Artefato estava enterrado no fundo do mar e foi encontrado no fim de semana a quatro quilômetros da Praia de Iracema.
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Oscar Moreira é corretor de imóveis e mergulhador nas horas livres. Ele pensou ter avistado uma garrafa no fundo do mar do litoral de Fortaleza, mas era algo ainda maior. O artefato foi localizado a quatro quilômetros da Praia de Iracema. Na ocasião, ele retirou parte da sujeira e voltou para a superfície ainda pensando se tratar de um objeto antigo, mas não esperava que fosse uma bomba. As informações são do G1.
A peça foi achada no domingo (30), e o risco de ter nas mãos um material explosivo só foi dado pelos amigos oficiais de reserva da Marinha do Brasil, para quem Oscar encaminhou as imagens. A suspeita é de que se trate de uma cápsula explosiva não detonada, de uso em bateria antiaéreas. A bomba estava fincada na areia a aproximadamente 11 metros de profundidade.
De acordo com o pesquisador Augusto Bastos, a bomba deve ter chegado ao local no período da Segunda Guerra Mundial, mas não se sabe a que equipamento militar ela pertenceu. "É cedo para dizer a origem dela, se veio de uma bateria antiaérea em terra, que havia esse equipamento em Fortaleza, ou mesmo de algum canhão em navios mercantes. Outra possibilidade é ter caído de algum avião. Uma investigação a partir do número de série da munição que poderá afirmar a origem do material. O que é mais preciso é que a peça não está detonada."
"Eu mandei fotos para amigos da Marinha, só depois que percebi que estava correndo um grande risco", afirma Oscar. Ele praticava mergulho livre com o amigo Régis. Eles estavam de caiaque e entraram na água numa área onde comumente são encontradas peças da década de 1940, quando Fortaleza era uma área estratégica de transporte marítimo tanto com fins comerciais como militares.
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"Eu fiquei logo com medo, assustado, não quero passar mais nem um dia com essa peça comigo. É um risco grande", afirma Oscar, que entrou em contato com a Capitania dos Portos, em Fortaleza, para poder entregar a bomba.
A bomba foi entregue na tarde desta quarta-feira (3) à Capitania dos Portos, em Fortaleza. Um dos militares chegou a sugerir, como hipótese, que se trate de uma espoleta graduada, ou seja, a bomba regularia a profundidade em que iria explodir.
A Capitania dos Portos recomenda que materiais desconhecidos encontrados no fundo do mar devem permanecer no local, devido ao risco de explosão.
Por Camila Lima/G1/Meionorte.com
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