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Há mais de 200 anos foi descrito o primeiro caso de crianças com autismo. Prefect (1770) descreveu o caso de um menino de onze anos de idade com um distúrbio com estados confusionais prolongados e delírios que às vezes se alternavam com períodos de letargia e angústia.
Naquela época, começaram a ser apresentadas explicações das mais diversas, mas atualmente existem várias pesquisas científicas que apontam que a origem do autismo está na alteração de diversos genes.
No entanto, como destacamos, diferentes teorias foram descritas ao longo da história. Uma das mais influentes é a teoria da mente, formulada em 1985 por Simon Baron-Cohen, Alan Leslie e Uta Frith. Em seus estudos sobre o desenvolvimento da compreensão social em crianças pequenas, estabeleceram a hipótese de que as pessoas com autismo não têm teoria da mente, não têm a capacidade de atribuir estados mentais independentes para si mesmo e para os outros, a fim de prever e explicar os comportamentos.
Quando uma criança é diagnosticada com um transtorno do espectro autista, a família inicia uma jornada inesperada. O futuro para eles se torna mais incerto. Filtrar e digerir todas as informações e opções pode ser devastador.
Haverá muitos profissionais, terminologias complexas e uma vasta quantidade de informações e opiniões de pessoas que farão parte de sua vida. Várias emoções, como medo, tristeza, negação, culpa, raiva e tristeza, parecerão inundá-los.
“Te escuto melhor quando não estou olhando para você. O contato visual é desconfortável. As pessoas nunca entenderão a batalha que eu enfrento para fazer isso”.-Wendy Lawson-
![Como lidar com a educação de uma criança com autismo](https://amenteemaravilhosa.com.br/wp-content/uploads/2019/01/menina-sentada.jpg)
Os pais de crianças com autismo têm que enfrentar duas novidades, a da nova criança e a de um distúrbio do desenvolvimento que provavelmente escapa à sua compreensão. Isso supõe um desgaste físico e psicológico para os pais. Os comportamentos dessas crianças muitas vezes desorientam as famílias. A falta de resposta, o comportamento imprevisível e a rejeição ao contato físico são alguns dos que mais impactam a família.
É por isso que os workshops para pais de crianças com autismo são muito benéficos, porque os ajudam a entender a doença e a saber como abordá-la, fornecendo ferramentas para a educação das crianças.
Como lidar com a educação de uma criança em um mundo que não a entende
O autismo é uma síndrome que compromete a qualidade de vida de quem o sofre e de sua família, dificultando as relações sociais e a aprendizagem, tornando incerto o futuro em termos de independência, autocuidado e vida produtiva do paciente.
Os pais de crianças com autismo se veem obrigados a modificar vários aspectos de sua vida em relação à alta demanda de cuidados por parte dessas crianças, dificultando seu pleno desenvolvimento pessoal, familiar e profissional, colocando em risco a saúde física e mental familiar.
Ter sob seu cuidado uma pessoa com múltiplas limitações, como a da linguagem e da interação social, impede que os pais tenham à sua disposição o tempo e o dinheiro necessários para satisfazer suas próprias necessidades. A vida dos pais de crianças com autismo gira em torno deles, causando uma diminuição notável na qualidade de vida.
![Educação emocional para pais de crianças com autismo](https://amenteemaravilhosa.com.br/wp-content/uploads/2019/01/mae-com-filha-autista.jpg)
Educação emocional para pais de crianças com autismo
No mundo em que vivemos, as emoções são altamente relevantes, tanto a nível pessoal quanto a nível de interação com o entorno. A educação emocional é um recurso necessário e muito benéfico. Embora cada pessoa com transtorno do espectro do autismo seja única e diferente, há traços comuns na maioria dos casos, como o medo de mudança, a falta de habilidade no uso de linguagem significativa, os interesses restritos, a estereotipia, a sensibilidade distorcida e as dificuldades para ter empatia.
Essas características comuns são aquelas que são avaliadas, ensinadas e treinadas em workshops para pais de crianças com autismo. Após o primeiro diagnóstico do seu filho, os pais podem ficar em estado de choque. Podem ficar confusos por um tempo, como se sentissem paralisados. Depois vem a negação; não querem aceitar a realidade.
Às vezes, eles podem procurar outros diagnósticos e tendem a se agarrar aos mais favoráveis, mesmo que estejam errados. Depois vem o princípio da aceitação e isso pode desencadear depressão, momentos de grande desespero e tristeza. No final vem a fase da realidade, na qual todos os itens anteriores são superados e os pais recorrem a métodos para ajudar o filho. Eles geralmente buscam o tratamento mais personalizado e vantajoso para ele. A duração de cada uma das fases pode variar muito de uma família para outra.
Por isso, o acesso a workshops de diferentes associações para pais de crianças com autismo é considerado muito importante. Os benefícios não são apenas para os pais, mas também para as crianças. Os resultados de diversos estudos confirmam uma melhora na satisfação e qualidade de vida das famílias, que melhoram a compreensão das emoções de todos os seus membros.
Por amenteemaravilhosa.com.br
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