Deixe as ferramentas financeiras para depois. Orçamentos, simulações, investimentos e cálculos são assuntos entediantes, complexos e não ensinam muita coisa além da ganância.

5. Eduque com diversão
Jogos, gincanas e desafios são muito mais provocativos e interessantes para falar sobre dinheiro com crianças do que livros, cartilhas e planilhas. Quanto mais lúdica for a abordagem do assunto, mais eles vão se interessar, no presente e no futuro.

6. Seja exemplo
Pais com finanças organizadas têm mais chances de verem os filhos serem disciplinados também. Deixe claro que isso é fruto de dedicação. Seja teatral ao organizar as contas na frente deles, mostrando que isso faz parte da rotina da família.

7. Negocie sempre
 Não tenha vergonha de pechinchar na frente da turminha. Deixe claro que adultos sempre pedem desconto e orientem-nos a fazer o mesmo quando forem às compras. É importante que eles entendam que o dinheiro vale mais na nossa mão do que na dos outros.

Por  Agência O Globo/ibahia

sexta-feira, 22 de março de 2019

Método Cornell: a técnica que melhorará suas anotações (e estudos)

O método de anotações Cornell foi criado na década de 1940 e é utilizado por estudantes do mundo inteiro até hoje (Foto: Reprodução/Tumblr/study-read-study)
(FOTO: REPRODUÇÃO/TUMBLR/STUDY-READ-STUDY)
Se tem algo que une estudantes mundo afora é a dúvida sobre qual a melhor forma de fazer anotações durante a aula ou ao ler um livro importante. Cada pessoa acaba desenvolvendo seu próprio método, mas nos anos 1940 um professor da Universidade Cornell, autor de Como Estudar na Faculdade (How to Study in College, no título original em inglês), criou um sistema que até hoje é bastante respeitado: as anotações Cornell.
É bem menos complicado do que parece e consiste em dividir as páginas de anotações em três seções. Uma para parafrasear as principais ideias da aula ou do texto, outra para resumi-las e uma terceira para anotar perguntas. Mas não precisa ser tudo ao mesmo tempo.
Este é um exemplo de como utilizar o método Cornell nos estudos (Foto: Reprodução/Através da Linha)
(FOTO: REPRODUÇÃO/ATRAVÉS DA LINHA)
O primeiro passo é desenhar uma espécie de I (maiúsculo, com a lateral direita maior que a esquerda), com o cuidado de deixar espaço o suficiente para escrever, claro. No topo, escreva o assunto e a data. No espaço maior central, faça as anotações ou desenhos que achar pertinentes para a compreensão do tópico. Lembre-se de pular uma linha entre as ideias para facilitar a compreensão e sinta-se à vontade para abreviar o que achar necessário — as anotações são de você para você, desde que você as entenda, é tudo o que importa.
Terminada a aula ou a leitura, use o canto esquerdo para destacar as ideias principais e destacar informações que julga importantes, como nomes ou datas. E, no canto inferior, tente resumir a lição em poucas frases. Vale responder a pergunta: se eu fosse explicar isso a outra pessoa, o que eu diria?
Cada parte da página é dedicada a um tipo de anotação do material estudado (Foto: Reprodução/EAD)
FOTO: REPRODUÇÃO/EAD)
Na hora de estudar, comece lendo a caixa principal, estude com afinco as anotações do canto esquerdo e releia o canto inferior. A boa notícia é que se você tiver feito um bom trabalho ao anotar, provavelmente será muito mais fácil revisar e se preparar para uma prova.
Por Marília Mara Sciulo/Revista Galileu